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As lições de bem-estar da atriz Antônia Frering

Bonita, bem casada, mãe dedicada, atriz talentosa. Aos 47 anos, Antônia é prova de que sempre é tempo de perseguir a felicidade. Nem uma doença grave, superada há um ano, a fez perder a determinação e a alegria de viver

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 17h18 - Publicado em 26 jun 2013, 22h00

A atriz de Salve Jorge superou um câncer há um ano
Foto: Marcelo Correa

Elegância está no DNA ou é mais uma qualidade aprendida em casa? Seja qual for a resposta, Antônia Frering não teria como escapar da sofisticação: ela é filha de Carmen Mayrink Veiga, socialite carioca referência quando o assunto é estilo – nos anos 1980, fez parte da seleta lista de pessoas mais bem-vestidas do mundo da revista americana Vanity Fair.

Longe das câmeras, a atriz garante que não é fashionista. Na hora de se vestir, privilegiar o conforto é a regra número um. Atualmente, declara-se apaixonada por jeans branco. “É só combinar com uma camiseta e uma sapatilha e estou pronta para diversas ocasiões.” Legging e as clássicas Havaianas são outras das suas peças must have no momento. Aliás, Antônia entregou que, em várias cenas de Salve Jorge, novela em que interpretou a advogada Deborah, dispensou os sapatos e gravou de chinelo mesmo, quando não aparecia de corpo inteiro.

Luta na vida real

Quem vê Antônia toda poderosa e elegante na tela não imagina o drama pessoal superado há um ano. “Em outubro de 2011, senti um volume anormal na mama. Fui ao médico e fiz exames mesmo achando que não era nada sério, pois não há histórico de câncer na família. Mas o diagnóstico confirmou a doença”, conta. Só quem ficou sabendo da batalha que teria que enfrentar foram o marido, os três filhos e o irmão. “Quis poupar meus pais e amigos de sofrimento. Além disso, prefiro ficar na minha em momentos sérios. É da minha personalidade ser discreta”, fala.

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A religiosidade, um dos pilares da vida dela, ficou ainda mais forte. Ela não se importa em parecer piegas ou clichê: é católica praticante e nunca perdeu a fé de que Deus e “seus santos”, como gosta de dizer, fossem curá-la. “Um dos momentos mais difíceis foi raspar o cabelo. Minha filha caçula, Maria, estava comigo, se aninhou no meu colo e choramos juntas.” Foram quatro meses de quimioterapia antes de fazer a operação para retirar o tumor. Nesse período, recebeu o convite para participar da novela, o que deu novo ânimo na luta pela recuperação. “A Glória Perez e o Marcos Schechtman, autora e diretor da novela, foram muito compreensivos. Disseram para eu me cuidar primeiro e só ir trabalhar quando estivesse pronta.”

Ser ou não ser

Antônia descobriu a vocação de atriz há cerca de dez anos, quando morava em Londres com a família. O filho do meio, Lorenzo, 23 anos – ela também é mãe de Guilherme, 25, e Maria, 21 -, queria fazer um curso de teatro e não podia ir sozinho. Como teria que levá-lo e buscá-lo, aproveitou para se matricular nas aulas também. Assim que pisou no palco pela primeira vez, teve certeza de que era aquilo que queria fazer: lembrou-se imediatamente da infância, quando o passatempo preferido era encenar e escrever pequenas peças, além de dançar nos espetáculos do colégio.

