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Estudo aponta leite integral e derivados como amigos do coração

De acordo com os pesquisadores, a gordura do leite integral não é tão nociva ao coração quanto se acreditava

Por Camila Junqueira, Gislene Pereira
Atualizado em 20 jul 2018, 18h53 - Publicado em 20 jul 2018, 18h47

Se você eliminou o leite integral da sua dieta e aderiu às versões semi ou desnatadas (ou ainda, às bebidas vegetais) para evitar a ingestão de gorduras maléficas ao coração, está na hora de repensar a escolha. Uma pesquisa da Universidade do Texas, Estados Unidos, publicada no periódico American Journal of Clinical Nutrition, sugere que o leite de vaca e derivados, como queijo e manteiga, não só são inofensivos para a saúde cardiovascular como podem diminuir o risco de derrame.

Os autores investigaram a relação entre três tipos de gordura presentes no leite e a incidência de problemas do coração e mortes em geral, durante 22 anos. Cerca de 3 mil pessoas, de 65 anos ou mais, participaram da pesquisa e realizaram exames de sangue nesse período, enquanto consumiam leite integral e produtos feitos com ele.

A conclusão foi significativa: nenhum dos tipos de gordura do leite foi associado à taxa de mortalidade das pessoas observadas no estudo. Um deles foi, inclusive, responsável por diminuir eventuais doenças cardiovasculares: quem ingeriu mais produtos lácteos e acumulou mais níveis dessa gordura no sangue teve 42% menos risco de sofrer um derrame.

Mulher bebendo leite
(DenizA/Thinkstock/Getty Images)

Leite integral não é vilão na dieta

Os pesquisadores foram além e apontaram que embora o leite desnatado seja o tipo mais indicado por nutricionistas e até por institutos de saúde, seus derivados podem conter muito açúcar para compensar a falta de gordura, como é o caso de alguns iogurtes e chocolates – o que prejudica o metabolismo e até mesmo o coração.

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“Alimentos derivados do leite integral são fontes ricas em nutrientes como cálcio e potássio, que são essenciais para a saúde não só na infância como em toda a vida – principalmente mais tarde, quando condições como a osteoporose são mais comuns”, explica Marcia Otto, professora que liderou a investigação.

Portanto, se você não sofre com intolerância à lactose, sua saúde não corre risco ao incluir a bebida branca no seu dia a dia.

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