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Pele nova com peeling

Ele é considerado o tratamento mais versátil e eficiente das clínicas e consultórios. Quer apagar manchas e marcas de acne? Combater linhas finas e flacidez? Dar um fim na fisionomia cansada? A gente indica o melhor tipo para cada problema.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 out 2024, 19h18 - Publicado em 21 jul 2014, 22h00
Shâmia Salem - Edição: MdeMulher
Shâmia Salem - Edição: MdeMulher (/)
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Foto: Thinkstock

Alguns peelings são indicados para quem sofre (ou sofreu) com as espinhas – com agentes secativos, diminuem o processo inflamatório e combatem as cicatrizes deixadas pela acne. Outros trazem ativos clareadores para suavizar as manchas de sol. Ainda existem os que estimulam o colágeno e, assim, retardam linhas finas e flacidez. Tem também aquele que vai dar uma levantada na expressão para você chegar renovada a uma festa importante.

Isso só é possível graças à variedade de opções, que se diferenciam pela substância utilizada ou pela profundidade de ação do procedimento. Melhor: diferentemente do que acontecia há alguns anos, o peeling traz menos desconforto durante e depois da sessão. Em alguns casos, como o de diamante, cristal ou vinho, pode ser feito até na hora do almoço, pois não deixam o rosto vermelho demais, descamado ou com casquinhas. A seguir, encontre o peeling ideal para você.
 

Linhas finas

Entre 25 e 30 anos, elas já começam a aparecer, principalmente na região dos olhos e na testa. Tratá-las logo de cara é a melhor pedida para não evoluírem rapidamente para rugas mais profundas. 
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O que fazer: peeling de ácidos retinoico, kójico e lático, que são aplicados no rosto todo com uma gaze e retirados em casa, com água, após um período de quatro a oito horas. Os três ativos têm basicamente a mesma função – estimular a produção de colágeno para “preencher” as ruginhas de dentro para fora. “As substâncias são associadas para uma potencializar a ação da outra e garantir melhor resultado já na primeira sessão”, explica a dermatologista Marcelle de Figueiredo, do Spaço Ella, no Rio de Janeiro. 
 
Preço da beleza: durante o procedimento, o rosto arde um pouco e descama por três dias seguidos. 
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Não pode fazer: quem está grávida ou usa isotretinoína oral (o medicamento com o nome comercial de Roacutan) ou deixou de usá-la há dois meses. 
 
Número de sessões: três, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas. 
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Manutenção: o tratamento completo deve ser repetido de duas a três vezes por ano.
 
 

Mancha e sarda

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A primeira, com o nome médico de melasma, atinge principalmente o buço e as maçãs do rosto e ganha força com a alteração hormonal provocada por gravidez, pílulas anticoncepcionais, tratamentos contra infertilidade e alterações da tireoide. Tudo porque os hormônios fazem a pele se pigmentar mais facilmente sob a radiação ultravioleta. O sol também é o gatilho para aumentar o tamanho das sardas ou das pequenas manchas solares, as melanoses. 
 
O que fazer: Trio Peeling, que combina, na mesma sessão, a aplicação sequencial de ácido salicílico seguido de cosmelan, um mix de ácidos, como o fítico e o cítrico, e de ácido retinoico. “O primeiro ácido afina a camada mais externa da pele para facilitar a ação do segundo e do terceiro, que clareiam”, conta a dermatologista Roberta Bibas, do Rio de Janeiro. Já na primeira semana após o tratamento é possível notar o benefício. 
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Preço da beleza: o peeling deve permanecer por 12 horas no rosto e, depois, ser retirado em casa, com água. Dois dias após o tratamento, a pele começa a descamar com bastante intensidade e assim continua por quatro dias. Para amenizar, o médico indica creme calmante ou gel regenerador manipulado. 
 
Não pode fazer: quem está grávida ou amamentando. 
 
Número de sessões: entre quatro e seis, uma a cada 15 dias. 
 
Manutenção: recomenda-se refazer o procedimento de uma a duas vezes por ano.
 
 

Cicatriz de acne

Além de dolorida e antiestética, a acne ainda pode deixar o rosto marcado. Mas saiba que dá para prevenir a formação desse tipo de cicatriz (quando o sinal ainda está avermelhado) ou tratá-la (para quem sofreu com o problema na adolescência) com peeling. Quem tem lesões no rosto, como espinhas inflamadas e com pus, deve tomar antibióticos orais para secar a área antes do tratamento. 
 
O que fazer: Blue Peel, um peeling à base de ácido tricloroacético, mais conhecido como ATA. Misturado a um pó especial azul, que fica mais escuro de acordo com a profundidade que o médico deseja atingir, a substância é aplicada diretamente sobre cada cicatriz. “Com isso, podemos tratar marcas de diferentes depressões, garantindo um resultado uniforme”, diz a dermatologista Mônica de Almeida, da clínica Splendore Medicina Estética e Laser, em Campinas (SP). O ATA estimula a formação de uma pele nova, mais lisinha e homogênea. 
 
Preço da beleza: durante a aplicação, a pele arde bastante. Depois, em casa, é preciso usar cremes com ação calmante por cinco dias. Em seguida, forma-se uma casca grossa e marrom em cada depressão tratada. Por isso, os médicos sugerem tirar licença do trabalho por uma semana. “Não dá para fazer o procedimento 15 dias antes de uma festa, pois nem base nem pó disfarçam”, avisa Mônica. 
 
Não pode fazer: quem está grávida, tem acne ativa (com inflamação e pústulas aparentes) ou herpes labial em atividade. 
 
Número de sessões: varia de quatro a seis, com intervalo de 21 dias entre elas. 
 