Antônia é formada em letras e se tornou professora. Ensinou catecismo em uma creche e deu aulas particulares de francês durante muito tempo. Em 2000, foi morar na Inglaterra para acompanhar o marido, o empresário Guilherme Frering. “Foi um período confuso de identidade. Entrar no mundo do teatro foi uma coisa louca para mim, mas percebi que qualquer desafio não era nada perto da vontade de atuar”, diz. Ainda no exterior, interpretou uma freira no longa Madre Teresa de Calcutá, de Fabrizzio Costa, esteve nos filmes Callas e You Can Run, além de dar vida à personagem principal na peça Augusta, de Alan Francks. O trabalho internacional rendeu convites para participar de produções brasileiras, como o sucesso de bilheteria Se Eu Fosse Você, de Daniel Filho, e as novelas Cobras & Lagartos e Três Irmãs. De volta ao nosso país, produziu e atuou no espetáculo O Pintor, um texto do inglês Donald Churchill, que teve tradução da jornalista Barbara Heliodora, adaptação de João Emanuel Carneiro e direção de Guilherme Piva.

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Nova em folha

Apesar do porte esguio – ela mede 1, 77 metro e pesa 58 quilos -, Antônia nunca foi modelo. “Quando eu tinha 17 anos, o estilista Guilherme Guimarães, amigo da família, me convidou para ser o rosto de uma campanha de jeans e óculos que lançou”, lembra. “Topei de farra e desfilei algumas vezes. Adorei a experiência. Até hoje, se me convidam, eu vou.” Tanto que, em 1995, encerrou a última apresentação da carreira de Givenchy vestida de noiva, com a filha Maria no colo e, em 2011, abriu o desfile de Adriana Degreas na São Paulo Fashion Week.

Na TV ou na passarela, a marca registrada de Antônia Frering sempre foi o cabelão preto volumoso, outra herança da mãe. No começo de Salve Jorge, ela precisou colocar mega-hair curto, com ondas e algumas luzes, porque o cabelo ainda se recuperava dos efeitos da quimioterapia. Em fevereiro, dispensou o artifício e, desde então, exibe o visual natural na novela. “O cabelo curto me fez entrar mais ainda na personagem, mas gosto mesmo dos fios longos”, diz. As mechas loiras também estão com os dias contados. “Quero encontrar meu estilo original de novo assim que terminar de gravar a novela”, avisa.

Totalmente curada e feliz, Antônia está de volta à rotina de antes – inclusive às sessões de ginástica e às aulas de alongamento. “Nunca fui fã de academia, mas sou disciplinada. Meu objetivo é envelhecer bem, com saúde. Ficar em forma é uma consequência.” Quando o assunto é esporte radical, em compensação, ela não para: nas viagens, esquia, anda de jet-ski, caiaque, faz stand up paddle, salta a cavalo, já fez mergulho submarino e pulou de paraquedas quatro vezes. Ufa! “E ainda quero fazer de novo!”, revela. Antônia é assim mesmo: corajosa na vida, na arte e na aventura!

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As lições de bem-estar de Antônia

1. Cuidar da alimentação

“Começo o dia com um copo de suco verde. Se ficar com fome, como uma fruta. Tenho alergia a leite e derivados, por isso, eles estão proibidos no meu cardápio. Almoço bem: uma carne branca, arroz,
feijão, legumes e folhas. No jantar, nada de carboidratos. Uma vez por semana, esqueço as restrições e me permito comer quindim ou bala de coco, que adoro.”

2. Tratar a pele

“Visito regularmente o dermatologista. Faço aplicações de laser para estimular o colágeno e renovar a pele. Para manter a hidratação, uso produtos da SkinCeuticals no rosto e no corpo.”

3. Relaxar

“Minhas sessões semanais de massagem e acupuntura são sagradas. Elas acalmam a mente e fazem um bem enorme para o corpo.”

4. Ter fé e fazer o bem

“Sempre rezei e frequentei missas. Faz bem para o coração e me ajuda a querer levar um pouco de alegria para quem precisa. Já fiz trabalhos voluntários e há dez anos coordeno, com meu marido, o
Instituto Desiderata, que cuida de crianças com câncer.”

5. Sorrir sempre

“A vida é muito curta para não ser feliz. Faço disso uma obrigação. Simplesmente ignoro o preconceito alheio e me comprometo a dar meu melhor nos papéis que escolhi exercer na vida: ser mãe, mulher e atriz.”
 

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