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Qual a relação entre estresse e imagem corporal? Estudo mostra

Por Larissa Serpa
16 set 2021, 12h31

Um estudo descobriu que a ansiedade e o estresse diretamente ligados à pandemia de Covid-19 podem estar causando uma série de problemas de imagem corporal entre mulheres e homens. O trabalho foi publicado em fevereiro no periódico Personality and Individual Differences e envolveu 506 adultos do Reino Unido com idade média de 34 anos.

Entre as mulheres, o estudo descobriu que os sentimentos de ansiedade e estresse causados pelo Covid-19 estavam associados a um maior desejo por magreza. Ele também descobriu que a ansiedade estava significativamente associada à insatisfação corporal. Entre os participantes do sexo masculino, o estudo constatou que a ansiedade e o estresse do período estavam associados a um maior desejo de musculatura, sendo a ansiedade também associada à insatisfação com a gordura corporal. Além disso, como estamos conectados a todo momento, há uma influência indireta para um risco acentuado de desenvolver também distúrbios de imagem, como a dismorfia, que segundo estudos, nos últimos anos já vem crescendo em virtude do uso acentuado do Instagram, principalmente em adolescente e jovens.

A geração das selfies tem relação também com a autopercepção estética das pessoas. O fato de se ter uma câmera nas mãos a todo o momento é um convite para o autorretrato de todos os ângulos e em todas as situações. Isso gera frustração, pois sempre existe um ângulo que desagrada, principalmente porque se compara com fotos de outras pessoas nas redes sociais ignorando o fato de que muitas delas são super produzidas e manipuladas digitalmente. E os jovens são mais afetados por este fenômeno. Quando um paciente percebe, por conta de sua foto, um nariz maior do que realmente é, o médico diz que a conduta correta é tentar fazer entender que aquilo não corresponde à realidade. Isso pode ser feito, tirando a mesma foto com a distância e a câmera adequadas.

Além dos distúrbios alimentares e de imagem, outra preocupação médica é com relação ao reforço do sentimento de culpa, que pode retroalimentar os sentimentos de ansiedade e tristeza. O mais importante é buscar um auxílio médico, que oferecerá uma ajuda baseada no contexto do paciente.

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RESPONDIDO POR:

DR. MÁRIO FARINAZZO: Cirurgião plástico, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Chefe do Setor de Rinologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Formado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o médico é especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Professor de Trauma da Face e Rinoplastia da UNIFESP e Cirurgião Instrutor do Dallas Rinoplasthy™ e Dallas Cosmetic Surgery and Medicine™ Annual Meetings. Opera nos Hospitais Sírio, Einstein, São Luiz, Oswaldo Cruz, entre outros. https://www.mariofarinazzo.com.br

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