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Lipedema: entenda doença crônica da repórter do ‘Mais Você’

Juliane Massaoka, jornalista que apresenta o quadro "Feed da Ana" no programa, foi diagnosticada com o problema há 5 meses

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h39 - Publicado em 24 ago 2023, 14h52
O que é lipedema, que acomete a repórter Juliane Massaoka
Juliane Massaoka, repórter da TV Globo, revela sofrer com lipedema | (Instagram @julianemassaoka/Reprodução)
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Em setembro do ano passado, enquanto apresentava o quadro “Feed da Ana”, no programa “Mais Você” (TV Globo), a jornalista Juliane Massaoka, de 33 anos, contou à Ana Maria Braga que não consegue usar botas até o joelho porque enfrenta problemas na hora de fechá-las. Após o relato, a repórter disse que recebeu diversas mensagens em suas redes sociais alertando que ela poderia sofrer de lipedema, doença caracterizada pelo excesso de gordura em algumas regiões do corpo, como as pernas e o quadril.

“Depois do programa, eu recebi algumas mensagens dizendo que a dificuldade que eu tive de colocar as botas poderia indicar que eu tinha uma doença chamada lipedema, que eu nunca tinha ouvido falar“, contou ela, no episódio do “Feed da Ana” que foi ao ar na quarta-feira, 23 de agosto.

Diante disso, Juliane resolveu procurar ajuda médica e, há cinco meses, obteve a confirmação do diagnóstico. “Hoje, eu acho que o meu primeiro gatilho do lipedema foi com 13 anos, olhando para trás, porque, na época, eu não sabia. Eu dei uma ‘engordada’ da cintura para baixo. Eu ia fazendo todas essas dietas, perdia 5kg, perdia 10gk, e aquela gordura estava ali ainda”, afirmou ela.

Estudos apontam que a doença acomete cerca de 10% das mulheres brasileiras. Além do aspecto físico, o lipedema pode provocar desconfortos, sensibilidade à pressão e dor nas áreas afetadas. À medida que progride, pode impactar negativamente a mobilidade e desencadear depressão ou ansiedade, especialmente devido à aparência alterada do corpo.

Veja:

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O QUE É O LIPEDEMA?

De acordo com o Dr. Luiz Calmon, médico ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho, em São Paulo, o lipedema consiste em um acúmulo de gordura desproporcional em algumas áreas, geralmente nos membros inferiores, e afeta, em maior parte, as mulheres.

CAUSAS E SINTOMAS

Ainda não existem causas completamente definidas, porém, há indícios de que fatores genéticos e hormonais têm relação com o aumento da quantidade e do ritmo de crescimento das células de gordura.

É importante ressaltar que o lipedema é uma doença crônica e progressiva do tecido adiposo que, segundo o Dr. Vinícius Carruego, diretor clínico da Clínica Elsimar Coutinho, pode gerar sintomas como:

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  • Sensação de peso nas extremidades;
  • Dor na palpação das extremidades;
  • Tendência à hematomas;
  • Membros inferiores com maior acúmulo de gordura em comparação ao tronco;
  • Dificuldade em emagrecer as pernas, mesmo se exercitando e se alimentando bem;
  • Fadiga, principalmente, nos locais acometidos;
  • Inchaço;
  • Pele com textura semelhante à casca de laranja.

COMO TRATAR?

Mesmo que não tenhamos uma cura definitiva para o lipedema, algumas medidas podem ajudar a controlar os sintomas. O Dr. Vinícius aponta que é essencial adotar hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e minimizar a progressão da doença. Confira as recomendações:

  • Praticar atividade física (de preferência, de alta intensidade);
  • Manter uma alimentação anti-inflamatória (por exemplo, dieta mediterrânea);
  • Evitar ao máximo substâncias que possam comprometer os hormônios do corpo (conservantes, adoçantes, corantes)
  • Adotar um método contraceptivo sem estrogênios sintéticos;
  • Realizar sessões de drenagem linfática, massagem modeladora e fisioterapia
  • Apostar no uso de substâncias antioxidantes, como cúrcuma e coenzima q-10;
  • Cuidar da microbiota intestinal, com uma alimentação rica em fibras, com o consumo adequado de água e, se necessário, até mesmo com a suplementação de probióticos.
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“Em casos extremos ou que não respondem às medidas terapêuticas clínicas, pode ser necessário o tratamento cirúrgico com a lipoaspiração“, finaliza o diretor clínico.

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