A corrida livrou Nathalia de uma vez por todas do efeito sanfona

A consultora de vendas Nathalia Schmal, de 28 anos, achou na corrida uma inspiração para mudar seu estilo de vida e nunca mais ter que treinar por obrigação

Por Julia Carneiro (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 19h25 - Publicado em 29 Maio 2015, 11h06
Chris Parente
Chris Parente (/)
Continua após publicidade

Desde cedo, minha mãe me acostumou a comer de tudo e em grande quantidade, sem frescura. Na escola, eu era aquela criança que pegava o lanche que sobrava dos coleguinhas. Meu primeiro problema com o excesso de peso foi na pré-adolescência. Eu quis fazer ginástica olímpica, mas na hora de executar os movimentos minha barriguinha atrapalhava e acabei desistindo. Um pouco mais mocinha, comecei a me importar mais com a aparência e resolvi apostar em dietas milagrosas – achava mais fácil do que malhar. E elas até adiantavam por um tempo, mas era só voltar a comer normalmente que os quilos voltavam. Vivi no efeito sanfona durante anos. Emagreci tomando remédios contraindicados e sofri todos os piores efeitos colaterais possíveis, de dores a depressão. Até que comecei a namorar meu atual marido. Ele é surfsta, pratica luta e é adepto do estilo de vida saudável. Isso, aos poucos, me fez repensar o meu lifestyle.

Em 2011, fizemos uma viagem de um mês para a Califórnia. Lá eu comi sem medo de ser feliz! Resultado: voltei para o Brasil pesando 75 quilos (nunca havia chegado a tanto). E o choque maior ainda estava por vir. No início de 2012, fui madrinha de um casamento e, na prova do vestido, a costureira teve que tirar o zíper das costas e colocar um laço no lugar para conseguir fechar. Foi muito frustrante. Em seguida, outro susto: descobri que o nível do meu colesterol (já elevado na família) estava  ainda mais alto. O médico disse que, se eu quisesse viver sem remédios, teria que me mexer. Logo fui pesquisar sobre maneiras de emagrecer e o resultado mais recorrente era: corrida. Resolvi tentar. Iniciei na esteira, colocava uma música animada e apertava o passo só no refrão. Olhava a mulherada correndo de top no parque e achava muito distante da minha realidade. Até que um dia criei coragem e fui para a rua. Ainda no mesmo ano, realizei minha primeira prova de 5K e a emoção de cruzar a linha de chegada foi indescritível. E, para a minha surpresa, não consegui mais parar. Em 2013, entrei em uma assessoria de corrida no Parque Ibirapuera. Ia três vezes por semana e lá variávamos entre exercícios funcionais e corridas. Conforme fui me envolvendo com a atividade física, me dei conta de que precisava procurar uma nutricionista para me reeducar, afinal, de nada adiantava me dedicar ao esporte e deixar a alimentação de lado. Também passei a incluir a musculação na minha rotina de exercícios para fortalecer o meu corpo e diminuir o risco de lesões. No ano seguinte, decidi me dar um novo desafo: correr 10K. Em março, eu completei uma prova de 8K e, em abril, eu e meu marido fizemos juntos os 10K.

Recentemente, passei férias no Rio de Janeiro e realizei algo inédito para mim: corri de top! Igual àquelas mulheres que eu vi há anos, quando pensava que jamais seria como elas. Eu me senti realizada. Agora, meu próximo desafio é completar a minha primeira meia maratona (21K). Atualmente, estou com 58 quilos e ótima. Não quero emagrecer mais. No começo da semana, eu faço um planejamento e levo sempre minha lancheira com comidinhas rápidas, garrafa de água e tênis no carro. Aprendi que para tudo se dá um jeito. Basta força de vontade. A corrida, cada dia mais, é parte da minha rotina. Tenho certeza de que achei o que realmente me faz feliz e adiciona na minha vida. E confesso: como sem culpa algumas delícias no fnal de semana. O melhor foi perceber que nunca vou treinar por obrigação e isso me dá prazer em continuar.


Um passo de cada vez 

Continua após a publicidade

INÍCIO 
No começo, eu saía correndo sem nenhuma orientação. Comecei na esteira, ouvindo música e trotando no refrão. Não me preocupava em me alimentar bem, ou seja, meu preparo físico até melhorou, mas o ponteiro da balança não mexia. Não fazia alongamento e nem usava tênis específicos – perigoso, pois corri riscos de me machucar.

AGORA
Treino com assessoria de corrida, em média três vezes na semana, mais os treinos longos no final de semana, com percursos diversos (subidas, leves, rápidos, trotes e velocidade) e circuito funcional. Trabalho no fortalecimento muscular para evitar lesões e fiz teste de pisada para escolha do tênis ideal para mim. Mantenho uma alimentação balanceada aliada à suplementação (de acordo com orientação da nutricionista) e, desse jeito, consigo conciliar saúde com boa forma.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.