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Como cuidar dos joelhos e cotovelos ressecados

Eles são os pontos que mais sofrem quando a pele fica desidratada. Frio, vento, ar seco, banho quente e atrito constante são os culpados. A boa notícia é que é possível reverter e, o melhor, prevenir o problema.

Por Débora Lublinski (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 19h18 - Publicado em 26 jul 2014, 22h00
Cristina Nabuco e Débora Lublinski
Cristina Nabuco e Débora Lublinski (/)
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Foto: Fabio Heizenreder

Com medidas simples e usando o creme certo, como explicam as dermatologistas Márcia Pontes Fajardo e Silvia de Mello, ambas do Rio de Janeiro, você pode manter seus cotovelos e joelhos hidratados e protegidos do ressecamento.
 
Por que o ressecamento dessas áreas é pior do que no resto do corpo? 
A pele desses dois pontos já é enrugada e cheia de dobras para proteger as articulações e garantir a amplitude dos movimentos. Também têm menos glândulas sebáceas, que produzem o óleo natural que lubrifica a pele. Além disso, joelhos e cotovelos estão sujeitos a muito atrito e fricção, outro fator de ressecamento. 
 
Além de ressecados, meus joelhos ficam escuros. É normal? 
O escurecimento é uma resposta às agressões: exposição exagerada ao sol no verão, atividades físicas que aumentem o atrito no local, uso constante de calças justas e o ressecamento natural da área. Além de evitar o trauma que pode estar causando o problema, vale recorrer a tratamentos com substâncias despigmentantes, como o ácido kójico e a hidroquinona, que ajudam a clarear a região. “Só que é preciso supervisão médica, pois a pele dessa área é muito delicada”, fala Silvia de Mello. 
 
O que devo fazer para que a pele dos cotovelos não fique grossa e esbranquiçada? 
Parece bobo, mas não se esquecer de passar creme nos cotovelos é fundamental. É o ressecamento que deixa a pele com toque endurecido e aspecto esbranquiçado. “Mas vale ficar de olhos: às vezes, a descamação pode ser sinal de algum tipo de alergia ou até mesmo indício de um quadro de psoríase”, adverte Silvia de Mello. 
 
Um hidratante normal resolve o problema? 
Nem sempre. É melhor fazer um tratamento intensivo por dois ou três meses com um hidratante mais potente. Para joelhos e cotovelos, são recomendados produtos com dosagem alta de ureia (cerca de 20%), que têm ação queratolítica, ou seja, esfoliam e afinam a pele, removendo aquela camada endurecida. Outros ingredientes, para hidratar e amaciar, são bem-vindos: óleo de amêndoa, ácido láctico, lactato de amônia e alantoína – procure nos rótulos. 
 
Usar o hidratante perfumado que eu adoro nem pensar? 
Esses produtos geralmente formam uma barreira sobre a pele para evitar a perda de água, mas não contêm ativos específicos capazes de repô-la nas camadas mais internas. Aplique-o nas áreas menos ressecadas. 
 
O que mais posso fazer para evitar o problema? 
O ressecamento também é resultado do consumo insuficiente de água no inverno. Nessa época, transpiramos menos e, logo, sentimos menos sede. Mas ela continua essencial para manter a hidratação do corpo. Mesmo que você siga uma dieta rica em frutas, verduras e legumes (que também fornece o líquido), ainda é necessário beber 1,5 litro de água por dia (e, sim, pode ser sob a forma de chá para aquecê-la no frio). 
 
E quanto à temperatura do banho. O jeito é encarar chuveiro morno no frio? 
Não, mas a água não precisa estar pelando! Vale também não exagerar no tempo debaixo do chuveiro. Uma opção é, antes da ducha, espalhar óleo de amêndoa sobre todo o corpo, sem esquecer os joelhos e os cotovelos, claro. Como o óleo e a água não se misturam, esse cuidado protege sua pele, impedindo que a água quente a deixe ressecada. Também evite esfoliantes e buchas. Ambos removem a oleosidade natural da pele e, em excesso, podem causar o efeito contrário e engrossar ainda mais os joelhos e os cotovelos. Até o sabonete comum requer moderação. Fique com uma versão líquida que contenha ativos hidratantes.

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