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Qual método contraceptivo é melhor para mim?

Conheça os diferentes métodos - hormonais ou não para prevenir uma gravidez

Por Amanda Ventorin
25 abr 2022, 10h00

Sabia que desde civilizações antigas, a humanidade busca formas de prevenir gestações não planejadas? Sim, os egípcios foram conhecidos como a primeira civilização a utilizar métodos contraceptivos. Os mais utilizados na época eram esponjas ou tampões vaginais embebidos em substâncias que neutralizavam os espermatozoides. Hoje, existe uma variedade no mercado de métodos contraceptivos que vão muito além da camisinha e do anticoncepcional.

CONTRACEPTIVOS HORMONAIS

Os contraceptivos hormonais são feitos a base de formas sintéticas dos hormônios femininos estrogênio e progesterona. Há diversas formas que podem ser apresentadas como pílulas, implante, anel vaginal e DIU.

  • PÍLULA ANTICONCEPCIONAL 

Sendo o mais conhecido, a pílula anticoncepcional liberam estrogênio e progesterona de forma constante no organismo, inibindo a secreção dos hormônios FSH e LH, impedindo a ovulação. “Esses hormônios atuam no recrutamento dos folículos e no estimulo. Quando esses hormônios (que ocorre ao tomar a pílula) não possuem picos, eles não são capazes de madurar os folículos para que a ovulação não aconteça” compartilha a ginecologista Taís Calomeny.

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A vantagem do método é sua praticidade e sua enorme variedade e fácil acesso (pilular anticoncepcionais são distribuídas pelo SUS), porém, é preciso ter cuidado: Quando não consumido da maneira correta (que deve ser instruída por um profissional) a sua eficácia pode ser comprometida.

  • IMPLANTE ANTICONCEPCIONAL

Sendo um método mais recente no mercado, o implante anticoncepcional é uma pequena “fita” que se assemelha a um palito de fosforo de quatro centímetros que libera a progestina no organismo que dura em média (ou menos) 3 anos no organismo. A progestina impede os ovários de liberarem os óvulos, impedindo a ovulação. Além disso, ele altera a secreção do muco vaginal, dificultando a entrada do espermatozoide.

Sua vantagem, de acordo com Taís, é além de não precisar tomar doses diárias do anticoncepcional, é a diminuição do fluxo e cólica, o que pode ser vantajoso para mulheres com fluxo intenso. Além disso, ele é 99% eficaz e não há estrogênio, sendo a opção mais segura para aquelas que não podem fazer uso do hormônio.

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Já suas desvantagens são o custo – que é difícil de se conseguir através do SUS, de acordo com Taís. E há a necessidade de consultar um profissional especializado em inserir o implante, além do período de adaptação, que pode ser desafiador. Segundo Taís, pode haver escape durante o período de 3 a 6 meses onde muitas pacientes reclamam sobre as dificuldades do ajuste.

  • DIU HORMONAL 

Disponível no mercado como o Mirena e Kyleena, os DIUs liberam um hormônio no útero chamado Levonorgestrel (um progestagênio, hormônio sintético semelhante à progesterona produzida pelos ovários), que promove alteração do muco do colo uterino, do endométrio (camada interna do útero) e da movimentação das tubas uterinas, impedindo a fecundação (encontro entre óvulo e espermatozoide) e, consequentemente, a gestação.

De acordo com a ginecologista Amanda Volpato, o DIU pode ser usado por 5 anos e possui uma das menores taxas de falhas entre os métodos anticonceptivos hormonais no mercado, atualmente. Além disso, ele ajuda no fluxo menstrual (algumas até relatam o interrompimento da menstruação. Porém, como algumas mulheres possuem sensibilidade a progesterona, algumas mulheres podem relatar dores nos seios e aumento de acne.

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  • ANEL VAGINAL

O anel é feito de silicone com a composição possui estradiol e progesterona, hormônios sintéticos que impedem a ovulação, sendo utilizado por 21 dias com pausa de 7 dias. Os hormônios sintéticos não afetam a fertilidade e uma vez retirado, a ovulação é retomada normalmente.

A vantagem do anel é sua alta eficácia e fácil inserção (a mulher pode usar o método por 3 semanas). Já as desvantagens, de acordo com Amanda é o aumento da secreção vaginal com o uso do anel além de outros efeitos colaterais como dor de cabeça e mamas.

CONTRACEPTIVOS NÃO HORMONAIS 

Os contraceptivos não hormonais são aqueles que cumprem a função de contracepção sem interferir na fisiologia do ciclo menstrual, dentre eles temos: os métodos comportamentais (como tabelinha, temperatura basal, muco cervical, coito interrompido), métodos de barreira: preservativo masculino, preservativo feminino, diafragma, DIU de cobre, prata e a esterilização cirúrgica (laqueadura tubária na mulher e vasectomia no homem).

  • PRESERVATIVO 

O preservativo masculino é a base de látex e sua eficácia, quando usada da maneira correta, varia de 88 a 97% e funciona como uma barreira prevenindo além da gravidez, doenças sexualmente transmissíveis.

Já o preservativo feminino possui a eficácia parecida com a do masculino. “O dispositivo é elaborado com poliuretano e possui anéis flexíveis nas extremidades, de modo que a extremidade fechada é colocada no fundo vaginal e a extremidade aberta  permanece na vulva após a colocação vaginal o que permite proteger a vulva durante a relação sexual, ele pode ser inserido ate 8 horas antes da relação sexual, o material e descartável podendo ser usado somente uma vez” explica Mara Mendes, ginecologista.

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O preservativo não produz efeito colateral, ajuda a prevenir gravidez ectópica e promove a contracepção ocasional de acordo com a necessidade individual e tem baixo custo. Dentre as desvantagens, é importante mencionar a necessidade de manipulação durante o ato sexual, de motivação por parte do parceiro, alergia ao látex e ruptura do preservativo.

  • DIU NÃO HORMONAL

O DIU não hormonal possui duas opções ni mercado: Cobre e prata. A de cobre está relacionada a liberação de íons de cobre que impedem os espermatozoides dese moverem em direção ao útero e mesmo que, muito  raramente, o esperma ultrapasse o canal vaginal, o cobre bloqueia a implantação do óvulo fecundado na cavidade uterina e pode durar até 10 anos.

Já o DIU de cobre com prata é um DIU de cobre que tem também prata em sua composição. A prata tem a função de estabilizar o cobre e, com isso, diminuir o efeito de cólicas e sangramentos menstruais durante o uso. Ele age da mesma forma que o DIU de cobre e tem as mesmas vantagens e alta eficácia (assim como o de cobre).

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O DIU possui alta eficácia e longa duração, além de ser removido facilmente. Porém, pode haver o aumento do fluxo menstrual e cólicas e não previne ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e correr o risco do corpo rejeitar o DIU, expulsando-o.

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