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Caspa: 12 dúvidas respondidas para você se livrar do problema

Um alento para quem desistiu de vestir preto por causa dos embaraços: é possível controlar a poeirinha chata que cai na roupa. Confira as novidades em tratamento e prevenção, além dos hábitos que valem ser mudados para driblar a caspa.

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 26 out 2016, 10h44 - Publicado em 9 set 2014, 22h00

Invista em produtos específicos e uma visita ao dermatologista para tratar a caspa.
Foto: iStock/ thinkstock/Getty Images

 

1· O que é caspa?
 
“São partículas formadas por células mortas que se descamam do couro cabeludo quando o ritmo de renovação da pele está acelerado”, explica Juliana Neiva, dermatologista do Rio de Janeiro. Com frequência, a caspa é uma das manifestações da dermatite seborreica, inflamação da pele em áreas com maior concentração de glândulas sebáceas. Além do couro cabeludo, pode atingir sobrancelhas, maçã do rosto, orelhas e contorno do nariz, provocando ardor, coceira, vermelhidão, feridas e queda de cabelo. Cerca de 40% dos brasileiros têm caspa, tanto homens quanto mulheres. Mas neles o quadro tende a ser mais intenso.
 
 
2·  Tem a ver com falta de higiene?
 
Isso é mito. A causa é genética, mas fatores hormonais, stress e mudança do clima podem desencadear e agravar a caspa, que não é contagiosa. Nessas condições, é comum o aumento na produção de óleo pelas glândulas sebáceas, o que leva à proliferação do fungo Malassezia (antes chamado de Pityrosporum). Presente na pele de 90% das pessoas, em excesso promove inflamação e descamação.
 

3· É verdade que existe caspa seca e oleosa?

R. Sim. A primeira é fina, branca, pequena, desprende-se do couro cabeludo ressecado e cai como flocos de neve sobre os ombros e as costas. Já a segunda é maior, mais espessa, amarelada e fica aderida à pele, cercada por fios de cabelo engordurados na altura da raiz.
 

4· Piora no inverno?

A caspa pode incomodar o ano todo, mas no frio costuma ser mais acentuada. Para evitar que a pele resseque devido à baixa umidade do ar, as glândulas sebáceas aumentam a produção de óleo. “Os banhos quentes e demorados removem a oleosidade do couro cabeludo, estimulando essas glândulas a trabalhar ainda mais”, avisa Angélica Pimenta, dermatologista de São Paulo. Nessa época, também abusa-se mais de carboidratos e alimentos gordurosos, que favorecem a formação dos odiados flocos.
 

5· Chapinha e secador são aliados ou vilões?

“Ambos aumentam a desidratação dos fios de cabelo, por isso convém protegê-los com produtos termoativados”, diz a dermatologista carioca. Mesmo assim é melhor usar o secador (numa temperatura mais amena) para remover o excesso de água do que deixar o cabelo secar naturalmente. Horas com o couro cabeludo úmido e quente oferecem o habitat ideal para o fungo. Dormir com ele molhado, então, nem pensar! A caspa pode piorar muito! Quanto à chapinha, não a utilize com os fios molhados nem a aproxime demais do couro cabeludo.
 
 
 
6· E quanto aos tratamentos químicos?

Alguns podem ser prejudiciais, caso da escova progressiva com formol. “Essa substância enfraquece a pele do couro cabeludo e pode acentuar a descamação”, alerta Juliana.
 
 
Caspa: 12 dúvidas respondidas para você se livrar do problema

Se você tem caspa, evite fazer progressiva, que pode aumentar o problema.
Foto: iStock/Thinkstock/Getty Images

Continuação da matéria.

 

7· Existe cura para a caspa?

Não. Mas a descamação pode ser controlada. O tratamento atua em três frentes: normalizar a produção de óleo pelas glândulas sebáceas, diminuir a proliferação do fungo e remover as escamas acumuladas. Para isso, recomenda-se o uso diário de xampus contendo ativos como piritionato de zinco (anti-inflamatório e antifúngico), ácido salicílico (colabora na renovação das células mortas) e cetoconazol (antifúngico). Às vezes, são prescritas loções tópicas contendo esses ativos. Em quadros mais intensos e persistentes, pode haver a indicação de anti-inflamatórios e antifúngicos por via oral.
 

8· Esses xampus ainda cheiram mal e ressecam os fios?

As formulações evoluíram. Os modernos anticaspas têm fragrâncias mais agradáveis e já fornecem ativos hidratantes, como alantoína, alfa bisabolol, ácido hialurônico e ceramidas. Alguns desses produtos incluem antioxidantes, como o chá verde, que ajudam a combater a irritação e fortalecer a pele do couro cabeludo. Procure esses ingredientes na embalagem. Essências mentoladas proporcionam o alívio da coceira.
 

9· Convém usar esfoliante para couro cabeludo?

O produto não é indicado para quem tem caspa. “Pode irritar a pele que já esteja sensível e agravar o quadro”, adverte Juliana Neiva.
 

10· O jeito de lavar a cabeça faz diferença?

“Use água morna ou fria mesmo no inverno”, orienta Angélica Pimenta. Após aplicar o xampu, faça uma massagem suave no couro cabeludo com a ponta dos dedos para ativar a circulação e ajudar na penetração do ativo. Mas nada de friccionar ou esfregar com as unhas (estimula a produção de sebo). Enxague bem o cabelo para tirar os resíduos do couro cabeludo. O acúmulo de condicionador, em especial, favorece a descamação. Aplique o condicionador e o leave-in do meio para as pontas, e nunca na raiz.
 

11· Laser pode ajudar?

Sim, nos casos mais resistentes, agora se aplica no couro cabeludo o laser de diodo, conhecido pela sigla em inglês LED. Tem baixa intensidade e emite luz azul, que tem ação anti-inflamatória. São previstas 12 sessões, realizadas duas vezes por semana.
 
 
12· É possível prevenir o aparecimento?

Sim, investindo em uma vida saudável e uma alimentação balanceada (restrinja frituras, bacon, embutidos e molhos gordurosos), além de evitar banhos e secadores muito quentes, escolhendo xampu adequado ao seu tipo de cabelo e descobrindo formas de lidar com o stress para que ele não venha a se manifestar na pele. “A caspa é uma alteração crônica que está sempre rondando”, avisa Juliana. Ao menor sinal, inicie o combate. Não espere aumentar.
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