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Tem dificuldades para emagrecer? A gente facilita sua vida

O psicoterapeuta Marco Antonio de Tommaso ajuda você a se conhecer melhor

Por Redação Boa Forma
7 nov 2016, 19h10

Vivo na expectativa de emagrecer e, por isso, subo e desço da balança várias vezes ao dia – me peso em casa, na farmácia, na casa de amigas, antes e depois de comer. Minha mania só piora as coisas: quando engordo (é normal isso acontecer até quando estou de dieta), fico compulsiva. Em seguida, me sinto culpada e inicio uma nova tentativa de pôr um fim aos quilos extras, mas volto a me pesar inúmeras vezes. Qual é a sua sugestão? Mirian*, 28 anos, 1,62 m de altura, 75 kg.

Mirian, quando você se concentra apenas em emagrecer, deixa de reconhecer outros benefícios da dieta. Sem falar que a variação de peso do nosso corpo ao longo do dia é normal, por diferentes motivos. Se beber um copo de água e subir na balança, o número no visor já vai mostrar uma alteração para mais, o que não significa que você engordou. Caso faça o mesmo depois de suar por uma hora numa sauna, vai estar mais leve, mas não necessariamente mais magra. Estar preparada para essas oscilações é importante para não se frustrar nem ficar ansiosa – emoção que faz você comer em excesso e, depois, se sentir culpada. Outra possibilidade é marcar encontros mais esporádicos com a balança: se pese apenas uma vez por semana (toda quarta-feira, por exemplo), sempre no mesmo horário. E, para continuar motivada, observe os outros fatores (qualidade do sono, energia, disposição, humor, autoestima) que melhoram com uma dieta equilibrada. Você precisa de resultados concretos? Note se suas roupas estão menos apertadas ou com um caimento melhor. Tudo isso vai ajudá-la a se sentir cada vez menos refém da balança e, finalmente, conseguir resultados mais estáveis.

Quero emagrecer, mas não me sinto capaz de perder entre 1,5 e 2 quilos em uma semana – objetivo estipulado pela maioria das dietas. Todas as vezes que tentei, acabei frustrada. Ficar assim, acima do peso, me deixa triste e propensa a me isolar: deixo de sair de casa e, para compensar, como ainda mais! Gostaria que um profissional, como você, traçasse uma meta viável para mim. Cristiana*, 24 anos, 1,71 m de altura, 80 kg.

Cristiana, as metas numéricas são relativas. Elas dependem de muitas variáveis, como idade, ritmo do metabolismo, quantidade de gordura a ser perdida e até o tempo que você se manteve acima do peso. Emagrecer e engordar novamente também não é bom – esse vaivém deixa o organismo cada vez mais resistente à perda de gordura. Daí a facilidade daquela amiga em enxugar logo na primeira tentativa. Em compensação, a chance de uma jovem como você entrar em forma é bem maior do que a de uma mulher na menopausa. Enfim, cada pessoa apresenta um ritmo diferente no processo de emagrecimento. Por isso, não avalie o sucesso da dieta só pelo resultado alcançado na balança em uma semana, 15 dias ou um mês. Em vez disso, trace como meta uma mudança no seu estilo de vida (adquira hábitos alimentares mais saudáveis, se exercite com frequência, faça atividades relaxantes e que tragam foco, como ioga e meditação) e siga em frente. Aos poucos, sua saúde e sua autoestima serão fortalecidas – e a perda de gordura virá como consequência. O processo é mais lento, só que mais duradouro – melhor, não é!?

* Nome trocado para preservar a identidade da leitora.

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