Boa Forma Experimenta: Air Yoga

O fitness aéreo é um exercício que poucos podem dizer que realmente experimentaram. E eu entendo: ficar pendurado de cabeça para baixo confiando que um tecido vai te segurar pode parecer assustador. Mas, os benefícios fazem valer a pena sair da sua zona de conforto. Eu fiz isso experimentando a Air Yoga.

Se trata de uma modalidade praticada com auxílio de uma rede suspensa no teto. Ao contrário da ioga tradicional, que se concentra especificamente em, bem, ioga, o condicionamento físico aéreo também incorpora elementos de outros exercícios – tudo isso enquanto trabalha para desafiar a gravidade.

Mas isso não significa que não haja trabalho no chão. Uma parte da aula vai ser feita totalmente suspensa pelo tecido enquanto outra utiliza do acessório para intensificar as poses de ioga que conhecemos.

BENEFÍCIOS DO AIR YOGA

• Aprofunda alongamentos;
• Alivia a pressão nas articulações e a compressão da coluna vertebral que os exercícios de solo podem desencadear;
• Libera a tensão;
• Aumenta o equilíbrio e a propriocepção (consciência corporal);
• Aumenta a força do abdômen;
• Melhora a percepção da respiração;
• Te dá acesso mais fácil às posturas invertidas;
• Libera endorfinas.

Como você pode ver, existem diversos acréscimos positivos de se praticar Air Yoga, mas possivelmente o mais notável é o fato de que ficar suspenso no ar de alguma forma oferece uma sensação de segurança difícil de igualar. Em determinado momento, é como se você estivesse em um casulo e isso é surpreendentemente reconfortante. 

CONTRAINDICAÇÕES

Vale o alerta de que pessoas com glaucoma, hipertensão, hipotensão não controlada, problemas cardíacos ou que passaram por cirurgias recentes não devem praticar air yoga. Gestantes e mulheres em período menstrual devem evitar a aula também, assim como pessoas que sofrem com congestionamentos nasal com muito catarro. Consulte o seu médico antes de iniciar a prática.

EXPERIMENTAMOS: AIR YOGA

Eu experimentei na academia Competition, através do Gympass.

Primeiro de tudo, já vou te falar: se você pensa que inversões estão no topo da lista de exercícios dessa aula, pense de novo.

A primeira coisa que você deve fazer é se familiarizar com o tecido. Isso porque muita gente acha que a ideia é soltar o peso por completo nele mas, como a professora mostrou, me instruindo a colocar apenas uma perna nela e movimentar, se você não mantiver a maior parte do seu peso corporal na perna de apoio (e não na suspensa), você perde o equilíbrio.

Depois desse reconhecimento, o tecido funciona como um acessório complementar à ioga tradicional, as posições de cachorro olhando para baixo, guerreiro I, guerreiro II e muitas outras são praticadas lentamente na aula adicionando um elemento mais desafiador. Por exemplo, durante a postura de Guerreiro II, uma das pernas fica em cima do tecido enquanto a outra está no chão. Isso faz como que você precise desenvolver ainda mais equilíbrio, que o alongamento fique mais intenso, e que o abdômen fique realmente contraído — coisa que muitos esquecem de fazer na Ioga tradicional.

Para uma pessoa como eu, que não tem familiaridade com a ioga em nenhuma de suas formas, eu achei essa parte da aula bastante desafiadora.

Depois vem a parte divertida que você (e eu também, confesso) estava esperando: a de ficar pendurada no tecido.

A instrutora te orienta para que você fique na posição correta de ponta cabeça no tecido ao mesmo tempo em que o seu quadril é totalmente apoiado por ele. Isso faz com que as vertebras fiquem soltas livres de qualquer peso e dá uma sensação de relaxamento.

Depois, para a finalização da aula, você deita o corpo completamente dentro do tecido (que abre e fica como um casulo). São 5 minutos em que a professora te instrui a fazer uma meditação de escaneamento, soltando cada parte do corpo uma por uma.

Para um dia corrido e agitado típico do fim de ano e em meio a diversas preocupações que estou tendo que enfrentar, devo dizer que finalizar meu dia com um treino intenso (você realmente sente o trabalho dos músculos), que te leva a ficar no momento (e não pensar nos afazeres de amanhã) e, de quebra, te instrui em uma meditação para relaxar ao final era tudo que eu precisava.

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