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8 passos para você se apaixonar pela corrida

A atividade é repleta de vantagens: ajuda a emagrecer, define as pernas e o bumbum, melhora o sono e até a libido. Mas muita gente não consegue dar o primeiro passo. É seu caso? Então seus dias de desmotivação acabaram. Vamos ajudá-la a trazer a corrida definitivamente para sua vida

Por Manuella Menezes (colaboradora)
Atualizado em 22 out 2016, 23h57 - Publicado em 18 mar 2015, 15h02

A corrida é uma atividade simples e prática. Com um par de tênis, uma roupa confortável e a rua, a esteira ou o parque pela frente, você tem tudo de que precisa para se exercitar. Mas muita gente não consegue fazer o motor pegar: cansa fácil, desiste na primeira semana, começa de forma errada e até se machuca, abandonando em seguida. Correr é simples, sim, mas gostar de correr talvez seja um pouco mais complexo. É preciso, acima de tudo, manter a regularidade e persistir para acertar o passo nessa atividade tão poderosa – porque vale a pena! Seus benefícios vão além de derreter 600 calorias por hora, em média, e ajudar na perda de peso. Segundo estudos da Iowa State University, nos Estados Unidos, quem faz o esporte pelo menos uma hora por semana tem 45% menos risco de sofrer infarto ou morrer devido a doenças cardíacas. “Por ser aeróbia, a atividade também trabalha o condicionamento cardiovascular, deixando o coração, os pulmões e a pressão em forma. E mais: potencializa a taxa de colesterol bom, ajuda a diminuir a ruim, dá suporte no controle do diabetes e aumenta ou evita a perda de massa óssea, combatendo a osteoporose”, enumera a médica do esporte Ana Lúcia de Sá Pinto, da clínica Move, de São Paulo. 

O educador físico Gustavo Alves, do Rio de Janeiro, ressalta ainda que, como queima gordura, a corrida reduz a flacidez e melhora o tônus muscular: bumbum, coxas e abdômen ficam especialmente definidos e até a celulite ganha um chega para lá.

Seja qual for seu objetivo – saúde em dia, curvas de arrasar, vencer um desafio esportivo ou simplesmente se mexer –, vamos ajudar você a gostar de correr agora!
 

1. Caminhar faz parte

Ninguém nasce sabendo correr nem acumula recordes em poucos dias. Aquela supercorredora que você admira não se tornou top da noite para o dia e provavelmente também deu os primeiros passos na caminhada. Para conseguir vencer os quilômetros sem perder o pique, é necessário também exercitar a paciência e controlar a ansiedade. “É a melhor maneira de não se frustrar e largar tudo achando que não leva jeito”, diz Camila Hirsch, diretora-técnica da assessoria esportiva Personal Life, de São Paulo. Ninguém precisa ter vergonha de andar quando necessário. Nos primeiros treinos, inclusive, é preciso alternar caminhada e trote. Conforme for evoluindo, essas proporções vão se invertendo, até a corrida fluir naturalmente. Acredite, pois esse dia chegará. 


2. Não tenha pressa

Dosar a intensidade é mais uma medida para garantir a conquista do fôlego. “Se o início for muito forte, em vez de se sentir estimulada, o cansaço vai dominá-la. Não jogue a toalha sem antes descobrir a frequência confortável e a que desafia você”, orienta Camila. Isso porque o organismo leva de 8 a 15 minutos para se ajustar ao estímulo, adequando a circulação e o transporte de oxigênio. A jornada até a corrida plena leva cerca de dois meses, com três treinos semanais. “Mas entre sete e dez dias o corpo já sente os sintomas de bem-estar: o sono ganha mais qualidade, o humor melhora e a energia aumenta. Com um mês, dá para sentir outros efeitos, como o emagrecimento, o prazer pelo exercício e a melhora da performance”, garante Camila.

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3. Trace metas reais

Para manter a motivação em alta, os especialistas recomendam planejar metas possíveis – aquelas que vão desafiá-la na medida certa e são perfeitamente realizáveis. “O despertar  para a corrida é muito bacana porque você vai, aos poucos, conhecendo a si mesma. É gratificante, por exemplo, completar 1 quilômetro a mais depois de alguns treinos. Por isso, os objetivos não podem exigir mais do que você conseguirá concretizar”, diz o psicólogo do esporte João Ricardo Cozac, presidente da Associação Paulista da Psicologia do Esporte.


4. É normal sentir uma dorzinha

Nada de desistir se o problema for aquela dor muscular típica de quem está abandonando o sedentarismo. “Se o incômodo for muscular e aparecer um ou dois dias depois do  exercício, principalmente na hora de fazer movimentos como subir escadas e sentar, é normal. Depois da fase de adaptação à nova rotina, ele desaparece. Só se preocupe se a dor for articular ou limitar suas ações”, alerta a médica Ana Lúcia.

 

5. Descanse para se recuperar e evoluir

Tão importante quanto conhecer seus limites é respeitar os momentos de descanso. No começo, o ideal é alternar os dias com e sem atividade. Conforme for evoluindo, você poderá intercalar outra modalidade esportiva com os treinos de corrida. Porém a regra é clara: pelo menos uma vez por semana, dedique-se a um dolce far niente total. A treinadora Camila justifica: “O corpo não se fortalece propriamente na hora do estímulo, e sim no período de recuperação”.

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6. Mentalize boas sensações

Se bater preguiça de correr ou você tiver vontade de abandonar o treino antes de completá-lo, a dica é se focar na sensação de missão cumpridae bem-estar, que toma conta do corpo e da alma sempre que cruzamos a nossa própria linha de chegada. É a grande recompensa, o que justifica todo o esforço. É importante ainda registrar e valorizar cada uma dessas conquistas – seja um minuto a mais trotando, seja 1 quilômetro a mais percorrido. “Todos esses ganhos não são pequenos. São barreiras ultrapassadas no caminho até um bom condicionamento e devem ser reconhecidas como tal”, argumenta Cozac. Vale ainda lembrar-se de pessoas que a inspiram e que a orientam. “Quando eu era mais nova, costumava me questionar: será que vou aguentar? Em seguida, mentalizava as palavras de incentivo e as orientações dos meus treinadores”, conta Camila.
 

7. Sinta o prazer

Se ainda resta alguma dúvida para dar o primeiro passo, vamos à cartada final. Enquanto você corre, o corpo libera poderosas substâncias químicas, que rapidamente são jogadas na circulação. A endorfina, a serotonina e a dopamina – os neurotransmissores do prazer – levam a uma sensação ímpar de satisfação, de poder, de confiança. “Até a disposição para o sexo aumenta, trazendo mais qualidade para a vida íntima. Sem falar que, como funciona como uma válvula de escape, arejando a mente, a corrida traz mais concentração para o trabalho, contribuindo para que você se torne mais eficiente e criativa”, garante Camila. 


8. Apaixone-se de vez

Enfim, pelo conjunto da obra – corpo em forma, ganho de energia, sensação de bem-estar, motivação, aumento da autoestima –, a corrida é tudo de bom e pode fazer muito por você. A seguir, apresentamos planilhas de oito semanas – o tempo necessário para se adaptar à atividade – preparadas especialmente para você, que vai começar a gostar de correr. Prepare-se! 

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