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Entenda o impacto da luz azul na pele

O tipo de radiação proveniente das telas dos dispositivos eletrônicos pode ser perigoso para a saúde da pele

Por Juliany Rodrigues
23 nov 2022, 09h10

Quando ocorre a exposição solar, é fundamental utilizar um protetor solar para preservar a pele. Porém, não é só do sol que devemos nos proteger, pois a luz visível, que também é proveniente das telas de celulares e tablets, pode impactar a pele.

De acordo com a Dra. Jaqueline Zmijevski, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante utilizar protetor solar o ano todo para se proteger da luz visível.

“Essa radiação está relacionada especialmente ao aparecimento de manchas, inclusive piorando o melasma, condição crônica caracterizada pelo aparecimento de manchas escuras geralmente no rosto”, pontua a médica.

Em relação à luz azul, um estudo recente pontuou que, apesar da baixa irradiância efetiva emitida por dispositivos eletrônicos e luz artificial em comparação à luz solar, o que poderia sugerir que não ocorre fotodano originário dos dispositivos artificiais, é preciso levar em consideração que os prejuízos para a pele acontecem em função da integração de toda exposição diária à luz e todas as fontes de radiação.

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“Dessa forma, as luzes azuis são potencialmente prejudiciais à pele a longo prazo”, afirma a Dra. Jaqueline.

A dermatologista Dra. Mônica Aribi acrescenta que a luz azul, emitida pelas telas de celulares e outros aparelhos eletrônicos, é considerada a porção mais energética da luz visível.

CONSEQUÊNCIAS PARA A PELE

A Dra. Mônica Aribi cita exemplos de problemas que podem surgir na pele como resultado da exposição a esse tipo de radiação. “Ela está relacionada a diversas patologias como melasma, envelhecimento e câncer de pele; a exposição a esse tipo de radiação pode desencadear ou piorar doenças de pele e o surgimento de manchas escuras principalmente no rosto”, inicia.

Além disso, ela esclarece o motivo pelo qual essa radiação gera efeitos negativos para a pele. “Isso acontece porque ela estimula a melanogenese, ou seja, a pigmentação, sendo um fator importante de piora do melasma e de doenças que apresentam fotossensibilidade, como o Lúpus e a rosácea, e causar maior inflamação na pele, produzindo radicais livres como superóxidos, espécies reativas de nitrogênio e carbono. A luz visível/azul também causa danos nos tecidos, inflamação e age diretamente no DNA das células. Ao interagir com a melanina, pigmento que dá cor à pele, ela gera uma forma de oxigênio altamente reativa que deteriora inclusive o material genético celular”.

PROTEÇÃO CONTRA A LUZ AZUL

Mulher loira aplicando creme no rosto
(KoolShooters/Pexels)

“Para falar em proteção da pele contra a luz azul, existem ativos antioxidantes e protetores solares com essa ação de bloqueio contra esse dano. Produtos que formem uma verdadeira proteção 360º contra a poluição ambiental digital são necessários. Esses ingredientes podem ser adicionados em séruns ou cremes anti-idade e antioxidantes e utilizados em duas situações: de manhã, após limpeza e tonificação e antes do fotoprotetor – juntamente com a Vitamina C; e à noite, após limpeza e tonificação, em um sérum anti-idade para ser usado antes do creme com ácido hialurônico”, completa, indicando os cuidados que devem ser tomados para proteger a pele contra a luz azul.

A farmacêutica Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec Dermocosméticos, menciona um produto lançado para a farmácia de manipulação pela Biotec que possui o conceito de Light Balm, é de uso tópico e é formulado com Pro Shield MDC®.

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“ProShield MDC® é um produto vegetal obtido por ecoextração. Apresenta potente ação antioxidante e escudo antipoluição. Age como um fotoprotetor urbano, protegendo contra ação da luz visível (luz azul emitida por telas de LED, smartphones e notebooks), da poluição digital e contra as radiações UVA, UVB e UVC, além de estimular a produção de colágeno”, relata Maria Eugênia.

De acordo com a farmacêutica, esses ingredientes podem ser acrescentados em cremes anti-idade e antioxidantes ou em séruns. O uso desses ingredientes pode acontecer de manhã, após a limpeza e a tonificação e antes do protetor solar, junto com a vitamina C, ou à noite, também após a limpeza e a tonificação da pele, em um sérum anti-idade para ser utilizado antes da aplicação de um produto com ácido hialurônico.

MELASMA

A respeito do melasma, a Dra. Jaqueline destaca que é importante que os pacientes diagnosticados com esse problema utilizem a quantidade certa de protetor solar e o reaplique durante o dia. Ela também indica o uso d produtos com cor. “Só assim, ele cumprirá bem seu papel. E, como o melasma pode piorar com a exposição prolongada à luz visível, cuja proteção se dá pelo pigmento/opacidade, a cor é fundamental”, diz a médica.

“O protetor solar deve ser aplicado em todas as áreas expostas e o FPS deve ser sempre igual ou acima de 30. A textura do produto vai depender do tipo de pele do paciente. Somente com o hábito do uso diário do protetor solar faz sentido pensar em ácidos e tratamentos com o objetivo de prevenir e tratar rugas”, conclui.

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