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Sirtfood, dieta que Adele adotou, aposta no chocolate e vinho

A alimentação combina a restrição calórica com alimentos que estimulam a sirtuína

Por Amanda Panteri
Atualizado em 29 jan 2020, 10h32 - Publicado em 29 jan 2020, 09h32

Recentemente, a britânica Adele chamou atenção nas redes sociais por aparecer muito mais magra do que estava antes — segundo fontes próximas à cantora, com 45 quilos a menos. Logo, a dieta adotada por ela caiu na boca do povo. A Sirtfood, como é chamada, causou rebuliço por priorizar alimentos que muita gente ama, mas come com moderação, como o chocolate e o vinho

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Mas afinal, o que é a Sirtfood? 

Parece uma maravilha, não é mesmo? A questão é que não para por aí. Ela, na verdade, é uma combinação de restrição calórica com alimentos que estimulam a produção de sirtuína no nosso corpo. “Ela é uma enzima que faz com que o metabolismo seja ativado em diversas partes do corpo, causando um efeito sistêmico de queima de gordura”, explica a nutricionista Gabriela Cilla, da Clínica NutriCilla, de São Paulo. 

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Segundo a especialista, dietas como essa têm um efeito antioxidante, provocando a desintoxicação do organismo e fazendo com que nossos órgãos trabalhem melhor. Com isso, mais rápido pode ser o processo de emagrecimento. “Sem contar que os tipos de alimentos ingeridos na dieta promovem a saciedade e ajudam a perder peso, mas mantém os músculos, muito importantes para nós”, diz a endocrinologista Júlia Cabral, do Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. 

Couve, azeite, oleaginosas, café, chá verde e frutas vermelhas são outros exemplos de ingredientes com esses benefícios. 

Poréns

A Sirtfood é dividida em três fases, e dura três semanas. Na primeira delas, a pessoa só pode consumir 1000 calorias diárias, divididas em três sucos verdes e uma refeição. Na segunda, o número sobre para 1500 calorias por dia, divididas em duas refeições e dois sucos verdes. Na terceira semana, as calorias deixam de ser contadas, mas é preciso prezar um cardápio saudável com o máximo de itens que ativam a sirtuína. 

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Vale lembrar que, apesar de variar de pessoa para pessoa, as recomendações a respeito da ingestão de calorias diárias costumam ser muito maiores que 1000. E nem é preciso lembrar que a restrição não é uma estratégia que funciona para todo mundo, não é mesmo? “Ela pode ser muito prejudicial para quem tem ansiedade, e até causar transtornos alimentares”, diz a nutricionista. 

Por isso, não é nada legal adotá-la sem um acompanhamento profissional. “É preciso entender que cada indivíduo tem uma tolerância diferente. E não quer dizer que se a Adele emagreceu 45 quilos, qualquer um que faça a dieta também vai”, aconselha Júlia Cabral. 

Por que não prestar mais atenção nos alimentos que a Sirtfood incentiva do que propriamente na restrição calórica? Eles, com certeza, só têm benefícios: 

  • Vinho: Bom para o coração, mas em quantidades moderadas (no máximo uma taça por dia, ou de 120 a 150 ml). A casca da uva contém resveratrol, que ajuda na saúde cardiovascular e no processo de desintoxicação do corpo. A melhor hora para consumi-lo é à noite;
  • Chocolate: Quanto maior a graduação do cacau, melhor. Isso porque é nele que se encontram os flavonoides, propriedades antioxidantes. E quanto mais amargo, menos açúcar e gordura o chocolate tem;
  • Couve kale: Rica em vitaminas K, E e D. Além disso, quase não tem calorias;
  • Azeite: Uma fonte de gordura monoinsaturada, que regula a saúde do coração;
  • Morango: Fruta com baixo índice glicêmico;
  • Oleaginosas: Contém gorduras boas, promovem saciedade e o aumento do colesterol bom.
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