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Agora não é mais preciso ficar 12h em jejum para fazer exame de colesterol

Três entidades brasileiras se posicionaram a favor do fim dessa prática

Por Redação Boa Forma
12 out 2016, 10h56

Para muitas pessoas, o período de 12 horas em jejum necessário para aferir as taxas de colesterol no sangue é sempre uma tortura. Se você faz parte desse time, as notícias são boas: essa prática não será mais seguida nos laboratórios brasileiros. Após dias de discussão, três entidades de saúde do país – a sociedade Brasileira de Cardiologia, a de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial e a de Análises Clínicas – se posicionaram contra essa prescrição, o que a invalida.

Segundo uma reportagem publicada no site da revista VEJA, a partir de agora, as unidades de diagnóstico poderão coletar amostras sanguíneas das lipoproteínas (colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos) mesmo se o paciente tiver se alimentado algumas horas antes do procedimento. A exceção são aqueles com triglicérides acima de 440 mg/dL, que ainda deverão jejuar para fazer o exame.

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A decisão foi tomada com base em estudos recentes, que constataram que comer antes de medir as taxas de colesterol não interfere nos resultados. Aliás, tantas horas em jejum pode até mascarar problemas de saúde. Em entrevista a VEJA, a cardiologista e coordenadora de Prevenção Cardiovascular para Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Tânia Martinez, explicou que, depois de muito tempo sem se alimentar, os níveis de triglicérides caem, o que pode esconder lipoproteínas não metabolizadas, ligadas a doenças cardiovasculares.

Com essa nova conduta, o Brasil se adequa a diretrizes já seguidas na Europa, estabelecidas pela Federação Europeia de Química Clínica e Medicina Laboratorial e pela Sociedade Europeia de Aterosclerose. 

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