Faça as pazes com sua história, sua idade e seu visual

entir-se linda e segura - com a turma, sozinha ou com ele - é uma conquista que vai além de gastar uma grana em cremes, roupas e maquiagem. Adotar atitudes e pensamentos a seu favor é um caminho mais certo - e sem volta - para se apaixonar por você.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 out 2024, 19h17 - Publicado em 28 jul 2014, 22h00
Anna Carolina Lementy e Marcia di Domenico
Anna Carolina Lementy e Marcia di Domenico  (/)
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Foto: Gustavo Arrais

Você pode querer ter o corpo da Juliana Paes, o cabelo da Gisele e o amor de cinema da Angelina Jolie, mas é bom se conformar: não vai dar. O motivo: você não é nenhuma delas. Tudo bem se espelhar na beleza e no sucesso de alguém para correr atrás disso para a sua vida também, mas cuidado: o limite entre a inspiração e a idealização do mal é sutil. “Quando você nunca fica feliz com o que vê no espelho e se pega achando que todas as outras mulheres são mais bonitas e bacanas, atenção”, fala a psicóloga Francine Pinto, de São Paulo. “Se isso vira motivo de tristeza e pretexto para deixar de sair ou realizar atividades de que gosta, sua relação consigo vai mal.” 
 
Na busca por um corpo ou uma vida perfeita, troque o adjetivo por possível. “Em vez de focar naquilo que você não tem, seja físico ou não, é mais importante olhar para as suas qualidades”, sugere a psicanalista Joana de Vilhena Novaes, coordenadora do núcleo de doenças da beleza da PUC-RJ. Musa inspiradora: Bridget Jones, a anti-heroína interpretada por Renée Zellweger no cinema. Após tropeçar na carreira, ficar com o homem errado (papel de Hugh Grant) e sofrer por não ser magra – quem de nós não se reconhece nesses dramas? -, ela aprendeu a gostar do que tinha de mais especial: seu jeito doce de ser. E conquistou o bonitão Mark Darcy (Colin Firth). 
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Todo mundo tem uma amiga que, apesar de não ser a mais linda nem a mais magra da turma, sabe se vestir bem e faz o maior sucesso com os rapazes. Também conhece pelo menos uma mulher que vive reclamando que precisa emagrecer, que a pele está ruim ou que bem que podia ser um pouquinho mais alta (ainda que a gente desse tudo para ter o cabelo ou as pernas dela). Isso é porque nos dividimos entre mulheres que sabem fazer do limão uma limonada quando o assunto é beleza – pois abraçam as imperfeições e fazem delas o seu truque de charme – e as que estão eternamente insatisfeitas com o que a natureza lhes deu.
 
Não seria um problema (embora seja uma pena…) se o segundo time não fosse bem mais numeroso, como mostrou uma pesquisa recente encomendada pela Unilever: 91% as brasileiras enxergam beleza nas outras mulheres, mas só 14% se sentem seguras para se classificar como belas. “Temos uma crítica interna selvagem quando nos olhamos”, fala a psicanalista inglesa Susie Orbach, que foi consultora do estudo. “Isso repercute na vida da mulher minando a autoestima, a autoconfiança e a felicidade dela.” Quer mudar o foco, se apaixonar por você e aproveitar a vida como merece? Encontre aqui suas inspirações. 
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Curta quem você é

Você pode querer ter o corpo da Juliana Paes, o cabelo da Gisele e o amor de cinema da Angelina Jolie, mas é bom se conformar: não vai dar. O motivo: você não é nenhuma delas. Tudo bem se espelhar na beleza e no sucesso de alguém para correr atrás disso para a sua vida também, mas cuidado: o limite entre a inspiração e a idealização do mal é sutil. “Quando você nunca fica feliz com o que vê no espelho e se pega achando que todas as outras mulheres são mais bonitas e bacanas, atenção”, fala a psicóloga Francine Pinto, de São Paulo. “Se isso vira motivo de tristeza e pretexto para deixar de sair ou realizar atividades de que gosta, sua relação consigo vai mal.” Na busca por um corpo ou uma vida perfeita, troque o adjetivo por possível. “Em vez de focar naquilo que você não tem, seja físico ou não, é mais importante olhar para as suas qualidades”, sugere a psicanalista Joana de Vilhena Novaes, coordenadora do núcleo de doenças da beleza da PUC-RJ. 
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Musa inspiradora: Bridget Jones, a anti-heroína interpretada por Renée Zellweger no cinema. Após tropeçar na carreira, ficar com o homem errado (papel de Hugh Grant) e sofrer por não ser magra – quem de nós não se reconhece nesses dramas? -, ela aprendeu a gostar do que tinha de mais especial: seu jeito doce de ser. E conquistou o bonitão Mark Darcy (Colin Firth).
 

