13 hábitos alimentares que você acha saudáveis, mas são enganosos
Você até acha que não vai prejudicar sua dieta, mas profissionais explicam que vão!

Quando se está em um processo de emagrecimento, às vezes, a vontade de variar na alimentação aparece e você acaba incluindo isso no seu dia a dia.
Mas, você sabia que, dependendo da sua escolha, apesar desses hábitos alimentares parecerem saudáveis, na verdade, não são e podem prejudicar o seu objetivo?
Conversamos com a Dra. Bruna Durelli, médica nutróloga, especialista em saúde metabólica e cofundadora da Levser, e também com a Dra. Maryane Malta, diretora técnica de nutrição da Clínica Seven, que listaram a seguir 13 hábitos que você acha serem saudáveis mas, na verdade, não são!
1Trocar o prato de arroz, feijão e carne por uma saladinha simples:
Parece leve, né? Mas aqui mora um erro comum. Aquela “saladinha” cheia de folhas pode até parecer uma escolha saudável, mas não entrega os nutrientes que o corpo precisa. Sem a proteína, poderá sentir fome mais rápido.
Arroz e feijão, por exemplo, formam uma combinação riquíssima em aminoácidos, fibras, vitaminas e minerais. Já a carne (ou outra fonte de proteína) é essencial para manutenção muscular e saciedade.
Ou seja: comida de verdade, com equilíbrio, é muito mais funcional do que só volume verde no prato.
2Tomar whey protein sempre após o exercício
O whey é um suplemento excelente, mas ele não é obrigatório nem deve ser encarado como regra geral. O mais importante é olhar o contexto da alimentação ao longo do dia.
Se a pessoa já consumiu proteína suficiente ou vai se alimentar logo após o treino com uma refeição completa, o whey pode ser desnecessário naquele momento.
O exagero ou uso automático pode gerar excesso calórico e até sobrecarga renal em pessoas com predisposição.
3Tomar vinho para “proteger” o coração
Esse é um clássico! Apesar de alguns estudos sugerirem que pequenas quantidades de vinho tinto possam ter efeitos protetores cardiovasculares, o álcool não é considerado uma ferramenta de prevenção segura.
O consumo regular, mesmo que em pequenas doses, está associado a aumento do risco de doenças metabólicas, hepáticas e alguns tipos de câncer.
A recomendação atual é: se você não bebe, não comece por isso. E se bebe, que seja com moderação real e nunca como justificativa “terapêutica”.
4Cortar os carboidratos da dieta
Eliminar carboidratos pode até gerar perda de peso rápida, mas não é sustentável e nem saudável para a maioria das pessoas.
Carboidratos são nossa principal fonte de energia, fundamentais para o funcionamento do cérebro, intestino e até regulação hormonal.
O foco deve ser na qualidade dos carboidratos, e não na exclusão. Alimentos integrais, frutas, legumes e raízes são fontes riquíssimas e bem-vindas mesmo em planos de emagrecimento.
5Substituir todos os óleos por óleo de coco
O óleo de coco ganhou fama, mas não deve ser o único ou principal óleo da dieta.
Ele tem alto teor de gordura saturada, e embora possa ser usado com moderação em algumas preparações, não é mais saudável que azeite de oliva, por exemplo, que tem efeito protetor comprovado para o coração.
Diversificar as fontes de gordura e priorizar as mono e poli-insaturadas (como azeite, óleo de abacate, sementes) é uma escolha mais segura e equilibrada.
6Comer só produtos “fit”, “zero” ou “light”
Muitas pessoas trocam alimentos naturais por versões industrializadas com selo de “fit”, “zero açúcar” ou “light”, achando que estão fazendo uma boa escolha.
Mas esses produtos, muitas vezes, são ricos em aditivos, adoçantes artificiais, conservantes e ingredientes ultraprocessados que afetam o intestino, o metabolismo e até a saúde hormonal. Comida de verdade, mesmo com um pouco mais de calorias, costuma ser muito mais benéfica do que um produto “light” cheio de química.
7Fazer detox com sucos ou jejum total
“Vou tomar só suco hoje pra dar uma limpada.” Essa é uma frase comum e um erro clássico. O corpo já tem um sistema de detox muito eficiente: fígado, rins, intestino e pulmões fazem esse trabalho naturalmente.
Dietas líquidas ou jejuns extremos não desintoxicam o corpo e ainda podem causar fraqueza, irritabilidade e desregulação hormonal.
Se o objetivo for cuidar do corpo, o caminho é comer bem com consistência, não restringir de forma agressiva.
8Substituir refeições por barrinhas ou shakes prontos
Na correria, pode parecer uma solução prática. Mas usar esses produtos como refeição frequente empobrece a alimentação e prejudica o metabolismo.
Muitas barrinhas e shakes têm pouca saciedade, excesso de açúcar ou adoçantes, além de baixo teor de fibras e micronutrientes.
Eles até podem ser úteis em situações pontuais mas não devem substituir uma refeição completa de verdade.
9Exagerar nas fibras de uma vez só
Fibras são essenciais, sim, mas o excesso de fibras, especialmente quando concentradas em farinhas ou suplementos, pode gerar desconforto intestinal, gases, inchaço e até prisão de ventre, se não houver hidratação adequada.
10Trocar refeições por shakes
Muitas marcas vendem como forma de emagrecer com todos os nutrientes necessários. Mas, na verdade, não promovem reeducação alimentar, podem gerar efeito rebote e, muitas vezes, têm adoçantes e ingredientes artificiais.
11Beber suco de frutas no lugar da fruta
Sim, o suco é natural, vem da fruta, mas ele concentra muito açúcar natural (frutose) e perde fibras. Isso pode gerar picos de glicemia, tudo depende do contexto.
12Fazer muitos doces “fit” e comer sem moderação
Os doces “fit” são feitos com ingredientes integrais ou adoçantes. Porém, mesmo com ingredientes “do bem”, a quantidade conta. Comer demais, mesmo “fit”, pode atrapalhar metas de saúde ou peso.
13Ficar longos períodos em jejum sem orientação
O chamado Jejum intermitente virou tendência para emagrecer e “desintoxicar”. Mas se mal orientado, pode causar compulsão alimentar, dor de cabeça, fraqueza e queda de desempenho. Procure por um especialista para entender se vale a pena ou não partir para essa forma de emagrecer e, caso sim, fazer com a orientação necessária para que não tenha problemas no futuro.
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