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Palermo: um pedaço da Sicília chega a Pinheiros

Primeiro bar siciliano do Brasil chega a Pinheiros com cozinha autoral e coquetéis refrescantes

Por Larissa Serpa
28 dez 2025, 20h00 •

Em uma praça pitoresca e arborizada, espremida entre as movimentadas ruas Teodoro Sampaio e dos Pinheiros, nasce um projeto que pretende ser muito mais do que um novo bar: o Palermo se apresenta como o primeiro passo para a transformação de um pedaço do Largo da Batata em um polo de convivência, cultura e gastronomia. Idealizado por um time experiente – Rafael Berçot, Marcello Nazareth (Guilhotina, Café Hotel), Caio Tucunduva, Julio Seixas (Café Hotel) e o chef Thiago Cerqueira –, o espaço se autointitula o primeiro bar siciliano do Brasil, prometendo trazer o frescor, os sabores e o espírito acolhedor da maior ilha do Mediterrâneo.

“A ideia é trazer para a área o frescor mediterrâneo e da convivência ao ar livre. É nosso primeiro passo para transformar o espaço em um complexo no coração de Pinheiros”, explica Marcello Nazareth. A ambição vai além da gastronomia: os sócios enxergam no local uma oportunidade de criar uma vila voltada à hospitalidade, impulsionando a micro região com serviços de qualidade e experiências que convidam a ficar.

Na cozinha, o chef Thiago Cerqueira captura a essência da Sicília – um cruzamento histórico de influências italiana, árabe e grega – em um menu que valoriza ingredientes frescos e preparos que vão do leve ao reconfortante. A viagem começa nos aperitivi, com destaque para o Sott’olio (R$59), uma generosa seleção de conservas (caponata, berinjela, alcachofra) acompanhada de focaccia e panelle (bolinho de grão-de-bico típico). Os crudos, como o Di Tonno (R$69) com molho de tomate fresco, e as ostras de final de semana (R$79) são opções refrescantes.

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No capítulo das massas, o Piatti di Casa oferece clássicos com alma, como o reconfortante Penette al Forno alla Siciliana (R), com ragù de carne, berinjela e queijo caciocavallo, e o marinho Linguini ai Frutti di Mare (R). “A boa gastronomia do Thiago ganha vida nos almoços de fim de semana, pensados para serem longos e em família”, comenta Nazareth.

Mas o Palermo é, antes de tudo, um bar. E a carta de coquetéis, assinada pela bartender Estella Moraes, é uma atração à parte, interpretando o espírito siciliano com criatividade. Há desde spritzes frutados (morango, maçã verde ou romã por R$39) até releituras sofisticadas, como o Palermo Spritz (R$62), com limoncello e tequila, e o Fiore di Palermo (R$72), delicado com St. Germain e Jerez. A seção de clássicos sicilianizados também chama atenção, com o Negroni alla Siciliana (R$58), ganhando nuances de vinho marsala e amaro Averna.

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Com seu conceito claro, executado por profissionais renomados e embalado pela meta de revitalizar um cantinho da cidade, o Palermo chega não apenas para preencher uma lacuna gastronômica, mas com a ambição de semear uma nova comunidade ao redor de uma mesa – ou de um balcão de bar. Se cumprirá seu papel de âncora, o futuro dirá, mas o primeiro passo, ao menos, é saboroso e convidativo.