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Como a simetria afeta nossa percepção de beleza

Será que ela é realmente ideal?

Por Amanda Ventorin
Atualizado em 21 out 2024, 16h39 - Publicado em 30 mar 2022, 10h00
Será que ela é necessária para a beleza ideal?
 (Delmaine Donson/Getty Images)
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De acordo com alguns estudos, a simetria facial tem sido considerada um bom sinal quando o assunto é qualidade genética e um aspecto importante em relação a beleza.

Hoje em dia é possível encontrar até mesmo filtros em redes sociais como Instagram e Tiktok que simulam a simetria perfeita da face. Mas será que ela é realmente o segredo para um rosto bonito?

“Se tratando de simetria e sua relação com a beleza, é preciso analisar levando em conta o conjunto em que está inserida”, explica o dermatologista Otávio Macedo. De acordo com Isrraela Massena, especialista em harmonização facial, existem cálculos científicos que norteiam os profissionais quando o assunto é simetria facial, porém vários aspectos devem ser levados em conta, fazendo com que a ideia de “simetria perfeita” varie de pessoa para pessoa.

Ou seja, não existe um padrão e cada face é absolutamente única.

COMO A SIMETRIA AFETA NOSSA PERCEPÇÃO DE BELEZA?

O cérebro humano costuma considerar como algo belo o que apresenta traços simétricos, pois associa isso com aspectos como harmonia e equilíbrio. “Tudo na natureza possui uma forma geométrica e a proporção dessas formas, assim como acontece com a face humana, precisa ser bem equilibrada para poder emitir uma mensagem de agradabilidade”, explica Isrraela,

“Faces com assimetrias muito acentuadas e sem equilíbrio acabam entregando uma mensagem errada quanto a personalidade do indivíduo, enquanto uma face com proporção mais equilibrada tem mais facilidade de comunicação, chama mais atenção e gera uma sensação positiva nas pessoas”.

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A profissional frisa que a assimetria até certo nível não é considerada uma condição anômala, visto que faces assimétricas agradam até mais que faces completamente simétricas. “Certamente não há face perfeitamente simétrica, no entanto, pequenas assimetrias compõem uma boa estética facial”, reforça.

A SIMETRIA “IDEAL”

  • divisão horizontal

Para melhor analisar a harmonia facial, é importante dividir o rosto em terços – superior, médio e inferior – buscando um equilíbrio entre os mesmos.

O terço superior corresponde a área da linha do cabelo até a delimitação das sobrancelhas, enquanto o médio engloba as sobrancelhas até o final do nariz e a inferior que se trata do restante da face até a ponta do queixo. “Devemos observar se esses terços são quase iguais na altura vertical“, explica o médico.

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  • divisão vertical

Já, se tratando de divisões verticais, a face geralmente é dividida em cinco segmentos correspondentes à largura dos olhos. Nessa divisão, “a largura da base do nariz ‘deve ser’ aproximadamente igual à distância entre os olhos”, diz o dermatologista.

Para uma proporção mais simétrica, a largura da base do nariz deve corresponder a distância intercantal -intervalo entre as duas pontas dos olhos mais próximas ao nariz -, enquanto a largura da boca deve se aproximar da distância interpupilar – a distância entre o centro das pupilas.

  • terço inferior
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A análise do terço inferior deve ser subdividido, de acordo com Otávio. A parte do lábio superior deve ter a metade da altura do lábio inferior e os lábios em repouso devem expor 25% a mais o vermelhão inferior do que o superior. “Quando existe uma boa estética labial, haverá ainda um espaço interbucal de 1 a 5mm entre os lábios na posição de repouso. As mulheres apresentando um espaço maior dentro da variação normal.”

COMO “MELHORAR” A SIMETRIA DA FACE

Isrraela conta que há assimetrias que são geradas por hábitos diários – como o excesso de apoio de mãos no queixo, trejeitos faciais durante o movimento de fala – que são possíveis de serem ajustados de maneira natural, sem precisar de intervenções invasivas, apenas controlando para evitar esses hábitos.

O hábito e dormir de um lado da face também causa assimetrias que podem ser contornadas se você passar a dormir com a barriga para cima — mas claro que tudo isso só vai ser percebido a longo prazo.

Em contrapartida, se a assimetria estiver ligada a causas genéticas ou musculares, intervenções são uma opção. “O uso de preenchedores, como o ácido hialurônico, é um dos mais comuns se tratando de simetria facial. Porém, é importante salientar que a busca pela harmonia não precisa ser feita apenas com preenchedores”, conta Otávio. Há diversas outras ferramentas como bioestimuladores de colágeno, fios de PDO, ultrassom microfocado, entre outros, que podem ser combinados entre si e também com os preenchedores para estabelecer um plano de tratamento. “Toxina botulínica também é boa opção – há casos em que apenas o uso dessa substância corrige a assimetria” compartilha o profissional.

 

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