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“Odeio me olhar no espelho. O que fazer?”, psicólogo responde

O psicoterapeuta Marco Antonio de Tommaso ajuda você a se conhecer mais

Por Marco Antonio de Tommaso
Atualizado em 7 jan 2017, 15h16 - Publicado em 7 jan 2017, 11h03

Li nas redes sociais sobre a cura definitiva da obesidade. Espero por isso há muitos anos e fiquei fascinada. Pode me dizer se essa informação é verdadeira? É meu sonho parar de perseguir uma dieta que funcione para mim. Já fiz a dos astronautas, sem carboidratos, só com carboidratos, da lua, da USP… Nenhuma deu certo porque tento resolver tudo com comida: problemas pessoais e profissionais, tristeza e até alegria. Estou acostumada a ser uma sanfona, mas nunca estive tão complexada e odeio me olhar no espelho. Ivete*, 28 anos, 1,52 metro de altura, 75 kg.

“A obesidade não tem cura. Só tratamento, Ivete. Ele consiste na mudança de um conjunto de atitudes que, para determinar um estilo de vida saudável e propício à perda de peso, deve estar presente no seu dia a dia. Não esqueça: uma pessoa que tem dificuldade de emagrecer e, finalmente, consegue chegar ao peso sonhado não se livrou para sempre dessa doença. Ela estará magra apenas enquanto fizer boas escolhas alimentares, respeitar o horário das refeições, maneirar nas porções, evitar o excesso de doce e praticar atividade física com regularidade.

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O segredo para se comportar dessa maneira: repetir essas atitudes até que virem hábito. Se for persistente, você vai passar a comer apenas aquilo de que gosta e sempre com parcimônia, além de sentir prazer em se exercitar. Outra questão a ser resolvida: sua tendência de procurar alívio emocional na comida. Ela até pode amenizar a ansiedade e a tristeza, mas é por pouco tempo – o sentimento de culpa que vem logo em seguida agrava ainda mais sua má relação com a comida. Tente não fazer mais isso com seu corpo e sua autoestima. Se não conseguir ser mais forte que esse impulso, inclua o acompanhamento de um psicólogo no seu projeto de perder peso e se manter magra”.

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*Nome trocado para preservar a identidade da leitora

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