Divirta-se mais (e encane menos) no sexo

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Ok, a gente bem que gostaria de riscar do mapa do corpo a barriguinha saliente e a danada da celulite. Mas deixar de fazer sexo porque elas estão ali? Nem pensar! Até porque, se ainda não está convencida disto, anote aí: só as mulheres se importam com esses detalhes. “Os homens se entregam e curtem o sexo sem se incomodar se o físico (da parceira ou deles mesmos) é perfeito”, diz a psicóloga Carla Cecarello, coordenadora do projeto Ambsex – Ambulatório de Sexualidade, em São Paulo. Tem mais: nem pense em culpar suas gordurinhas no caso de vocês não transarem com a frequência que gostaria nem ache que corre o risco de perder o parceiro por causa delas. Uma vida sexual feliz depende mais da sintonia e da intimidade entre o casal do que do número de transas por semana. “Quem beija bastante e experimenta novidades na cama é mais satisfeito”, fala Carla. Ou seja, deixa a vergonha do lado de fora do quarto (ou da cozinha, do banheiro, do carro…), saia do script, capriche nos carinhos e preliminares e faça do sexo um prazer, não uma obrigação ou um sofrimento. 
 
Musa inspiradora: a doce Rosemary (Gwyneth Paltrow), do filme O Amor É Cego. Na história, Hal (Jack Black) só se interessa por mulheres lindas e magérrimas até ser conhecer um guru que o hipnotiza e faz com que só consiga enxergar a beleza interior das garotas. Ele se apaixona pela obesa Rosemary e a vê como a mulher mais linda de todas. De tão feliz, ela passa a se sentir assim mesmo. 
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Filtre as críticas e agarre os confetes

Não há quem seja totalmente indiferente à opinião dos outros, a um elogio ou àquela olhada de cima a baixo quando passa na rua. Nada de errado, afinal, eles são como vitaminas para a autoestima e confirmam quem temos valor. Mas há quem não acredite que merece a admiração e prefira dar ouvidos a críticas do mal. É claro que, muitas vezes, as críticas (da família, do namorado ou no trabalho) merecem reflexão; em outras, é mais sábio trocar de namorado, dar um gelo na amizade ou repensar se está no emprego certo. O melhor jeito de não cair em armadilha é reconhecer suas conquistas e se blindar contra as alfinetadas. “Reviva sua trajetória e os projetos que cumpriu, histórias que viveu e amizades que fez”, diz Francine. “Eles ajudam a construir uma percepção realista sobre quem é, com defeitos e qualidades.” 
 
Musa inspiradora: Andrea Sachs, papel de Anne Hathaway em O Diabo Veste Prada. Ela chegou tímida ao trabalho em uma das maiores revistas de moda do mundo e, no começo, foi obrigada a engolir críticas ao seu jeito de moça do interior e estilo de se vestir. Mas sabia que tinha seu valor. Aos poucos e sem mudar sua essência, ela mostrou competência, venceu o desânimo e se destacou no trabalho. 
 

Valorize a sua história

Não tem jeito: os 20 anos vão passar, assim como os 30 e os 40. Por mais que você se cuide para retardar a ação do tempo (e que as pesquisas que mapeiam o comportamento da mulher de hoje afirmem que os 50 são os novos 40, os 40 os novos 30 e assim por diante), as ruguinhas vão aparecer, o corpo ficar flácido e o metabolismo mais lento, o que vai exigir esforço extra da sua parte para manter tudo no lugar. Quer saber? Tomara que você passe por tudo isso, sinal de que viveu bastante. Afinal, a sabedoria que vem com os anos é o tempero para tornar a vida mais leve, o sexo mais intenso, as relações mais ricas e cada fase uma nova aventura. Sem falar que, com a vida profissional e financeira mais estável, multiplicam-se as possibilidades para aproveitar a vida e investir na própria beleza e no bem-estar. “A melhor maneira de lidar bem com a idade é construir uma história da qual você se orgulhe e entender seu papel em cada fase”, recomenda Francine Pinto. 
 
Musa inspiradora: Francesca Johnson, personagem de Meryl Streep em As Pontes de Madison. Com mais de 50 anos, casada e com os filhos crescidos, ela vivia feliz numa fazenda até conhecer e viver uma paixão avassaladora como o fotógrafo vivido por Clint Eastwood. Prova de que a maturidade não representa a reta final da vida coisa nenhuma.
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