Xixi e suor presentes em piscinas podem comprometer sua saúde

De acordo com estudo canadense, ao interagir com produtos químicos presentes na água, esses materiais se tornam perigosos

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 21 out 2024, 17h45 - Publicado em 3 mar 2017, 16h03
Chinelos na beira da piscina
 (grinvalds/Thinkstock/Getty Images)
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A gente ama ir à piscina, mas não tem jeito: quando ela é compartilhada com muitas pessoas, o risco de a água estar cheia de suor e xixi é grande. Todo mundo sabe disso, mas na hora do calor o que importa é se refrescar e curtir com os amigos e a família.

Porém, muitos não sabem que, em altas concentrações, esses fluidos corporais interagem com os produtos químicos da piscina formando uma combinação perigosa. O alerta vem de um novo estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, publicado no último dia 2 de março no periódico científico Environmental Science & Technology Letters.

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Os cientistas canadenses decidiram fazer a investigação após o episódio da Olimpíada do Rio, em 2016, em que a água de uma das piscinas do Parque Aquático Maria Lenk ficou esverdeada por causa do uso indevido de peróxido de hidrogênio. Até que descobrissem a origem do problema, houve muita especulação do que havia causado a mudança de cor – e o xixi era uma hipótese.

Para o levantamento, os estudiosos coletaram mais de 250 amostras de água de 31 piscinas, banheiras e ofurôs de duas cidades canadenses. Nos resultados, eles viram que uma piscina de 830 mil litros (um terço de uma piscina olímpica) tinha 75 litros de urina; já uma versão menor (metade da primeira) apresentava 30 litros.

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Os experts mediram a quantidade de xixi a partir das concentrações de uma substância chamada acesulfame-K (ACE), um adoçante artificial presente em alimentos processados e que é eliminado pela urina e, por isso, serve como um marcador do líquido produzido pelo nosso corpo. Eles analisaram o conteúdo das piscinas ao longo de três semanas e encontraram 570 vezes mais ACE do que em uma torneira comum.

Ligações perigosas

Tanta urina na água não é só nojento – é perigoso também. Os autores do artigo alertam que, na piscina, materiais como xixi e suor reagem com desinfetantes e formam compostos que podem causar, entre outras coisas, irritação nos olhos e problemas respiratórios.

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A preocupação é ainda maior em piscinas cobertas. Além de não receberem a luz do sol, que quebra as substâncias nocivas, elas formam um ambiente propício para que esses compostos fiquem pairando no ar, gerando encrencas a quem sofre com asma, por exemplo.

O que fazer?

“Nunca mais entro em uma piscina”, você deve estar pensando. Apesar de a melhor solução seria evitar entrar nelas, sabemos que isso não vai acontecer. Solução? Em entrevista à radio americana NPR, a líder do estudo, Xing-Fang, afirmou que tomar uma ducha de 1 minuto depois de entrar na água já ajuda a remover da pele os elementos perigosos. Então, partiu dar um mergulho?

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