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“Fiz análise de coloração pessoal e tomei um susto”

Descobrir quais tons ficam melhor na pele pode ser um primeiro passo para recuperar a vontade de se cuidar

Por Helena Galante
Atualizado em 13 ago 2021, 16h41 - Publicado em 13 ago 2021, 15h55

Talvez tenha sido languishing – esse estado de vazio e estagnação que pegou muitas de nós na pandemia e nós abordamos aqui. Talvez tenha sido um misto de preguiça e sobrecarga de coisas para fazer. Mas a verdade é que eu parei de me arrumar para trabalhar de casa! Mais de um ano e meio depois, começou a bater saudade das roupas no guarda-roupa e daquela sensação gostosa de se ver e se gostar no espelho. Aconteceu com vocês também?

Quando vi uma amiga no Instagram fazendo sua análise de coloração pessoal, achei que era um sinal! Talvez fosse a hora de experimentar a tendência que só cresce nas redes sociais (e rende ótimos boomerangs, convenhamos). Ao me encontrar com a consultora de imagem Fernanda Fogaça, descobri que não estava sozinha nessa sensação: muitas pessoas têm se sentido assim na pandemia. “Quando ficamos de pijama, nosso cérebro entende que é hora de relaxar, de baixar o nível de energia. É a nossa cognição indumentária em ação, nossos estados emocionais reagem ao que estamos vestindo”, explicou.

A análise de coloração pessoal é uma etapa da consultoria de imagem, que propõe conhecer suas características físicas e de temperamento para escolher melhor seu visual. “É como se fosse terapia de fora para dentro, vamos nos cuidando e entramos num ciclo virtuoso”, diz Fernanda.

De frente para o espelho, com os cabelos presos, o processo começa com a consultora colocando um tecido neutro cinza por cima da sua roupa. Sem maquiagem e na sala bem iluminada, a ideia é reparar como os nossos olhos reagem a diferentes tecidos perto do nosso rosto. O primeiro teste foi com um tecido dourado brilhante e outro prateado brilhante. Fernanda me perguntou qual eu preferia, qual eu achava que fica melhor em mim, e num primeiro momento eu não soube responder! Me senti no oftalmologista, quanto precisamos ajustar o grau do óculos, sabe? Com a sua orientação, porém, fui começando a identificar qual tecido destacava as manchinhas do rosto e qual parecia deixar a pele mais uniforme. Com o dourado, vi que as linhas do queixo pareciam menos definidas. Com o prateado, elas estavam mais marcadas! Pronto, daí veio a primeira resposta: minha pele é fria!

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Talvez por isso eu sempre tenha preferido os anéis e colares prateados, não dourados. “Temos uma sabedoria intuitiva para essas coisas”, disse Fernanda. Quando começamos a testar as coisas, porém, tomei um susto! Acho que a minha intuição estava um tanto equivocada sobre as cores que me favoreciam mais. Grande parte do meu guarda-roupa é de peças com tons claros, que sempre achei mais relaxantes. Comparando um azul bebê ao lado de um azul royal perto do rosto, entendi que o tom escuro combinava muito mais comigo. A sensação olhando no espelho é de ter colocado um filtro na imagem, de tanto que a pele muda de aparência. Repetindo o teste com outras cores, como o amarelo e o vermelho, identificamos minha paleta de cores: a inverno! As outras paletas são verão (de tons bem clarinhos e suaves), outono (de tons mais terrosos) e primavera (de tons mais vibrantes).

Também testamos quais eram os tons neutros: entre o branco e o bege, ficamos com o branco para a minha pele. Descobri também que o preto me cai bem melhor que o marrom. Mais do que criar novas regras rígidas sobre como eu devo me vestir, encarei a experiência como uma diversão. Lembrei que escolher a roupa para ficar em casa, ou para sair, pode ser um momento alegre de expressão.

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