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6 grandes mitos sobre o glúten desvendados

Como até os vilões da dieta estão cercados de enigmas, nós resolvemos desmitificar alguns pontos importantes sobre a proteína do trigo para evitar qualquer equívoco. Descubra!

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 27 out 2016, 21h29 - Publicado em 22 jul 2016, 11h25

Se você nunca experimentou ficar por um tempo sem a substância, provavelmente, conhece alguém que já fez. A onda sem glúten é tão forte que conquistou celebridades como Gwyneth Paltrow e Miley Cyrus. Isso porque seguir uma dieta sem essa proteína complexa encontrada no trigo promete reduzir os quilinhos extras, acabar com as inflamações no organismo e garantir mais qualidade de vida. Resultado: a maioria das pessoas acaba cortando glúten da dieta sem realmente sofrer com doença celíaca (doença autoimune em que o glúten dispara uma reação do organismo contra o próprio intestino), de acordo com um artigo publicado na revista Pediatrics. Para evitar essas e outras confusões, nós resolvemos esclarecer alguns mitos (mais comuns do que você imagina) sobre o assunto:

Mito #1: o glúten é tóxico
Fato: a substância não faz mal. Na verdade, não há nenhuma evidência de que uma dieta sem glúten oferece benefícios para as pessoas sem a doença celíaca. Existem outros alimentos mais nocivos no seu cardápio, o açúcar, por exemplo, que você pode tentar ficar um tempo sem. Por isso, nada de extremismos. “É importante ressaltar que não é exatamente a proteína do trigo que engorda, mas a maneira como você se alimenta”, explica Alan Levinovitz, professor assistente de religião da Universidade da Virgínia e autor do livro A mentira do Glúten – e outros mitos sobre o que você come.

Mito #2: Não estamos adaptados a comer glúten
Fato: exceto para algumas pessoas, a substância não tem reações estranhas em nossos corpos. A ideia de que nossos ancestrais não comiam trigo, e por isso, nós não evoluímos o suficiente para digerir tal substância é um dos principais motivos que fazem com que as pessoas deixem de lado a proteína. Na verdade, nosso organismo não produz as enzimas necessárias para quebrar as proteínas complexas do glúten. Assim, cada vez que você come um pãozinho ou macarrão, seu sistema imunológico entra em ação. Mas, se não está no grupo das pessoas com doença celíaca, isso não significa nada. O seu sistema imunológico está apenas fazendo uma limpeza no organismo, como já faz há anos.

Mito #3: Se você não é celíaco, a sua sensibilidade ao glúten é psicológica
Fato: há outras razões para cortar o glúten do cardápio. Embora não haja um conjunto definitivo de sintomas ou teste para diagnosticar a sensibilidade ao glúten, algumas pessoas relatam que sentem dores de estômago e de cabeça, fadiga e depressão após consumir algum alimento com a substância. Estudos comprovam que a sensibilidade ao glúten é real e faz com que um tipo de reação imunológica, distinta da doença celíaca, aconteça.

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Veja também: Polêmica: a mentira sobre o glúten

Mito #4: se você se sente bem ao cortar o glúten, provavelmente, tem sensibilidade
Fato: pode ser outra coisa. Em um estudo de 2013, publicado na revista Gastroenterology, os pesquisadores descobriram que a maioria das pessoas reage às substâncias fermentáveis, encontrados em pães, cerveja, bolos e massas, do que ao glúten em si. A melhor forma de descobrir o que está causando os sintomas é consultar um médico realizar uma bateria de exames.

Mito #5: seguir uma dieta gluten-free é a chave para uma vida mais saudável
Fato: a dieta livre de glúten, como qualquer outra dieta, pode não ser tão boa para a sua saúde. A verdade é que cortar glúten não é sinônimo de qualidade de vida. Para Levinovitz, não é a ausência do glúten que proporciona a perda de peso e, sim, a retirada do excesso de alimentos ricos em carboidrato (pão de hambúrguer, biscoitos recheados, cerveja…) do cardápio. O melhor caminho é buscar o equilíbrio.

Mito #6: o que acontece no seu intestino permanece lá
Fato: se o seu corpo rejeita o glúten, os efeitos podem afetar outros órgãos do corpo. Estudos mostram que as pessoas com doença celíaca sofrem com problemas no cérebro, como confusão, dificuldade de concentração e encontrar palavras, problemas com atenção, lapsos de memória ou perda temporária de criatividade. Felizmente, uma dieta sem glúten faz com que você pense de forma mais clara, mas a restrição será inútil se você não é celíaco ou tem sensibilidade.

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