
A menopausa não pede licença, ela chega, às vezes devagarinho, às vezes como quem bate à porta e entra. E com ela vem uma avalanche de sensações novas, algumas desconfortáveis, outras reveladoras. O que antes era tabu, hoje é pauta. E que bom!
Porque falar sobre isso é libertador e necessário. É entender que não estamos sozinhas e que pode ser o início de uma jornada de redescoberta. Mas você precisa se permitir para vivê-la sem o peso imposto culturalmente e que muitas vezes, nos paralisa.
Durante a menopausa, todo o ciclo de resposta sexual pode ficar comprometido. A queda do estrogênio, aquele hormônio que antes dançava em sintonia com o desejo, agora desacelera. E com isso, surgem mudanças que mexem com o corpo, com a mente e com a autoestima.
A libido pode diminuir, o tempo de excitação se prolonga, o orgasmo parece mais distante. E, como se não bastasse, o humor oscila e a confiança no próprio corpo balança.
Mas aqui vai um lembrete importante: isso não significa o fim. Pelo contrário. Pode ser o início de uma nova forma de viver o prazer.
A menopausa é uma transição. E como toda mudança, exige acolhimento. Entender o que está acontecendo com o corpo é essencial para lidar com os sintomas sem culpa ou vergonha. A sexualidade não desaparece, ela se transforma.
Estratégias para driblar os sintomas da menopausa
Algumas estratégias que podem te ajudar a driblar os sintomas e reacender o prazer:
1. Hidratantes e lubrificantes são aliados: o ressecamento vaginal é comum, mas não precisa ser um obstáculo, hidratantes vaginais de uso contínuo e lubrificantes à base de água ajudam a tornar o sexo mais confortável e prazeroso.
2. Terapia hormonal (com orientação médica): em alguns casos, a reposição hormonal pode ser indicada para aliviar sintomas intensos. Converse com sua ginecologista para entender se é uma opção segura para você.
3. Exercícios físicos e pélvicos: movimentar o corpo melhora a circulação, o humor e a autoestima. Os exercícios de Kegel, por exemplo, fortalecem a musculatura do assoalho pélvico e podem intensificar o prazer sexual (sempre com supervisão de uma fisio pélvica).
4. Alimentação que nutre o desejo: alimentos ricos em ômega-3, vitamina E e fito estrogênios (como linhaça, soja e tofu) ajudam a equilibrar os hormônios e melhorar a disposição.
5. Terapia e autoconhecimento: falar sobre o que se sente, entender os medos e desejos, e se reconectar com o próprio corpo são passos fundamentais. A terapia pode ser uma ferramenta poderosa nesse processo.
6. Comunicação com o parceiro(a): abrir o diálogo sobre as mudanças, os limites e os desejos, é essencial. A intimidade começa na conversa.
Se tem algo que a maturidade nos ensina, é que o prazer não tem idade. Ele mora na curiosidade, no toque gentil, na presença, na liberdade de ser quem se é. A menopausa pode ser o portal para uma sexualidade mais consciente, mais profunda, mais sua.
Então, sim: há desafios. Mas também há descobertas. Seu corpo merece cuidado, respeito e prazer, em todas as fases da vida.
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