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Um guia de iniciantes para você ficar bem sozinha (e ser mais feliz)

Para as recém-solteiras ou que estão sós a mais tempo, aprender a conviver bem com a própria companhia é essencial

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h39 - Publicado em 14 abr 2022, 08h00
ficar bem sozinha
 (Antonius Ferret / Pexels/Divulgação)
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Muitas de nós crescemos com o conceito de que precisamos estar em um casal para sermos felizes. A realidade, porém, é bem mais complexa do que os finais felizes dos filmes e, muitas vezes, passamos por períodos de solteirice

A questão é que o “estar sozinha” ainda é visto como um problema, quando, na verdade, é essencial para compreendermos quem somos, o que queremos e o papel que um relacionamento pode vir a exercer na nossa vida. 

Vamos ver, então, como isso é possível? 

1

Entenda o que é felicidade para você

“O conceito de felicidade é subjetivo, ou seja, varia de acordo com cada indivíduo”, explica Bettina Vostupal, psicóloga na Iron Saúde Digital. “Ser feliz é o estado de uma pessoa que, naquele momento, está satisfeita, em pleno contentamento e bem-estar, ainda que haja alguma questão que gere dificuldade ou aborrecimentos.”

Ou seja, para a psicóloga, a felicidade é considerada um estado passageiro, que não está ligado à falta de problemas, à satisfação mesmo na presença deles. Por isso, é importante olhar para as duas formas de felicidade: a externa, que é um reflexo das ocorrências e das relações que temos, e a interna, fruto da nossa relação com nós mesmas. 

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“O ‘ser feliz’ pode ser uma motivação para você buscar a plenitude em si mesmo e no meio em que você está inserido”, explica a profissional. 

2

Faça uma investigação interna

Para Bettina, é comum associarmos a felicidade às pessoas que estão à nossa volta, esquecendo de buscar a plenitude dentro de nós – e atrelando essa felicidade a estar com o outro. É assim que surge a noção de que é impossível ser feliz solteira, por exemplo. 

“Porém, é fundamental que a pessoa que está sozinha busque olhar para si e encontre outras formas de felicidade, preenchendo a sua vida com atividades que gerem satisfação e promovam bem-estar físico e psicológico, como as atividades físicas e de lazer.”

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3

Lembre-se que estar sozinha é inevitável

Beto Colombo, terapeuta especializado em Filosofia Clínica, levanta outro ponto importante que deve ser considerado nesse contexto: não estaremos o tempo inteiro acompanhadas de pessoas. Pelo contrário, eventualmente, vamos estar sozinhas. 

“O primeiro passo para superar a dificuldade de se chegar à felicidade estando solteira é entender que não é necessário ter companhia para ser feliz”, explica. 

Por isso, desenvolver o bem-estar além dessas relações, sejam amorosas, familiares ou de amizade é essencial. Precisamos saber curtir os momentos em que estamos apenas na nossa própria companhia. E, para isso, existe uma infinidade de atividades que podemos explorar para desenvolver esse hábito de se curtir – de um passeio no parque a um dia de spa em casa.

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4

Construa uma rotina que você goste

 “O início de uma vida desfrutando de sua própria companhia começa por desenhar um dia-a-dia que contemple aquilo que lhe faz bem. Não é um princípio hedonista e egoísta, mas uma rotina em que a pessoa consiga estar bem consigo mesma, se sentindo completa”, explica Beto. 

5

Encontre um novo hobby

Para seguir o passo anterior, vale, por exemplo, encontrar um novo hobby, seja uma leitura ou algum trabalho manual, investir na sua profissão de alguma forma, fazer uma viagem… enfim, algo que capture o foco desse novo momento de vida. 

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6

Invista no autoconhecimento

Aliás, vale a pena investir, de verdade, no autoconhecimento. Seja pela prática de terapia ou através de outras atividades, compreender a si de forma profunda é um dos caminhos mais recomendados para nos sentirmos bem sozinhas. Afinal, é fácil cairmos na mentira de que tudo o que precisamos é estarmos com alguém, mas, no fundo, continuarmos nos sentindo sós. 

Uma pessoa que depende de estar em um relacionamento, seja qual for, para ser feliz, está em uma armadilha que pode lhe causar a infelicidade”, continua Beto. “A dicotomia está em que a obrigatoriedade de uma relação pode fazer com que a pessoa aceite ser infeliz para ter alguém.”

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