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Conheça os esportes da Paralimpíada Rio 2016

Falta pouco para voltarmos a vibrar com a luta dos nossos atletas. Saiba como funcionam as modalidades

Por Giulia Granchi
Atualizado em 10 nov 2016, 10h39 - Publicado em 23 ago 2016, 09h29

Nós já estamos ansiosas para continuar no clima de torcida e vibrar com os nossos atletas na Paraolimpíada, que terá início no dia 5 de setembro. Os jogos serão disputados em 23 modalidades, duas delas inéditas na competição: a Canoagem e o Triatlo. Segundo informações da agência EBC, nos 11 dias de competição 528 medalhas serão distribuídas, sendo 225 femininas, 265 masculinas e 38 mistas. Em 2012, nos Jogos de Londres, o Brasil ficou com o 7º lugar na classificação geral. Agora, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) deseja alcançar o 5º lugar. Conheça os esportes que integrarão os Jogos:

Atletismo
Homens e mulheres, com deficiências físicas ou sensoriais, podem competir nas categorias corridas, saltos, lançamentos e arremessos.  Há adaptações sutis para uso de próteses, cadeira de rodas ou do atleta-guia, que corre ao lado do competidor e ligado por uma cordinha. Ele tem a missão de indicar o caminho mas não pode puxá-lo. O legal é que ele também ganha uma medalha se o atleta paralímpico subir ao pódio.

Alexandre Loureiro/Freelancer/Getty Images Alexandre Loureiro/Freelancer/Getty Images

Basquete em cadeira de rodas
No anos 1940, membros do exército americano feridos durante a Segunda Guerra Mundial deram origem a esse esporte. Homens e mulheres com algum tipo de deficiência motora podem praticá-lo. A principal mudança na regra original é a possibilidade de dar dois movimentos na roda da cadeira antes de quicar, passar ou arremessar a bola. As cadeiras são adaptadas e padronizadas, mas as dimensões da quadra e a altura da cesta são idênticas ao basquete olímpico.

Buda Mendes/Equipa/Getty Images Buda Mendes/Equipa/Getty Images

Bocha
Não há grandes mudanças na regra original da modalidade e é permitido o uso das mãos e dos pés, além de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento dos membros superiores ou inferiores. A modalidade pode ser disputada nas categorias individual, dupla ou equipe. Vale lembrar que o esporte também pode ser particado por atletas com paralisia cerebral que utilizem cadeira de rodas.

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Matthew Stockman/Equipa/Getty Images Matthew Stockman/Equipa/Getty Images

Canoagem
Modalidade inédita na competição, a canoagem de velocidade adaptada pode ser disputada por atletas com qualquer tipo de deficiência físico-motora, em três classes funcionais: LTA, onde o atleta utiliza os braços, tronco e pernas para auxiliar na remada; TA, na qual o atleta utiliza apenas o tronco e os braços; e A, em que o atleta só tem a possibilidade de utilizar o movimento dos braços. Assim como na disputa olímpica, o mais rápido de cada bateria vence. Os caiaques utilizados têm suas adaptações de acordo com as necessidades de seus tripulantes.

Feng Li/Equipa/Getty Images Feng Li/Equipa/Getty Images

Ciclismo
Atletas com deficiências visuais, paralisia cerebral e amputados podem competir na modalidade. Há disputas em equipe e individuais, sempre sob as regras da União Internacional de Ciclismo, que define mudanças sobre os tipos de segurança. O ciclismo paralímpico divide-se entre ciclismo de pista, com provas de contrarrelógio, perseguição e velocidade, e ciclismo de estrada, com provas de contrarrelógio e resistência.

Gareth Copley/Equipa/Getty Images Gareth Copley/Equipa/Getty Images

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Esgrima
A esgrima está liberada apenas para os atletas com deficiência locomotora e as regras seguidas são da Federação Internacional de Esgrima, mas o Comitê Executivo de Esgrima do Comitê Paralímpico Internacional é quem faz a administração. As cadeiras são fixadas no solo e têm a movimentação proibida por regra, uma das poucas mudanças em relação ao programa olímpico da modalidade.

Dan Kitwood/Equipa/Getty Images Dan Kitwood/Equipa/Getty Images

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Futebol de cinco
Exclusivo para deficientes visuais, o esporte tem suas partidas realizadas em uma quadra de futsal adaptada e a bola tem sinos internos para que possa ser identificada. A torcida deve ficar em silêncio e apenas comemorar os pontos marcados. Há também um guia, que fica atrás do gol, para orientar os jogadores. Goleiros têm visão total e não podem ter atuado em competições da FIFA nos últimos cinco anos.

Buda Mendes/Equipa/Getty Images Buda Mendes/Equipa/Getty Images

Futebol de sete
A modalidade é praticada por homens com paralisia cerebral, decorrente de sequelas de traumatismo crânio-encefácilo ou AVCs. As regras da FIFA sofrem adaptações básicas e o campo tem até 75m x 55m, além de traves menores. São seis jogadores na linha e um no gol, e cada partida tem dois tempos de 30 minutos.

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Dennis Grombkowski/Equipa/Getty Images Dennis Grombkowski/Equipa/Getty Images

Goalball
O goalball tem a peculiaridade de apenas aceitar atletas paralímpicos e com deficiência visual. A quadra tem dimensões idênticas à de vôlei e é jogada por trios com bolas que têm cochalhos internos – logo, se exige silêncio da torcida. O objetivo é acertar a bola no gol, podendo usar  a mão. As partidas têm dois tempos com 10 minutos.

