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Gripe: como se prevenir contra o vírus influenza

Esclarecemos suas dúvidas para que você passe longe da doença neste ano

Por Redação BOA FORMA
Atualizado em 24 abr 2018, 16h27 - Publicado em 24 abr 2018, 16h21

Basta a temperatura baixar para aumentar o risco de ficar gripada. Mas a culpa não é exatamente do frio: ficar em ambientes fechados por mais tempo nesta época do ano facilita a contaminação pelo vírus. Frequentar locais arejados, manter as mãos sempre limpas e tomar a vacina são algumas medidas que previnem a doença.

Aliás, nesta segunda-feira (23), o Ministério da Saúde deu início à 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que vai até o dia 1º de junho. O imunizante aplicado neste ano protege contra os três subtipos do vírus influenza que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul – são eles: H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B.

A seguir, esclareça suas dúvidas para a gripe não pegar você:

Como se pega gripe?

Essa infecção é provocada pelo influenza, vírus que sofre mutações tão rápidas que impossibilita desenvolver imunidade permanente contra ele. A gripe, que dura em média uma semana, é transmitida por meio de gotículas de saliva ou de coriza expelidas por quem já está gripado ou pelo contato com objetos contaminados. Ou seja, um simples aperto de mão ou um espirro pode ser a porta de entrada para a instalação do micro-organismo.

Quais são os principais sintomas?

Febre alta (a partir de 39 ºC), calafrio, dor de cabeça, coriza, tosse, dor de garganta, cansaço, dor no corpo e sensação de mal-estar. “Essa virose induz a produção de interferons, substâncias de defesa do organismo que agem nos músculos, ossos e meninges, causando esses sintomas”, afirma a infectologista Nancy Bellei, de São Paulo.

A doença é um resfriado mais forte?

Não, são enfermidades diferentes, causadas por vírus distintos (influenza e rinovírus). Muitos confundem as duas por terem sintomas parecidos e ocorrerem normalmente no inverno. “Porém, a gripe provoca reações bem mais fortes. O resfriado se caracteriza pela coriza e pela dor de garganta”, diz Artur Timerman, chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos, em São Paulo.

Como é o tratamento?

Na maioria das vezes, repouso e remédios para aliviar os sintomas resolvem o problema. Porém, quando a febre alta, o mal-estar e a falta de ar persistirem, é hora de procurar um médico para receber uma medicação mais específica e evitar a evolução da doença para uma doença pulmonar grave, como a pneumonia.

Que outros cuidados preciso tomar?

Beber bastante líquido (água, chá e sucos) é fundamental para ajudar o organismo a combater a infecção. “A ingestão de líquido facilita ainda a eliminação da secreção que entope o nariz e deixa o pulmão carregado”, afirma o clínico-geral Maurício Gattaz, de São Paulo.

Evitar o frio ajuda?

Os médicos são unânimes ao dizer que é mito que tomar bebida gelada ou se expor a vento e friagem causa gripe – a contaminação se dá pelo vírus mesmo. Mas bom senso cai bem. “Algumas pessoas se sentem pior com alterações extremas de temperatura. Nesse caso, devem evitar o que lhes faz mal”, diz Nancy Bellei.

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Como posso prevenir a infecção?

“Alimentação balanceada, exercícios moderados e sono de qualidade ajudam a deixar a imunidade em alta e afastam o risco de contaminação pelo vírus da gripe”, sugere Maurício. Também vale limpar as mãos com álcool ou com água e sabão e evitar ambientes fechados, sem ventilação. Porém, os especialistas alertam: a vacina é o melhor modo de prevenir a doença.

Tomei a vacina ano passado. Tenho que repetir a dose neste ano?

Sim, por causa da mutação do vírus. O ideal é se imunizar antes do inverno começar (21 de junho), já que a vacina leva 15 dias para ter efeito. O medicamento é seguro e são raros os casos de efeitos colaterais. Quem não faz parte do grupo de risco (veja abaixo) pode tomar o medicamento em clínicas particulares.

Quem precisa tomar a vacina?

De acordo com o Ministério da Saúde, devem se vacinar:

  • Pessoas a partir de 60 anos;
  • Crianças de 6 meses a 5 anos de idade;
  • Trabalhadores de saúde;
  • Professores das redes pública e privada;
  • Povos indígenas;
  • Gestantes e mulheres que deram à luz há 45 dias;
  • Indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia;
  • Pessoas privadas de liberdade (o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas, como a Fundação Casa)e os funcionários do sistema prisional.
  • Portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como asma, diabetes, artrite reumatoide e outras condições clínicas especiais.

Quem não deve se imunizar?

A única contraindicação para a vacina da gripe são pessoas pessoas com alergia severa ao ovo.

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