Continua após publicidade

Saúde do coração: vacina contra colesterol terá teste em humanos

A iniciativa será feita após trabalho em ratos de laboratórios mostrar resultados significativos

Por Giulia Granchi, Gislene Pereira
Atualizado em 17 fev 2020, 15h16 - Publicado em 21 jun 2017, 15h58

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais pessoas perdem a vida anualmente por causa delas do que por qualquer outra enfermidade (cerca de 17,5 milhões de ocorrências).

As chances de ser acometida por uma delas são influenciadas por uma combinação de genética e estilo de vida, que às vezes, são difíceis de reverter. Um dos fatores importantes que aumenta a chance da doença é o colesterol ruim, associado à dieta não-saudável, ao tabagismo, ao alto consumo de álcool e ao sedentarismo. Mas, e se pudéssemos simplesmente tomar uma vacina para diminuir o colesterol e afastar as chances de ficar doente?

Veja também: Sobrepeso mata quase tanto quanto obesidade, identifica estudo

Essa é a inovação médica que cientistas europeus estão prontos para testar em humanos — após resultados promissores em ratos. A vacina contra o colesterol tem o objetivo de evitar que depósitos de gordura obstruam as artérias e seria uma alternativa para pessoas que tomam remédios diariamente. No entanto, os pesquisadores reforçam que a criação não é uma desculpa para se alimentar mal ou não praticar exercícios.

Continua após a publicidade

Segundo publicação European Heart Journal, a pesquisa mostra que a vacina AT04A, quando injetada sob a pele de ratos que consumiram alimentos gordurosos, reduziu a quantidade total de colesterol em 53%, os danos aos vasos sanguíneos em 64% e os marcadores biológicos da inflamação dos vasos sanguíneos em 21-28% em comparação aos ratos não vacinados.

No texto, os cientistas também afirmam que serão precisos pelo menos seis anos para ter certeza de que o tratamento é efetivo e seguro para humanos, mas testes em 72 voluntários devem ser concluídos até o final de 2017.

Publicidade