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Cirurgia plástica segura: 6 regras que você deve seguir para que tudo saia bem

Todo procedimento cirúrgico tem risco, mas alguns cuidados afastam possíveis complicações. Conheça as seis normas de segurança da plástica sem dor de cabeça.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 02h28 - Publicado em 22 abr 2014, 22h00

Desde a escolha do cirurgião até os cuidados pré-operatórios, é preciso muita atenção antes de fazer uma cirurgia plástica.
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Regra #1 – Busque referências sobre o cirurgião
Além de referências de suas amigas e de outros médicos, vá atrás de informações sobre a formação do cirurgião. Ter o diploma em uma boa instituição é o começo de tudo. Outra medida importante é saber se o médico é especialista em cirurgia plástica. A legislação brasileira permite que, depois de concluir o curso regular de seis anos, o médico realize qualquer procedimento. “Ou seja, um médico que se formou ontem e não tem nenhuma expertise em cirurgia está legalmente habilitado a fazê-la”, conta o cirurgião plástico Ronaldo Golcman, chefe de equipe do Hospital Israelita Albert Einstein. Por isso, cheque se o profissional tem registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, única entidade no Brasil que pode certificar médicos na área, atestando que cumpriram dois anos de residência em cirurgia geral e mais três na plástica.


Regra #2 – A saúde tem que estar em dia
Antes de encarar a mesa de cirurgia, você precisa passar com boas notas nos exames pedidos pelo médico e manter sob controle as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Fumantes, por exemplo, demandam cuidados. “A nicotina prejudica a circulação de sangue nos tecidos, favorecendo a má cicatrização”, explica Marcelo Sampaio, cirurgião plástico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. “É preciso deixar de fumar pelo menos três meses antes e dois meses depois da cirurgia.”


Regra #3 – Redobre a atenção com os remédios
Saber como os medicamentos de uso frequente interferem na cirurgia é fundamental. Aspirina, AAS e alguns anti-inflamatórios, por exemplo, alteram a coagulação do sangue. O cuidado vale também para os fitoterápicos “Alguns como ginkgo biloba, cáscara sagrada e pílulas de alho, que podem aumentar o sangramento e trazer riscos para a paciente”, diz Sampaio. Outra substância que entra na lista é a isotretinoína, substância derivada da vitamina A, por exemplo, é muito usada no tratamento da acne, e pode mudar a síntese de colágeno na pele e, assim, atrapalhar a cicatrização. Por fim, há os anticoncepcionais. “O problema das pílulas e da reposição hormonal é o aumento da possibilidade de trombose. Mas calma, nem sempre é preciso suspender o uso porque existem medidas eficazes para prevenir o problema, como o uso de anticoagulantes, meias elásticas e massageadores para as pernas”, explica Sampaio. Por isso, uma conversa sincera com seu médico é fundamental.

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Regra #4 – Pergunte todos os detalhes ao médico
O lugar onde será feita a cirurgia também determina o nível de risco. Hospitais oferecem mais segurança do que clínicas. “É preciso ter, no mínimo, uma míni-UTI no local”, diz Fernando Almeida Prado, presidente da SBCP. Quem pretende aumentar os seios também precisa se informar sobre a marca da prótese. “Pesquise o site do fabricante, verifique se é certificado pela Anvisa, veja se ele atua no mercado europeu ou norte-americano, busque o histórico da empresa para checar se há bons antecedentes”, orienta Prado.


Regra #5 – Não vá com muita sede ao pote
Já que vamos operar, que tal fazer uma transformação completa, certo? Errado! Para manter a paciente desacordada por um longo período, é preciso aumentar a quantidade da substância anestésica – o que, claro, aumenta o risco. O tempo de cirurgia também não deve exceder a cinco horas de duração. Outro ponto contra é que, apesar de ser legalmente permitido tratar até 40% da superfície corporal e tirar até 7% do peso do paciente, quanto maiores a área ou a quantidade de gordura extraída no caso da lipoaspiração, maiores o risco de complicações. Há médicos que trabalham com metade desses limites, não ultrapassando 20 e 3,5%, respectivamente. “Os dois dias que sucedem a cirurgia são críticos. Por isso, é fundamental ter acesso fácil ao médico e disponibilidade para voltar ao consultório ou ao hospital se ele recomendar”, afirma Golcman.


Regra #6 – Respeite o pós-operatório
Seguir as orientações médicas depois da cirurgia é parte importante do processo. “As recomendações sobre repouso, atividade física, exposição ao sol, direção de veículos, alimentação e uso da medicação e de cintas cirúrgicas também são critérios de segurança”, diz Marcelo Sampaio, do Hospital Sírio Libanês. Deixar de fazer o que o médico recomenda abre portas para o surgimento de infecções, manchas, aderências, fibroses e problemas de cicatrização.
 

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