Manutenção: não é necessário repetir o tratamento – a menos que surjam outras cicatrizes de acne.
 
 

Cravos

Entre as regiões mais atingidas pelos pontos pretos, estão o nariz, a testa e o queixo, a área conhecida como zona T. Nela, a oleosidade da pele costuma ser maior em comparação ao restante do rosto. Apesar disso, o peeling pode ser feito no rosto todo. 
 
O que fazer: peeling de diamante ou de cristal, que usa uma espécie de lixa desses materiais para esfoliar a pele de forma mais profunda do que os cosméticos. Com isso, remove-se as células mortas e os cravos mais superficiais. “Apesar de não retirar todos os pontos pretos, é uma boa pedida para quem sente muita dor com a limpeza manual feita pela esteticista”, avisa Ana Elisa Brito, dermatologista de São Paulo. De quebra, a pele fica mais luminosa e lisinha.
 
Preço da beleza: a sessão não dói, mas deixa o rosto avermelhado por meia hora. 
 
Não pode fazer: os médicos não apontam contraindicações. “Como a potência da lixa é modulada, o peeling pode ser feito até em quem tem acne sem ferir o rosto”, garante a médica. 
 
Número de sessões: uma. 
 
Manutenção: a indicação é fazer uma sessão a cada dois ou três meses.
 
 

Flacidez

A partir dos 30 anos, há uma queda natural na velocidade com que as células se renovam. Resultado: a produção das fibras que dão elasticidade e sustentação à pele também diminui, fazendo surgir os primeiros sinais de flacidez, geralmente nas pálpebras inferiores e na região da mandíbula. Esses efeitos são mais intensos devido à genética e aos maus hábitos, como fumar e se expor demais ao sol. 
 
O que fazer: peeling de fenol light, uma versão sutil do ácido, que ganhou destaque polêmico por deixar o rosto em carne viva. O light não é tão agressivo, mas causa, sim, desconforto. “Ele associa os ácidos fênico, retinoico e pirúvico, que estimulam a produção de colágeno e retraem as fibras já existentes promovendo um efeito lifting”, fala a dermatologista Fabiana Simões Pietro, coordenadora do Ambulatório de Peelings Profundos da Sociedade de Medicina Estética de São Paulo. “Seguido do ácido, aplico um creme no rosto para acelerar a cicatrização”, completa a dermatologista e cosmiatra Mercedes Granja, de São Paulo. 
 
Preço da beleza: o médico usa pomada anestésica para amenizar o ardor do peeling. Dois dias depois, uma crosta fina surge sobre a pele. Depois dela cair, o rosto fica rosado por até 15 dias. Recomenda-se ficar em casa de cinco a sete dias. “Para disfarçar, use um creme manipulado com pigmento verde para ‘quebrar’ o vermelho e, por cima, aplique a maquiagem”, ensina Fabiana. 
 
Não pode fazer: quem está grávida, amamentando ou tem pele sensível. 
 
Número de sessões: de duas a três, sendo uma a cada 15 ou 30 dias. 
 
Manutenção: repetir o tratamento uma vez por ano.
 

Aspecto cansado

Stress, noites de insônia, excesso de balada, bebida alcoólica e cigarro são alguns dos vilões que roubam o viço e a hidratação da pele e deixam a textura dela áspera. Para reverter o quadro, existem os peelings de efeito Cinderela, que dão um up imediato ao rosto – ideais para o dia daquele evento especial. 
 
O que fazer: peeling de vinho, que é rico em polifenóis provenientes da uva, um dos mais potentes ativos contra a ação dos radicais livres – moléculas que causam o envelhecimento da pele. Ele é aplicado como uma máscara no rosto todo e retirado em poucos minutos. “Logo após remover o creme, a pele já se mostra mais hidratada com um toque acetinado. O resultado dura cerca de oito horas”, diz a dermatologista Monica Fiszbaum, de São Paulo. 
 
Preço da beleza: o tratamento não provoca qualquer efeito colateral (a não ser que você seja alérgica a algum dos componentes). 
 
Não pode fazer: não há contraindicações. 
 
Número de sessões: na primeira sessão, você já nota o efeito Cinderela. Mas, para um tratamento profundo e a longo prazo, recomenda-se uma média de cinco sessões. 
 
Manutenção: uma sessão por mês é suficiente.
 
 

Muitos cuidados, antes e depois

Com exceção do peeling de vinho, que funciona como uma máscara de luminosidade, os demais tratamentos citados exigem atenção antes e depois do procedimento. Primeiro, saiba que vai precisar recorrer a cremes à base de ácidos ou de substâncias despigmentantes. Os cosméticos (manipulados ou não) agem como coadjuvante do tratamento estético e são fundamentais para garantir e prolongar o resultado. Após a sessão, os cuidados devem ser redobrados. 
 
A palavra peeling, que vem do verbo inglês to peel, significa descascar. Logo, o rosto estará sensibilizado. Isso significa que ele reage, inflamando, a qualquer coisinha. Entre os piores vilões, está sempre o sol. “Por isso, o inverno é a melhor época para aderir ao tratamento”, explica o dermatologista Jardis Volpe, de São Paulo.
 
Mesmo assim, o protetor solar continua sendo essencial. “Muita gente que trata mancha acaba ganhando uma marca ainda mais escura porque não usa filtro solar depois”, alerta a dermatologista Fabiana Simões Pietro. O ideal é usar produtos que agem contra os raios UVB e UVA (confira no rótulo) e com FPS, no mínimo, 60. Se ele tiver cor de base, melhor ainda. A tonalidade funciona como um filtro físico, refletindo os raios solares, e, de quebra, ainda disfarça descamação e vermelhidão como uma maquiagem.
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