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Olimpíada: essa atleta do sertão nordestino se tornou a brasileira mais bem colocada no tênis

A cada mês, Teliana sobe no ranking das melhores tenistas do mundo. A garota do sertão nordestino se transformou na brasileira mais bem colocada da atualidade, aprendeu a falar quatro línguas e tem certeza de que a torcida barulhenta no Rio de Janeiro será um problema apenas para as adversárias

Por Marina Campos
Atualizado em 27 out 2016, 23h54 - Publicado em 27 jul 2016, 14h28

Nome: Teliana Pereira
Idade: 27 anos
Cidade natal: Águas Belas (PE)
Altura: 1,67 m
Peso: 61 kg
Esporte: Tênis
Posição no ranking: 90ª

O INÍCIO 
Aos 6 anos, me mudei para Curitiba, onde meu pai trabalhava em uma academia de tênis. Eu gostava de ajudar a recolher as bolinhas. Até então, nem sabia que o esporte existia. No sertão não tem isso, não. 

DECIDI QUE SERIA PROFISSIONAL…
Na adolescência, ao conquistar bons resultados internacionais.

VIAGENS 
Conheci 31 países jogando tênis. Aprendi a falar inglês, francês e espanhol.

MOMENTO CRÍTICO 
Em 2014, precisei passar por duas cirurgias de joelho e fiquei meses sem jogar. Nunca cogitei desistir, mas cheguei a pensar que não conseguiria voltar. 

MOMENTO MAIS IMPORTANTE 
É a cada jogo, a cada nova conquista.

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EM QUADRA… 
Tenho muita garra.

SONHO DE ATLETA 
Quero chegar entre as 20 melhores do mundo.

TER A TORCIDA AO LADO NO RIO… 
Vai ser demais! Já espero uma arquibancada superentusiasmada. O barulho do público só vai me ajudar! Mas as adversárias podem se incomodar, porque o tênis é cheio de etiquetas.

MOTIVAÇÃO 
Jogo por todas as crianças que vivem em condições parecidas com as da minha infância. Esse pensamento me dá força nos momentos difíceis dentro e fora da quadra. 

MAS MEU PRINCIPAL TEMOR É…
Me machucar de novo. 

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ROTINA DE TREINO 
São seis horas por dia, de segunda a sábado.

A PARTE MAIS CHATA… 
É a fisioterapia à noite. Mas não tem como fugir, senão o joelho não aguenta. 

ALIMENTAÇÃO 
Descobri que sou intolerante a lactose. Costumava sentir minha barriga inchada e tive que abrir a cabeça para outros alimentos, como o leite de soja. Sinto diferença dentro da quadra, como se conseguisse mais energia. Mas não deixo de comer chocolate. E não dá para ser o amargo. Só o ao leite mata a minha vontade – e como logo uma barra toda. (risos) 

DO QUE MENOS GOSTO 
Viajar de avião. Morro de medo! Imagine ter que ir para a Austrália! São horas de voo… 

O TÊNIS ENSINA… 
Valores. Você precisa ser correta e educada com a sua adversária. 

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