Tom Dulat/Freelancer/Getty Images Tom Dulat/Freelancer/Getty Images

Halterofilismo
Atletas com deficiências físicas nos membros inferiores ou com paralisia cerebral podem competir, sempre deitados no supino – aparelho que vemos na academia. A exemplo do modelo olímpico, os participantes são separados por pesos.

Buda Mendes/Equipa/Getty Images Buda Mendes/Equipa/Getty Images

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Hipismo
Apenas o adestramento compõe o programa paraolímpico no hipismo. Atletas com vários tipos de deficiência têm direito a participar em provas mistas, com disputa entre homens e mulheres. Na modalidade, não só as amazonas e os cavaleiros recebem medalhas, mas também os cavalos.

MN Chan/Freelancer/Getty Images MN Chan/Freelancer/Getty Images

Judô
São três categorias praticadas, isso de acordo com a possibilidade visual de cada um. A Federação Internacional de Esportes para Cegos é quem administra a modalidade no país. Mulheres e homens com deficiências visuais podem competir.

Matthew Lloyd/Freelancer/Getty Images Matthew Lloyd/Freelancer/Getty Images

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Natação
Atletas com quase todo tipo de deficiência, como visual e física, competem em piscinas de tamanho idêntico aos dos atletas olímpicos. As regras são dispostas pelo IPC Swimming, órgão responsável pela modalidade no Comitê Paralímpico Internacional. Adaptações sutis são feitas nas largadas, viradas e chegadas.

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Grant Halverson/Freelancer/Getty Images Grant Halverson/Freelancer/Getty Images

Remo
O equipamento sofre pequenas alterações para que possa ser praticado. Atletas com os mais diferentes tipos de deficiências podem competir, sendo a separação de classes definida de acordo com o grau de limitação.

Matthew Lloyd/Freelancer/Getty Images Matthew Lloyd/Freelancer/Getty Images

Rugby em cadeira de rodas
Com equipes de quatro jogadores e oito reservas, o rugby em cadeira de rodas é praticado em quadras de basquete com 28m x 15m. Apesar de adotar regras bastante específicas para os paraolímpicos, mantém a essência do esporte praticado de maneira convencional.

Buda Mendes/Equipa/Getty Images Buda Mendes/Equipa/Getty Images

Tênis de mesa
Uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos Paralímpicos, o tênis pode ser praticado por homens, mulheres e duplas com paralisia cerebral, amputados ou cadeirantes – as competições são divididas entre atletas andantes ou cadeirantes. A Federação Internacional de Tênis de Mesa é a responsável pelas alterações. A raquete pode ser amarrada na mão do atleta para facilitar o jogo.

Matthew Lloyd/Freelancer/Getty Images Matthew Lloyd/Freelancer/Getty Images

Tênis em cadeira de rodas
Pessoas com deficiências de locomoção têm direito a participar. Há disputas individuais e em duplas, nas quais atletas com diferentes tipos de necessidade podem competir juntos. A bola pode quicar duas vezes antes de passar para a quadra adversária e as cadeiras de rodas são adaptadas para melhorar a mobilidade e o equilíbrio.

Dean Mouhtaropoulos/Equipa/Getty Images Dean Mouhtaropoulos/Equipa/Getty Images

Tiro com arco
Com regras praticamente idênticas às da Federação Internacional de Tiro com Arco, a modalidade paralímpica pode ser disputada por tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com limitações de movimento nos membros inferiores. Os atletas podem escolher entre competir em pé ou sentados.

Jonathan Moore/Freelancer/Getty Images Jonathan Moore/Freelancer/Getty Images

Tiro esportivo
Mulheres e homens amputados, paraplégicos, tetraplégicos e com outras deficiências motoras podem competir e há mudanças específicas em relação à regra do esporte olímpico, como a classificação de atletas segundo equilíbrio, mobilidade dos membros, força muscular e grau de funcionalidade do tronco.

Harry Engels/Freelancer/Getty Images Harry Engels/Freelancer/Getty Images

Triatlo
Mais um esporte que faz sua estreia nos Jogos Paralímpicos de 2016. São 750m de nado, 20km de ciclismo e 5km de corrida, sendo que o tempo gasto na transição entre nado, ciclismo e corrida também é computado. Vence o atleta que realizá-la no menor tempo. Participam do esporte pessoas com diversos tipos de deficiência, desde cadeirantes, amputados até atletas com deficiência visual. As cinco classes do Paratriatlo são definidas pela União Internacional de Triathlon, através de um sistema de pontuação específico.

Feng Li/Equipa/Getty Images Feng Li/Equipa/Getty Images

Vela
Pessoas com deficiências locomotoras ou visual podem competir, sempre em barcos adaptados. Há competições nas categorias individual, em duplas ou trios. O sistema de pontuação por habilidade permite que atletas com diferentes deficiências possam competir juntos.

Nick Wilson/Equipa/Getty Images Nick Wilson/Equipa/Getty Images

Voleibol sentado
Com os princípios básicos do esporte olímpico, a modalidade tem mudanças em relação ao tamanho da quadra e à altura da rede. Não é permitido bater na bola sem estar sentado. Podem participar atletas amputados e com outros tipos de deficiência motora.

Jan Kruger/Freelancer/Getty Images Jan Kruger/Freelancer/Getty Images

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