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Fio dental pode não ser tão eficiente quanto imaginávamos

Desde pequena, você deve ter escutado que passar fio dental entre os dentes era uma das boas práticas para manter a saúde bucal em dia. Será?

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 20 abr 2017, 19h10 - Publicado em 8 ago 2016, 10h52

Há décadas, o uso do fio dental está entre as principais recomendações de saúde pública. Contudo, existem poucas provas de que o hábito realmente funcione. Levando em consideração a falta de pesquisas adequadas sobre o assunto, o governo federal dos Estados Unidos removeu a recomendação de suas diretrizes alimentares para 2016. Em carta para a agência Associated Press, o governo afirmou que a efetividade de usar o fio dental nunca foi comprovada de forma eficaz. Por isso, não fazia sentido manter tal recomendação.

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A agência Associated Press revisou as publicações mais específicas realizadas nos últimos dez anos, analisando em questão 25 estudos que comparavam o uso de escova de dente com o uso do combo escova e fio dental. Resultado: eles provaram que a eficácia do uso do fio dental é “fraca”, “não confiável” ou de qualidade “muito baixa”. Uma revisão de pesquisas feitas em 2011 concluiu que o uso de fio dental pode contribuir para uma pequena redução dos casos de inflamação de gengiva. Mas, até o momento, os cientistas não conseguiram provar benefícios suficientes para tornar o hábito imprescindível.

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Outro ponto a ser considerado: se passado de forma errada, o inofensivo fio pode prejudicar a gengiva. Isso porque o acessório pode deslocar bactérias ruins para a corrente sanguínea e causar infecções perigosas. Apesar das mudanças, existem dentistas americanos que ainda defendem o uso do fio, por ser uma forma barata de cuidar da gengiva e evitar a formação de placas. E aí, será que a nova ordem chega aqui no Brasil?