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No dentista: fita adesiva pode substituir anestesia injetável

Pesquisadores brasileiros desenvolveram um produto que pode minimizar um dos procedimentos odontológicos mais incômodos

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 22 mar 2017, 13h20 - Publicado em 21 mar 2017, 18h30

Você treme só de pensar nos utensílios que o dentista coloca na sua boca? Quando envolve picada, então, pior ainda! Calma, a ciência está aí para te ajudar. Pesquisadores das Faculdades de Ciências Farmacêuticas e de Odontologia da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, no interior paulista, desenvolveram uma fita adesiva que promete tomar o lugar da anestesia injetável.

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O produto é uma espécie de esparadrapo feito com um derivado de celulose vegetal, material biocompatível e biodegradável. Os testes feitos pelos cientistas da USP mostram que a fita reduz a sensação dolorosa tanto superficial quanto profunda. A ação anestésica tem início cinco minutos após a adesão do filme na mucosa gengival e atinge efeito máximo entre 15 e 25 minutos depois da aplicação. O período total de duração é de 50 minutos – tempo médio de um procedimento odontológico.

O pesquisador Renê Oliveira do Couto, que faz parte do time que liderou o trabalho, afirma que ainda faltam estudos para confirmar os mucoadesivos como substitutos das injeções de anestesias, principalmente em cirurgias invasivas e complexas. Mas, no caso de microcirurgias como extração de dentes de leite e raspagem e curetagem dental em adultos, essas fitas podem ser efetivas.

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Segundo Couto, esses resultados significam avanços, pois aumentam a segurança tanto dos pacientes quanto dos dentistas. No dia a dia do consultório, antes de aplicar a anestesia, o profissional geralmente tenta aliviar o desconforto massageando o local na gengiva com gel, pomada ou creme anestésico. “Mas essas fórmulas não são eficazes pela pouca ou nenhuma mucoadesão, o que faz com que os fármacos sejam lavados pela saliva e traz mais desconforto ao paciente pelo sabor desagradável”, explica o estudioso. Já as novas fitas se mantêm grudadas na mucosa por todo o tempo de aplicação.

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Para tentar chegar à total substituição das agulhas, as próximas investigações da equipe brasileira vão comparar fórmulas, testar sensibilidades e aderências. Vamos torcer para que os experts cheguem a conclusões que tornem as idas ao dentista menos sofridas, né?

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