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Plástica no nariz? A gente responde suas dúvidas!

A rinoplastia pode ser uma alternativa muito bem-vinda para quem vive implicando com o próprio nariz. Quanto melhor informada sobre o procedimento você estiver, mais satisfeita ficará com o resultado.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 out 2024, 19h18 - Publicado em 20 jul 2014, 22h00
Reportagem: Carla Conte - Edição: MdeMulher
Reportagem: Carla Conte - Edição: MdeMulher (/)
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Foto: Thinkstock

Os cirurgiões plásticos Alan Landecker e João de Moraes Prado Neto, além do otorrino Julio Miranda Gil, todos de São Paulo, explicam os detalhes:
 
1. Que tipo de correção eu posso fazer? 
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Com a rinoplastia, dá para reduzir o tamanho, deixar o dorso fino, liso e sem saliências, estreitar as narinas, corrigir assimetrias, levantar ou afinar a ponta, além de tratar defeitos funcionais (como desvio de septo). Mas, de uma forma geral, a preferência é por afinar e arrebitar o nariz. 
 
2. Tenho medo de não gostar do resultado. Existe uma forma de prevê-lo? 
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É possível ter uma boa noção de como será o “novo” nariz por meio de uma simulação computadorizada. Mas vale ter em mente que o resultado final não ficará idêntico ao desenho virtual. O recurso apenas ajuda a deixar a expectativa da paciente mais concreta e real. Algumas mulheres chegam ao consultório com uma foto de famosa servindo de modelo. Os especialistas dizem que isso não funciona, pois é fundamental respeitar a harmonia do rosto e o biótipo de cada pessoa. Um rosto com lábios carnudos, queixo proeminente e testa alta não combina com nariz pequeno assim como bochechas volumosas não se harmonizam com um muito fino. 
 
3. Todo mundo pode mexer no formato do nariz?
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Teoricamente, sim (com exceção de menores de 16 anos e de pessoas sem condições de saúde para enfrentar a cirurgia). Mas é cada vez mais comum nos consultórios queixas que não condizem com a realidade. Geralmente são mulheres com depressão ou que apresentam uma preocupação excessiva com a própria imagem e enxergam defeitos que, para os médicos, não são suficientes para uma indicação cirúrgica. Os bons profissionais sabem reconhecer esses casos e recomendam um acompanhamento psicológico antes de a paciente se decidir pelo bisturi. 
 
4. Como é a cirurgia? 
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A operação é relativamente rápida: dura de uma a duas horas, em média, apenas com anestesia local e um remédio para dormir. Na maioria das vezes, ela pode ir para a casa no mesmo dia. A rinoplastia não deixa nenhuma cicatriz aparente – elas ficam escondidas dentro do nariz ou no limite da narina. Existem duas técnicas: a mais comum é a redutora, que retira parte da cartilagem e do osso. Já a estruturada vai um pouco além e faz um reforço interno do esqueleto nasal com enxertos de cartilagem da própria paciente e pontos de fixação. A segunda tem vantagens, pois esse fortalecimento pode evitar que, com o tempo, o nariz apresente alterações na forma. O método ainda é pouco usado no Brasil por ser relativamente novo, difícil de aprender e ser executado. Mas isso tende a mudar. Converse com o seu médico. 
 
5. É muito agressiva? 
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Quando o nariz só requer pequenas mudanças, a cirurgia é pouco invasiva e, na recuperação, há menos inchaço e manchas roxas na área operada. Mas existem casos em que é preciso quebrar o osso para fazer as alterações (de quem quer afinar o dorso, por exemplo). Nessa situação, a operação torna-se complexa e o pós-operatório mais delicado. De qualquer forma, a rinoplastia não é considerada um procedimento de alto risco – complicações, como sangramento, infecção, alterações respiratórias e estéticas, são raras. 
 
6. Quais são os cuidados pós-operatórios?
Repouso absoluto em casa por dois dias. Inchaço, manchas roxas e desconforto nasal são inevitáveis, mas não é comum sentir dor. Por duas semanas, a respiração fica mais difícil e o nariz entope com facilidade. Para amenizar o problema, recomenda-se uma limpeza nasal com solução fisiológica, além da aplicação de um remédio para desobstruir as narinas. Ficam proibidos óculos por dez dias e dormir de bruços por um mês. Após duas semanas, algumas atividades físicas são liberadas, como caminhada, bicicleta e musculação, desde que não se abaixe a cabeça. Após um mês, não há mais restrições a não ser com o sol – você deverá usar protetor solar, inclusive na cidade, e chapéu por um ano. 
 
7. Quando posso ver o resultado final?
Demora um ano, em média, devido ao lento processo de cicatrização. Cerca de 80% do inchaço some nos primeiros 90 dias. O restante leva de seis a 12 meses para desaparecer por completo. Já os hematomas duram até duas semanas. Por isso, precisa ter paciência antes de achar que a cirurgia deu errado. Apenas 15% das operações não ficam tão boas quanto o esperado e exigem algum retoque. E, na maioria dos casos de insatisfação, o defeito é mínimo e pode ser corrigido em uma segunda intervenção menos invasiva. 
 
8. O que pode dar errado?
Em alguns casos a pele da paciente não assenta perfeitamente sobre a nova estrutura, o que dá a impressão de que não houve mudança nenhuma – quem tem cicatrizes de acne está mais sujeita a esse tipo de problema. Também pode haver erro médico, como eliminação excessiva de cartilagem ou de outras estruturas de sustentação, o que deixa o nariz com a ponta caída, torto ou assimétrico. 
 
9. Como escolho o médico? 
Procurar um profissional habilitado é imprescindível para o sucesso da operação. Peça indicações para amigas próximas que ficaram satisfeitas com o resultado da intervenção e verifique se o médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Nos consórcios de cirurgia plástica, nem sempre o médico da consulta é o que faz a operação – fique atenta! O profissional escolhido precisa ter experiência em plástica no nariz. Em alguns casos, o cirurgião pode considerar necessária a avaliação e acompanhamento de um otorrino durante a cirurgia para corrigir desvio de septo e outras disfunções. 
 
10. Quanto custa?
O valor total do procedimento vai depender muito do médico, do anestesista e do centro cirúrgico (a operação não deve ser feita em clínicas) que você escolher. Desconfie de preços abaixo da média – nem sempre a economia no custo é um bom negócio nesse ramo.
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