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Descontar emoções na comida se aprende na infância – e dentro de casa

Estudo viu que família pode influenciar crianças a comerem de acordo com as emoções

Por Redação BOA FORMA
20 jun 2018, 15h13

Já ouviu falar em fome psicológica ou emocional? É quando a vontade de comer está associada a emoções como tristeza, ansiedade ou mesmo cansaço. E, segundo um novo estudo da Universidade College London, na Inglaterra, esse comportamento não se dá apenas em adultos. De acordo com a pesquisa, publicada nesta terça-feira (19) no periódico científico Pediatric Obesity, esse tipo de reação se aprende ainda na infância.

Os cientistas analisaram dados de 398 crianças britânicas gêmeas, sendo que metade delas era de famílias com pais obesos. O objetivo dos estudiosos era investigar se a propensão genética ao excesso de peso teria participação na fome psicológica ou se ela seria influenciada mais por fatores ambientais, como os hábitos da casa, da escola…

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Quando os voluntários mirins tinham 4 anos, seus pais responderam a questionários sobre a tendência dos pequenos comerem mais ou menos quando estavam tristes ou ansiosos. As informações de gêmeos idênticos e não idênticos foram comparadas, e os resultados apontam que os genes familiares pouco importam – ao contrário dos hábitos.

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“Ter stress e emoções negativas pode afetar o apetite das pessoas de formas diferentes. Alguns atacam seus snacks favoritos, enquanto outros perdem o desejo de comer”, diz Moritz Herle, um dos líderes da investigação. Segundo ele, não se sabe muito bem quais são as consequências desse comportamento desde a infância, já que não foram feitos estudos que acompanhassem as crianças por muitos anos. “Mas nós vamos continuar a pesquisar quais fatores têm relação com a fome emocional, como stress na hora da refeição”, completa.

Embora não se conheça os efeitos a longo prazo, é provável que esse tipo de postura nos primeiros anos de vida leve à obesidade na idade adulta ou até a distúrbios como anorexia e compulsão alimentar. “Entender como esses problemas se desenvolvem é crucial para preveni-los”, declarou Clare Llewellyn, líder do artigo.

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