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Nem todos os vegetarianos estão saudáveis, conclui estudo

Se você acha que tem bons hábitos por não comer carne, fique atenta: dependendo das escolhas à mesa, sua saúde pode estar em risco

Por Redação BOA FORMA
Atualizado em 17 fev 2020, 15h03 - Publicado em 17 out 2017, 15h10

Em busca de uma vida com mais saúde, muitas pessoas decidem excluir carnes – ou todos os itens de origem animal, como ovo, queijo e leite – do cardápio. Mas será que simplesmente eliminar esses alimentos da dieta garante um corpo (e um futuro) mais saudável? Segundo um estudo recente da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, a resposta para essa pergunta é “nem sempre”.

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De acordo com a pesquisa, publicada em julho de 2017 no periódico científico Journal of the American College of Cardiology, dependendo de como fica a alimentação ao se tornar vegetariano, o risco de doenças cardíacas pode aumentar. O trabalho foi feito com mais de 200 mil pessoas que, ao longo de duas décadas, responderam a questionários sobre seu estilo de vida, cuidados com a saúde e histórico familiar. Participantes que tiveram problemas no coração, câncer ou derrame foram excluídos já no início da investigação.

Divididos em grupos, os voluntários seguiram três tipos de dietas: a primeira não eliminava itens de origem animal, mas priorizava alimentos vegetais; a segunda era vegetariana e tinha como protagonistas grãos integrais, frutas e verduras; e a terceira não incluía carnes, mas estava baseada em industrializados considerados não saudáveis.

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Os cientistas de Harvard notaram que, no geral, adotar um cardápio livre de picanha, peito de frango ou sushi ajuda a prevenir males cardiovasculares. Os homens e mulheres que seguiram menus cheios de frutas, verduras e cereais integrais apresentaram bem menos risco de sofrer um piripaque no peito. O mesmo vale para os que consumiram pouca carne e muitos alimentos frescos. Mas nada disso é novidade – outros trabalhos já haviam demonstrado essas associações.

O que chamou mesmo a atenção dos experts foi que os vegetarianos que abusaram de itens como grãos refinados, refrigerantes e que comeram muito carboidrato se mostraram mais propensos a desenvolver problemas no coração. “É evidente que há muita variação na qualidade nutricional de dietas vegetarianas”, observa Ambika Satija, líder do estudo.

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Os pesquisadores sugerem que é preciso reforçar a importância de comer alimentos nutritivos, mesmo depois de excluir a carne do dia a dia. E, se você pretende parar de ingerir animais, talvez seja uma boa ideia fazer isso aos poucos. “Assim como acontece com a atividade física, fazer pequenas alterações na dieta, em vez mudanças radicais, pode ser mais motivador e sustentável”, propõe Kim Allan Williamns, um dos autores da investigação.

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