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Alongamento de unhas: leia antes de aderir à moda

Veja as recomendações desde a preparação até a manutenção

Por Amanda Ventorin
8 dez 2021, 09h00

As unhas estão fortemente ligadas à estética feminina, e são um fator de grande relevância sobre como nos apresentamos para o mundo. Por esse e outros motivos, o alongamento de unhas se tornou febre entre as mulheres, e conta com uma variedade de técnicas e profissionais à disposição. Mas apesar da beleza, é preciso saber algumas coisas antes de se jogar na tendência para cuidar de maneira correta da saúde da sua unha e seus alongamentos.

Primeiro de tudo, sabia que antes mesmo de decidir colocar um alongamento de unha, é preciso procurar um médico especialista? O dermatologista vai avaliar se é possível realizar o processo, pois o procedimento não é recomendado para aqueles que possuem alergia, pele sensível ou doenças como psoríase de unhas (quando o próprio corpo ataca as unhas, gerando diversos sinais como unhas onduladas, deformadas, quebradiças, grossas ou com manchas brancas ou escuras), algum tipo de infecção ou micose. Os alongamentos também não são indicados para gestantes, diabéticos e menores de 16 anos

COMO FUNCIONA O ALONGAMENTO

mulher fazendo unha de gel em cliente
(beemore/Getty Images)

O primeiro passo do processo é a preparação da unha. Antes de escolher a técnica, é importante executar a limpeza correta (afinal a sua unha natural passará os próximos 15 dias “coberta”)  e, caso a cliente tenha uma cutícula muito grossa, é feita a retirada de seu excesso com o micromotor e broca apropriada, de acordo com a necessidade. Se esse não for a condição da cutícula, é feito apenas o afastamento com a espátula. Em seguida, é necessário causar pequenas “ranhuras” na superfície da unha, tornando-a áspera e eliminando qualquer umidade ou oleosidade que a mesma possa ter, além de aplicar o desidratador, deixando-a fosca, e em seguida o primer.

Uma vez que preparadas, a nail designer Loyslene Nascimento conta que existem diversas técnicas de alongamento. As mais conhecidas em solo brasileiro são as técnicas acrílico, poligel e fibra de vidro.

  • Para as unhas de acrílico (ou porcelana) é usado um líquido chamado monomero e pó acrílico para sua preparação. Ao misturar o monomero, que é um catalisador, é possível esculpir as unhas de porcelana. Sua aplicação é relativamente rápida, e pode muitas vezes, reconstruir unhas quebradiças ou ruídas.
  • A técnica poligel, que é nova no mercado, é uma junção do gel acrílico e porcelana, sendo mais maleável, permitindo com que a profissional consiga fazer um trabalho mais detalhista de acordo com a vontade da cliente. 
  • Já a fibra de vidro é composta por pequenas fibras do material (é vidro mesmo!), que podem entregar um resultado mais delicado, e necessita da utilização de uma cabine UV durante o processo.

Segundo Loyslene, a escolha entre as técnicas está relacionada à preferência das clientes e o olhar da profissional. “Na maioria das vezes, a profissional escolhe pelo formato da unha da cliente qual o melhor e mais bonito para ela. As clientes mais irredutíveis, nós deixamos elas escolherem”, finaliza.

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mulher fazendo unha de gel

O dermatologista Lucas Miranda explica que não há técnica mais ou menos agressiva quando se trata do alongamento. “São alongamentos diferentes que entregam resultados diferentes. Vale conversar com o dermatologista antes da colocação para saber se você deve ou não fazer uso do alongamento, ter atenção na escolha do profissional que realizará o procedimento, nos produtos utilizados e nos cuidados de manutenção” aconselha.

COMO CUIDAR

A nail designer explica que para manter a qualidade e a durabilidade do alongamento, é preciso deixar os dedos longe da boca, já que a saliva é ácida demais para unhas — até por isso, muitas pessoas podem também usar o alongamento de unhas como meio de deixar de roê-las.

É importante a utilização de luvas ao mexer em produtos químicos (por exemplo ao limpar a casa) pois eles também podem afetar a durabilidade e saúde do trabalho.

Por último, é indicado não abrir latinhas (ou qualquer outra coisa) com as unhas. Além de colocar uma força extra sobre as mesmas e correr o risco de quebrá-la, o ato pode também acabar descolando parcialmente o trabalho da unha de verdade, trazendo consequências graves para a saúde da mesma, já que cria-se um espaço entre ambas, tornando propício o surgimento de fungos e bactérias.

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A MANUTENÇÃO

mulher com mão na cabine de uv
(valentinrussanov/Getty Images)

A manutenção precisa ser feita entre 15 e 21 dias, não sendo recomendado nem por profissionais da área nem por dermatologistas a passar desse tempo. “O alongamento pode danificar a lâmina ungueal. Por isso a importância de fazer a manutenção no período determinado, 15 em 15 dias ou no máximo 21 dias, verificando sempre se houve algum descolamento ou infiltração entre a unha de mentira e a unha natural. Vale ressaltar que a técnica não deve ser utilizada por longos períodos” conta Lucas.

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POSSÍVEIS RISCOS

Loyslene conta que quando o alongamento é feito com produtos de baixa qualidade, não possui a manutenção correta ou o procedimento é feito com a unha quebrada, a probabilidade de bactérias e reações alérgicas se torna maior. “Por isso, não faço quando a unha está quebrada ou com ferida aberta, peço a cliente para retirar e esperar fechar a ferida para não causar problemas posteriores”.

Isso acontece pois, se as unhas estiverem com algum deslocamento ou infiltração, alguns orifícios podem surgir com o descolamento do material, permitindo que a umidade entre através desses espaços, fazendo com que a região seja um local ideal para a proliferação de fungos e bactérias, onde, dependendo do grau da agressão, ou se causar dano. 

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Ariana Mendonça, médica com especialização em anatomia, acredita que o alongamento deve ser algo esporádico e permanecer o menor tempo possível na unha, para minimizar os riscos de infecção e de danificar as unha naturais. “O alongamento gera oclusão na unha, tornando o ambiente propício à proliferação de fungos, além disso, como a unha natural não fica visível, o diagnóstico da infecção não é feito, o que dificulta ainda mais e atrasa o tratamento”. 

 

Didi Wagner: estrela da capa de dezembro da Boa Forma
Didi Wagner: estrela da capa de dezembro da Boa Forma (Patty Lima/BOA FORMA)

Esse especial faz parte da edição de dezembro de 2021 de Boa Forma,
que traz a apresentadora Didi Wagner em sua capa. 
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