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Grávidas podem correr, sabia? Descubra outros exercícios liberados

Conheça todas as alternativas para ficar em forma e cheia de energia durante e depois da gestação

Por Redação Boa Forma
4 Maio 2021, 09h00

Nem só de hidroginástica e caminhada é feita a rotina de malhação das futuras mamães. A prova disso são os inúmeros vídeos e fotos circulando nas redes sociais com mulheres malhando, correndo e até competindo durante a gestação.  As imagens, geralmente, causam polêmica e dividem opiniões entre os usuários. Contudo, um relatório encomendado pelo Comitê Olímpico Internacional confirma que a atividade oferece menos riscos do que a gente imagina.

Em 1983, a corredora norueguesa Ingrid Kristiansen virou um mito do esporte porque venceu a Maratona de Houston, nos Estados Unidos, grávida de seu primeiro filho. Detalhe: ela completou a prova em 2 horas 33 minutos. Atletas mulheres, muitas vezes têm ciclos menstruais irregulares, por isso não é estranho engravidar e, sem saber, continuar com sua rotina normal de treino. Ao longo dos anos, pelo menos 17 mulheres já competiram nos Jogos Olímpicos durante a gestação.

No Brasil, o caso mais conhecido é o da jogadora de basquete Sílvia que, em apenas 3 dias, descobriu que estava grávida e deu à luz. Após se sentir mal, a atleta foi se consultar com um médico que revelou a gestação. Se os casos estão cada vez mais comuns, como pode ser seguro treinar e competir durante a gravidez? Como parte de seu compromisso com o esporte feminino, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu para um grupo de peritos avaliar o tema.

“Existem poucos estudos sobre o desempenho de atletas (ou pessoas que praticam exercício com frequência) e a gestação, mas parece que muitas mulheres continuam com sua rotina de atividades durante a gravidez e, aparentemente, isso não afeta o bebê (ou a mãe) de forma negativa”, afirmou o professor Kari Bo, autor da pesquisa.

Exercício sem dúvida

P. Treinamento funcional é uma boa alternativa para gestantes?
R. Sim, desde que em aulas adaptadas e com orientação de um professor treinado para trabalhar com grávidas. “Exercícios isométricos e que geram desequilíbrio devem ser descartados”, avisa Gizele Monteiro. “Tudo deve ser realizado com apoio, para conseguir controle total dos movimentos.”

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P. Pratico corrida. Posso continuar?
R. Sim, desde que o seu médico tenha liberado e você faça acompanhada de um professor de educação física. “O volume e a intensidade dos treinos têm que ser controlados e diminuídos à medida que a gestação avança”, destaca Gizele Monteiro. Alguns profissionais sugerem uma redução de 30% na intensidade do exercício, se a mulher já é corredora; outros falam em manter os batimentos cardíacos a, no máximo, 140 por minuto.

P. E se eu quiser correr uma prova?
R. Sem a preocupação de ganhar ou bater seu recorde pessoal, mas apenas para se exercitar, pode ir em frente. Prefira uma prova curta e não corra nos últimos meses de gestação, quando a barriga estiver pesada. Assim, você evita a sobrecarga nas articulações e no coração.

P. Aula de dança é uma boa?
R. Sim. Dançar fortalece os músculos do corpo todo, melhora o fôlego e trabalha a consciência corporal, importante para se adaptar às novas formas e se conectar com o bebê. Ajuste o ritmo ao mês da gestação e busque uma professora acostumada com grávidas.

P. Posso fazer aula de jump?
R. Não. O peso da barriga, a postura e alterações nas articulações alteram o equilíbrio da grávida. Pular sobre uma superfície instável vai aumentar ainda mais o perigo de se desequilibrar. Modalidades com saltos, giros, velocidade e mudanças bruscas de posição (step e esportes com bola, como vôlei, tênis e basquete), aliás, colocam em risco a aderência do embrião ao útero e o desenvolvimento do bebê. “Fora que exigem demais do sistema cardiovascular e, como articulações e ligamentos estão mais instáveis, aumentam o perigo de a mulher se machucar”, diz Alessandra Toassa, do projeto Futura Mamãe, da academia Competition, em São Paulo.

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