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Seu treino está fazendo você parecer mais velho?

Por Larissa Serpa
24 set 2021, 12h00

A prática regular de atividade física é uma das bases de um estilo de vida saudável, já que traz uma série de benefícios para o organismo, incluindo correção da postura corporal, redução de gordura, tonificação dos músculos, melhora do sistema respiratório e cardiovascular e prevenção de doenças. Além disso, o hábito também é capaz de melhorar a saúde da pele. A atividade física, incluindo exercícios aeróbicos, musculação e alongamentos, é importante para a pele em diversos aspectos, visto que reduz o nível de cortisol, melhora a elasticidade, atua no controle da acne e da oleosidade, fortalece a barreira de proteção da pele e previne o envelhecimento precoce.

Porém, como tudo na vida, a prática excessiva de exercícios pode ser prejudicial, principalmente para a pele, já que favorece o envelhecimento precoce e o surgimento de rugas, manchas e flacidez.

Isso ocorre porque, primeiro, grande parte dos atletas, amadores ou profissionais, apreciam praticar exercícios ao ar livre e a exposição solar desprotegida figura entre as principais causas do envelhecimento precoce. A exposição solar está ligada à inflamação, ao dano oxidativo e à produção de enzimas que degradam colágeno, resultando em uma pele mais flácida e com rugas e manchas chamado de fotoenvelhecimento.

Além disso, certos exercícios físicos, principalmente aqueles de alto impacto como a corrida, podem contribuir para o surgimento de flacidez na face devido à ação da gravidade. O tecido cutâneo possui estruturas, como as fibras de colágeno e elastina, que são responsáveis por manter a pele firme e elástica. Porém, essas fibras de sustentação perdem sua força com o passar do tempo e passam a não ter mais força contra a gravidade, o que acaba tornando a pele flácida. O resultado é o indesejado efeito bochecha de buldogue, onde o formato de triângulo invertido que o rosto tem quando estamos jovens torna-se um triângulo comum.

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Outro fator que contribui para o surgimento da flacidez é o consumo da gordura da face provocada pela prática intensa e excessiva de exercícios. A perda de peso, principalmente em casos em que há diminuição expressiva na quantidade de gordura, causa a redução do volume que mantinha a pele esticada. Como resultado, o tecido cutâneo torna-se flácido e enrugado. Como se não bastasse, as caretas e expressões que fazemos durante a atividade física, principalmente na musculação, também podem favorecer o surgimento de rugas. As expressões que realizamos durante os exercícios geram pequenas demarcações momentâneas na pele devido a movimentação da musculatura. Porém, com o passar do tempo, essas contrações musculares, combinadas ao envelhecimento cutâneo natural, marcam a pele definitivamente e fazem com que essas linhas, que apareciam apenas com a realização do movimento, tornem-se estáticas, ficando evidentes mesmo com a face em repouso.

COMO EVITAR

É claro que deixar de praticar exercícios físicos não é uma opção para combater o surgimento dessas alterações. Mas é possível combater esses sinais do envelhecimento da pele através de alguns hábitos, como realizar diariamente uma rotina de cuidados com a pele, principalmente no que diz respeito à fotoproteção. Outro fator muito importante é a hidratação. Durante o exercício físico ocorre grande perda de água devido ao suor como forma de eliminar o calor produzido. Por isso, a ingestão de água é muito importante ao longo de todo o dia, principalmente durante a prática de exercício.

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A perda de volume devido ao emagrecimento e a flacidez provocada pela gravidade também podem ser combatidas por meio de tratamentos como os skinboosters, bioestimuladores de colágeno e os preenchedores injetáveis. Consulte sempre um médico.

RESPONDIDO POR:

*DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

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