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Escalada pode ajudar no tratamento da depressão, conclui estudo

Em pesquisa realizada na Alemanha, pacientes que fizeram o esporte melhoraram do quadro de tristeza profunda

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 20 nov 2023, 21h22 - Publicado em 1 jun 2017, 10h05

Já pensou em escalar uma montanha ou uma parede? Nunca?! Pois deveria… A atividade é reconhecida por trabalhar a musculatura de várias partes do corpo, melhorar a flexibilidade e contribuir para uma maior consciência corporal. Mais: a escalada também parece ser de grande ajuda no tratamento da depressão. É o que aponta um novo estudo conduzido por pesquisadores das universidades do Arizona, nos Estados Unidos, e de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha.

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O trabalho – que será apresentado na próxima edição da convenção anual da Associação para a Ciência Psicológica, que acontecerá entre os dias 1o e 4 de junho, nos Estados Unidos – envolveu mais de 100 pessoas em tratamento contra a depressão.

Os voluntários foram aleatoriamente divididos em dois grupos: um começou imediatamente a fazer escalada e o outro ficou à espera de poder praticar o esporte. Durante oito semanas, cada participante do primeiro time escalou três horas por semana.

Foi aí que os experts perceberam que a turma que fez escalada em pedras e paredões apresentou melhoras nos índices de depressão – passando de um quadro severo para moderado ou até leve, em alguns casos.

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“Os pacientes gostaram das sessões de escalada e nos disseram que se beneficiaram muito”, relata Katharina Luttenberger, uma das autoras do estudo. “Ruminar pensamentos é um dos maiores problemas entre os depressivos, então achamos que escalar poderia ser uma boa intervenção”, justifica.

Os participantes também fizeram atividades que promoviam interações sociais e aprenderam a meditar e a usar a técnica mindfulness. Mas foi o esporte radical que teve um papel fundamental no tratamento. “Você precisa estar consciente e focado no momento. A modalidade não abre espaço para pensar em coisas que estão acontecendo na sua vida – você tem que se concentrar em não cair”, explica a líder da investigação, Eva-Maria Stelzer. Ela também destaca que a atividade pode ser feita por pessoas com vários níveis de condicionamento físico.

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E, se escalar não é sua praia, sem problemas. Contra a tristeza profunda, o que vale é não ficar parado. “Eu sempre encorajo os pacientes a praticar o esporte de que gostarem – pode ser a escalada ou algum outro. Exercícios são uma ferramenta maravilhosa para prevenir todos os tipos de doenças, físicas ou mentais”, observa Eva-Maria.

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