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Como a alimentação pode acelerar ou reverter o envelhecimento da pele?

Por Daniel Cassiano
Atualizado em 21 out 2024, 22h28 - Publicado em 21 jun 2022, 10h16
Novos aparelhos e tratamentos para suavizar rugas, diminuir celulite e firmar a pele
 (./Reprodução)
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Dependendo de como é a sua dieta, há uma influência positiva ou negativa dos alimentos na pele.

COMO

Essa influência é ligada principalmente a três processos que estão altamente relacionados com o que você come:

  • oxidação (maior produção de radicais livres);

Um dos mais importantes mecanismos do processo de envelhecimento é o estresse oxidativo. Nosso organismo está acostumado a lidar com radicais livres, mas quando há uma produção exagerada deles, o nosso sistema antioxidante natural não é capaz de combater. Como resultado, sofremos com alterações nas funções das células, até mesmo no DNA celular, e isso culmina no envelhecimento precoce, com aparecimento de manchas, rugas e flacidez – pela perda de função das proteínas de sustentação.

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Como evitar: Na dieta, alimentos de alto índice glicêmico, como carboidratos, farinhas e açúcares, quando consumidos em excesso geram um processo denominado como estresse oxidativo, que desencadeia mais problemas, ao ativar diversas vias inflamatórias no organismo e contribuir para a inflamação crônica.

  • inflamação;      

Naturalmente, nosso organismo utiliza-se da inflamação para se proteger. Mas quando há o estresse oxidativo no organismo, a todo momento são liberados mediadores pró-inflamatórios. As vias inflamatórias são ativadas e podem desencadear diversos problemas de pele, desde irritação, vermelhidão até fraqueza da função de barreira, aumentando a suscetibilidade para o aparecimento de rugas.

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Como evitar: Existem alimentos que contribuem para esse aumento da inflamação, principalmente aqueles ricos em gorduras trans, frituras de imersão e carboidratos de alto índice glicêmico. 

  • glicação (endurecimento das fibras de colágeno) 

O alto consumo de carboidratos faz com que as moléculas de açúcar reajam com as proteínas de sustentação do organismo (glicação), aumentando o processo de envelhecimento da pele e a flacidez.

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Como evitar: não ter por excesso de açúcares na dieta

DIETA PARA A PELE

Também é possível usar a dieta para combater e neutralizar esses três processos, mesmo que as consequências deles sejam tratadas apenas em consultório.

Para o combate do estresse oxidativo, existem diversos alimentos que possuem capacidade antioxidante, principalmente aqueles ricos em Vitamina C, Vitamina E, oligoelementos, selênio, zinco, carotenoides e polifenóis como resveratrol. Porém, ainda que nutrientes isolados sirvam como antioxidantes, o ideal é investir em alimentos que sejam ricos em uma grande variedade dessas substâncias. Um alimento sozinho não surtirá efeito.

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Para combater a inflamação, alimentos como açafrão (cúrcuma), chá verde, chá preto, gengibre, alho e cebola podem ser usados. Nutrientes como fibras, magnésio, vitamina D e Ômega-3 também já foram destacados em estudos devido a seus efeitos anti-inflamatórios. É possível acrescentar nessa lista também os alimentos e suplementos pré e probióticos, que melhoram o perfil inflamatório do organismo como um todo, por meio da manutenção da flora intestinal

Também é possível combater a glicação: as fibras são essenciais, além do consumo proteico adequado. Ambos conseguem controlar a velocidade dos picos de açúcar no sangue. Limitar os açúcares traz um efeito altamente benéfico. Alimentos integrais, leguminosas, frutas e verduras, fazem parte da estratégia que vai limitar a hiperglicemia. Alimentos como canela, alho, erva mate, tomate, gengibre, cominho, pimenta do reino e chá-verde possuem propriedades antiglicantes, sendo assim ideais para combater os processos bioquímicos de glicação.

Respondido por:

DR. DANIEL CASSIANO: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Cofundador da clínica GRU Saúde, o Dr. Daniel Cassiano é formado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Doutor em medicina translacional também pela UNIFESP. Professor de Dermatologia do curso de medicina da Universidade São Camilo, o Dr. Daniel possui amplo conhecimento científico, atuando nas áreas de dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica. Instagram: @clinicagrusaude

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