Pré-diabetes: Dicas de treinos e alimentação para reverter a condição

Especialista explica os principais riscos do pré-diabetes e como prevenir

Por Maraísa Bueno
Atualizado em 22 Maio 2025, 10h01 - Publicado em 21 Maio 2025, 10h00
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O pré-diabetes é uma doença que pode ser reversível com treinos e alimentação saudável (../Freepik)
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O pré-diabetes é um “sinal de alerta”, onde os níveis de açúcar no organismo estão acima do normal, porém não caracteriza como diabetes. 

De acordo com o site Diabetes.org, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diabetes tipo 2 no Brasil e, dentro desse número, cinco milhões ainda não foram diagnosticadas. Além disso, a revista Ciência e Saúde Coletiva divulgou um estudo onde estima-se que 40 milhões de brasileiros possuem pré-diabetes. 

A Dra. Maria Augusta Bernardini, diretora da área médica da Merck para o Brasil e América Latina conta que a pré-diabetes é reversível. “Embora tenhamos danos importantes como, por exemplo, perda de aproximadamente 30% da função do pâncreas, a boa notícia é que este quadro é reversível com diagnóstico e tratamento na maioria dos casos, que inclui intervenções no estilo de vida.”

A profissional ainda completa: “Precisamos levar as pessoas à ação, na busca por um futuro mais saudável. E não tem segredo: é consultar um médico e manter os exames mais básicos em dia, como a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada”, explica.

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Isso porque o pré-diabetes e diabetes frequentemente não apresentam sinais ou sintomas, isso reforça a importância de realizar exames regulares. “No Brasil, infelizmente, cerca de 70% dos pacientes só descobrem a doença quando já enfrentam complicações, algo que poderia ser evitado com diagnósticos precoces por meio de exames periódicos”, explica a Dra. Bernardini.

Quem precisa ficar atento ao pré-diabetes e diabetes tipo 2?

  • Sobrepeso e obesidade: são dois fatores predominantes nos pacientes;
  • Histórico familiar: parentes de primeiro grau com diabetes aumentam a chance de desenvolvimento da condição;
  • Sedentarismo: a falta de atividade física regular está diretamente ligada ao aumento do risco;
  • Hipertensão e doenças cardíacas: são condições que agravam as chances;
  • Mulheres com histórico de diabetes gestacional ou síndrome dos ovários policísticos: estão entre os grupos com maior vulnerabilidade.

E como reverter o pré-diabetes?

Dra. Maria Augusta destaca que a reversão exige disciplina e mudanças de hábitos e estilo de vida e, em 80% dos casos, tratamento medicamentoso. “Com alimentação balanceada, prática de atividade física regular, controle do peso e acompanhamento médico, é possível impedir que o pré-diabetes evolua para o diabetes tipo 2,”.

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E completa: “E justamente por ser uma mudança difícil, a orientação médica e o acompanhamento de outros profissionais da saúde são indispensáveis. Estudos clínicos mostram que atividades como caminhadas, pedaladas ou dança — praticadas de 5 a 7 vezes por semana, por pelo menos 30 minutos — contribuem para o controle glicêmico, redução de gordura corporal, melhora da saúde cardiovascular e do bem-estar mental. Exercícios de força, como a musculação, também são essenciais por aumentar a massa magra e a sensibilidade à insulina 3,4″.

Apesar das atividades físicas serem uma das alternativas para a prevenção de diabetes, é preciso ficar atento ao tipo de atividade. “Também é importante mencionar que atividades de alta intensidade podem provocar um aumento transitório da glicemia devido à liberação de hormônios como adrenalina e cortisol. Isso ocorre, principalmente, se a glicemia estiver descompensada (acima de 250 mg/dl). Nesses casos, a atividade física deve ser adiada até que os níveis estejam mais seguros. Sempre consulte seu médico para saber como proceder suas mudanças de vida de forma segura”, finaliza a profissional.

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