Alternar dormir muito com noites sem descanso piora a atenção

Pesquisa analisou jovens que dormiam de três a sete horas por noite e descobriu que a criatividade e a capacidade de cumprir prazos também foram afetados

Por Caroline Randmer
23 Maio 2017, 15h49

Mulher deitada na cama com roupa de trabalho, notebook e papéis jogados — Fazendo tudo ao mesmo tempo? (James Woodson/Thinkstock/Getty Images)

Você é daquelas que estica as noites da semana o máximo possível — com trabalho ou happy hours — porque sabe que vai poder compensar essas horas de sono perdidas durante o sábado e o domingo? Pois saiba que quanto mais variada for a consistência do seu descanso ao longo das semanas, piores vão ficar suas funções cognitivas.

Explicamos: o correto é ter um padrão de sono regular, pois o que importa de verdade é a quantidade de horas dormidas a cada dia e não o total de horas na semana. É que nosso cérebro trabalha melhor quando está em uma rotina em vez de situações em que alternamos entre forçar o limite do corpo e relaxar.

Pesquisadores da Baylor’s College of Arts & Sciences, nos Estados Unidos, analisaram 28 estudantes com a ajuda de uma pulseira de monitoramento de padrão de sono, de dados fornecidos pelos próprios participantes e de alguns testes que exigiam concentração.

O resultado mostrou que um ciclo de sono irregular, além de influenciar negativamente a atenção e a criatividade, também compromete o planejamento, o discernimento para identificar e corrigir erros e a capacidade de cumprir prazos. E pior: quando a situação se torna crônica, outros problemas mais graves podem começar a surgir, como a ansiedade e a depressão.

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Por isso, o melhor que você tem a fazer quando um projeto superimportante cai na sua mesa é se organizar e ir dormir cedo em vez de passar todas as noites trabalhando no escritório.