Sabonete íntimo: qual a frequência ideal para seu uso?
Alguns especialistas não recomendam utilizá-lo todos os dias
Nem todo mundo sabe, mas alguns médicos ginecologistas não indicam lavar a região genital com sabonetes íntimos todos os dias, sabia? Se você não abre mão desse tipo de produto, veja a frequência ideal para usá-lo (e como escolher o ideal):
Por que não podemos usar sabonete íntimo todos os dias?
Aquele sabonete cheirosíssimo ou mesmo o uso de desodorante íntimo, por exemplo, diminuem a quantidade de bactérias do bem na vagina, e isso favorece o ataque de doenças que podem causar infecções.
Até o uso frequente de sabonete íntimo também não é recomendado, já que o produto diminui o pH vaginal e tira a defesa natural da região.
Segundo a Associação Brasileira de Cosmetoginecologia (ABCGIN), alguns sabonetes íntimos podem ressecar a área, hipersensibilizando-a e prejudicando a sua função: tratam-se dos alcalinos. Por isso, é sempre bom utilizar o indicado pelo seu ginecologista.
O uso excessivo, mais de duas vezes ao dia, também acaba ocasionando problemas na região. “Se você se incomoda com o cheiro da sua vulva, comece a perceber a sua alimentação, pois o que você come pode mudar o cheiro dela. Carboidratos em excesso deixam maior secreção e cheiro ácido na vagina. O sabonete íntimo também pode alterar sua flora, desencadeando corrimentos e inflamações. Caso você tenha uma vulva saudável, não se preocupe em utilizar sabonetes íntimos, água corrente na área com pouco de sabão basta, é importante observar sempre a necessidade e o acompanhamento de um médico especializado”, orienta Marcelo Condé, ginecologista.
Qual é a frequência ideal para usar sabonete íntimo?
A maioria deles promete higienização, regular o pH e odor agradável. Então, antes de comprar um sabonete íntimo, deve-se entender qual a função dele e se realmente você necessita utilizá-lo.
Caso você não abra mão dele, inclua o produto na rotina duas vezes por semana e, nos outros dias, lave com sabonete neutro. Dessa maneira, é possível equilibrar o pH vaginal, o que evita a proliferação de bactérias e o desenvolvimento de infecções, odores indesejáveis, corrimentos, lesões vaginais e na vulva, além de doenças graves.
Outro hábito que você deve deixar de lado é a ducha higiênica – essa não deve fazer parte da sua rotina. Isso porque acaba removendo a camada lipídica (gordura) protetora da pele da vulva e a secreção natural da vagina. Ou seja, são retirados todos os mecanismos naturais de defesa, o que pode gerar o crescimento de germes oportunistas e maléficos.