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Dado assustador: hipertensão atinge mais de 1 bilhão de pessoas

Segundo estudo global, esse número é 40% maior do que há quatro décadas

Por Luiza Monteiro
16 nov 2016, 16h23

Foi publicado nesta terça-feira (15), no renomado periódico científico The Lancet, o maior estudo já feito para mapear a pressão arterial ao redor do globo. Conduzido por cientistas da Imperial College London, na Inglaterra, a pesquisa envolveu também experts da Organização Mundial da Saúde (OMS) e centenas de estudiosos do mundo todo. E os achados não poderiam ser menos impressionantes: entre 1975 e 2015 o índice global de pressão alta cresceu 40%, atingindo 1,1 bilhão de pessoas.

O levantamento – feito com aproximadamente 20 milhões de pessoas – mostra que o número de hipertensos caiu em países como Coreia do Sul, Estados Unidos e Canadá e subiu em nações da África e do Sul da Ásia. “A pressão alta não é mais ligada à riqueza, como era em 1975. Hoje, é um grande problema de saúde relacionado à pobreza”, analisa o principal autor do estudo, Majid Ezzati, professor da Escola de Saúde Pública da Imperial College London.

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Segundo os líderes da investigação, a explicação para esse cenário não é muito clara, mas acredita-se que esteja ligada, principalmente, ao estilo de vida: nas nações ricas, houve um aumento no consumo de alimentos que barram a pressão nas alturas, como frutas e verduras; já nas áreas mais pobres, o sedentarismo e a ingestão excessiva de itens gordurosos fizeram com que a obesidade aumentasse, assim como a hipertensão.

Os autores do artigo alertam que a pressão elevada é a principal causa de doenças cardiovasculares no mundo e pode provocar derrame e infarto. Inclusive, a cada ano, ela mata 7,5 milhões de pessoas!

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Diferenças entre os sexos

Outro achado do estudo mostra que a pressão arterial aumentou mais entre os homens do que entre as mulheres. No mundo todo, 597 milhões de pessoas do gênero masculino convivem com a hipertensão contra 590 milhões do feminino.

As nações que concentram mais homens hipertensos são Croácia, Letônia, Lituânia, Hungria e Eslovênia, todas no Leste ou Centro europeu. Já os países com maior incidência de mulheres com pressão alta estão na África – Nigéria, Chad, Mali e Somália são alguns deles.

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