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Sexualidade Positiva

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Chris Marcello é publicitária (UAM), pós-graduada em Administração de Empresas (FAAP) e em Educação Sexual (UNISAL). Palestrante, escritora e empresária, idealizadora das marcas: ItSophie e LovePlan.

A Dança do Consentimento e do Desejo nos Relacionamentos

Por Chris Marcello, educadora sexual e empresária, CEO da ItSophie
Atualizado em 2 set 2025, 10h54 - Publicado em 31 ago 2025, 20h00
a dança do consentimento e do desejo nos relacionamentos
A Dança do Consentimento e do Desejo nos Relacionamentos | (freepik/Freepik)
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Ainda persiste a ideia equivocada de que o consentimento é apenas uma palavra dita antes do sexo. Na verdade, ele é uma linguagem viva, que se expressa pelo corpo, pelos gestos, pelo olhar e, principalmente, pelo desejo. Compreender essa dinâmica é essencial para construir relações mais saudáveis, respeitosas e prazerosas.

O consentimento não é apenas a ausência de um “não”, mas a presença ativa de um “sim”. Um sim que não surge por obrigação, medo ou culpa, mas que nasce do desejo genuíno. E o “não”?

Ele é tão importante quanto: é o limite que protege, que afirma a autonomia e que comunica — “aqui não é confortável para mim”.

E isso deve ser respeitado sem negociação. Como aponta o ensaio Consentimento e Autonomia na Busca por Relacionamentos (Pereira, 2020), o consentimento deve ser contínuo, voluntário e livre de coerção — especialmente em contextos de desequilíbrio de poder.

Consentimento é uma prática diária. É perguntar: “Você está confortável com isso?” ou “Quer continuar?”, sem receio de parecer vulnerável.

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É reconhecer que o corpo também fala — e que um silêncio pode significar um não. É criar um ambiente onde ambos se sintam livres para expressar vontades, limites e fantasias sem julgamento.

Segundo uma revisão publicada em Temas em Psicologia (Silva & Amaral, 2013), embora a sexualidade seja um dos temas mais estudados nos relacionamentos amorosos no Brasil, ainda há escassez de dados sobre como o consentimento é praticado no cotidiano dos casais — o que reforça a importância de trazer esse debate para o centro da conversa.

Quanto ao desejo, muitos acreditam que, dentro de um relacionamento, ele deveria ser automático, quase mágico — como se amar alguém significasse desejar sempre, a qualquer momento e em qualquer circunstância.

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Mas o desejo é fluido: é afetado por cansaço, estresse, autoestima, ciclos hormonais e até pela qualidade da conexão emocional. O segredo está em cultivar o espaço para que ele floresça — sem pressão, sem cobrança.

Desejo não se impõe, se convida. E o convite começa com respeito, com presença, com afeto. É entender que o “sim” de ontem não garante o “sim” de hoje. E que isso não é rejeição — é humanidade.

No fim das contas, consentimento e desejo são como uma dança: precisam de ritmo, sintonia e liberdade para que cada passo seja prazeroso para os dois.

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Quando essa dança é guiada pelo respeito, ela se transforma em conexão profunda — daquelas que fazem o corpo vibrar e o coração sorrir.

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