Os benefícios da caminhada e do ciclismo superam os efeitos nocivos da poluição, diz estudo

Apesar da sujeira no ar prejudicar a nossa saúde em inúmeros aspectos, os benefícios da atividade física são ainda maiores. Foi o que revelou este novo estudo

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 28 out 2016, 09h58 - Publicado em 6 Maio 2016, 11h25

Atualmente, a poluição do ar contribui para aproximadamente 40 mil mortes prematuras por anos. Isso só no Reino Unido. A boa notícia, segundo um estudo realizado pela Universidade de Cambridge, é que com exercício regular a gente pode mudar esse cenário – a prática ainda reduz o risco de diabetes, doença cardíaca e vários tipos de câncer.

Os pesquisadores utilizaram simulações de computador para comparar os dados em diferentes tipos de atividade física e também variados níveis de poluição do ar em locais ao redor do mundo. Resultado: para uma concentração média de poluição do ar em área urbana, o ponto de inflexão – quando os riscos começam a superar os benefícios – só aprecem depois de sete horas de ciclismo ou 16 horas de caminhada por dia.

“Mesmo em Déli, uma das cidades mais poluídas do mundo – com níveis de poluição 10 vezes maior do que em Londres – as pessoas teriam que praticar ciclismo cinco horas por semana antes que a poluição oferecesse riscos à saúde”, disse Marko Tainio, o principal autor do estudo.

Contudo, o pesquisador afirmou que uma pequena porcentagem dos trabalhadores que vivem em cidades poluídas, como mensageiros de bicicleta, podem ser expostos a níveis de poluição do ar alta o suficiente para anular os benefícios da atividade física. O estudo, publicado na revista Preventive Medicine, afirmou que, em Londres, o exercício foi sempre superou os malefícios.

Os cientistas acreditam que essas descobertas servem de incentivo para que os governos invistam em infraestrutura. Assim, as pessoas conseguiriam deixar o carro em casa e ir para o trabalho de bike ou a pé – o que ajudaria a reduzir os níveis de poluição e aumentar a prática de atividade física.