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Como pôr fim à queda de cabelo

Descubra as causas da queda, o que é mito ou verdade e, claro, veja como se livrar do problema.

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 19h18 - Publicado em 26 jul 2014, 22h00
Cristina Nabuco - Edição: MdeMulher
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Foto: Gustavo Arrais

Assustada com a quantidade de fios que aparecem na escova, no chão do banheiro, no travesseiro e no banco do carro? Antes de se desesperar, conheça os mitos que cercam o assunto, as causas do problema, como consertar o estrago e o que você pode (e deve!) fazer para defender seus cabelo.
Como saber quando a queda está exagerada?
O normal é caírem até 100 fios de cabelo por dia, avisa a dermatologista carioca Karla Assed, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology. Não é preciso contar, mas observe se eles estão aparecendo em todo lugar da casa, no travesseiro, no carro e, principalmente, se começam a surgir leves falhas no couro cabeludo (a chamada rarefação capilar progressiva). Nesse caso, procure um dermatologista para avaliar o quadro e orientar o melhor tratamento.
Quais são as causas?
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Várias. Predisposição genética, oleosidade excessiva do couro cabeludo, doenças que afetam a área, como dermatite seborreica (que pode se manifestar na forma de caspa) e psoríase, ou o corpo todo, como anemia, distúrbios da tireoide e câncer. Alterações hormonais também podem prejudicar o cabelo, assim como perda de peso radical e stress. “A tensão aumenta a oleosidade do couro cabeludo”, diz a dermatologista. O clima também conta: No inverno, por causa da água quente do banho e da desidratação natural, a perda de fios pode piorar.
A alimentação interfere?
Sim. A anemia por falta de ferro é uma das causas mais importantes de queda de cabelo. Além do sangramento menstrual exagerado, outra explicação comum para ela é a má ingestão de alimentos ricos no mineral: fígado, carne vermelha, frango, peixe, ostra e frutos do mar. Leguminosas (feijão, lentilha) e vegetais de folhas verde-escuras também fornecem ferro, mas a absorção é difícil. Quem vive de dieta é mais vulnerável, pois, às vezes, falta critério na hora de excluir os alimentos do cardápio.
Pentear o cabelo molhado acelera a queda?
Sim, ele fica frágil quando úmido e, ao desembaraçá-lo, a tendência é puxar os fios e quebrá-los. O trauma pode afetar a raiz, ocasionando a queda, informa a dermatologista. Também corre esse risco quem vive com o cabelo preso, sobretudo se essa tração for muito forte. Para evitar problemas, não penteie o cabelo no chuveiro. Seque-o com uma toalha e, só depois então desembarace com um pente de dentes largos, começando o movimento pelas pontas. Prenda o cabelo apenas quando estiver seco e, se possível, não todo dia, nem por muito tempo.
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Dormir com o cabelo molhado faz mal?
É melhor rever essa prática. Mais fragilizados, os fios úmidos quebram facilmente com o atrito do travesseiro. Já o couro cabeludo fica abafado, demorando mais para secar totalmente. Isso favorece a proliferação de fungos e o aparecimento de caspa e outras doenças que levam à queda.
Lavar o cabelo todos os dias ajuda ou atrapalha?
Não causa queda. A menos que você seja adepta de banhos fervendo. Água muito quente estimula a oleosidade do couro cabeludo. Portanto, mesmo no inverno, prefira água morna.
Xampus antiqueda à venda nas farmácias resolvem?
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Um teste feito pelo laboratório Kosmoscience – consultoria e assessoria técnica em cosméticos – mostrou que as oito marcas avaliadas evitam no máximo a queda de 86 fios por mês e, geralmente, provocadas por tração (agressão externa). Assim, se você estiver com uma queda de cabelo grave, é melhor procurar um dermatologista para identificar e tratar a adequadamente a causa.
Como é o tratamento?
Em geral, os dermatologistas indicam xampus específicos e loções de aplicação no couro cabeludo. “Se antes ressecavam os fios, agora esses xampus vêm associados a substâncias hidratantes”, esclarece a dermatologista. Também podem ser recomendados suplementos por via oral à base de ferro, zinco, magnésio, ômega 3, groselha negra e licopeno, que estimulam o crescimento dos fios.
E se as falhas já são evidentes?
Há opções de tratamento no consultório. Na terapia capilar associada ao laser (TCL), o poder de ação de xampus medicinais e fórmulas específicas é potencializado pela aplicação desses raios luminosos. Se os fios estão muito fragilizados, quebradiços e ressecados, recorre-se à ozonioterapia, técnica à base de água mineral em que medicamentos são transformados em nanopartículas para facilitar a absorção. A aplicação posterior de laser intensifica seu efeito. Segundo a dermatologista, essa tecnologia de ponta recupera rapidamente a saúde do cabelo.
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Qual é o principal cuidado para prevenir novas quedas?
Karla Assed é taxativa: “Procurar tratamento assim que perceber a perda excessiva de fios. E não usar qualquer produto por conta própria”.
Aparar as pontas com frequência fortalece os fios?
Apesar de bastante difundida, essa crença não tem nenhum fundamento. O corte elimina pontas duplas e áreas danificadas ou ressacadas, garantindo um toque mais macio e um aspecto de cabelo saudável. Mas não influencia no ritmo de crescimento do fio, que gira em torno de um centímetro por mês.
Cortar na lua crescente ajuda o cabelo a crescer?
“Também não existem estudos científicos comprovando essa teoria”, comenta a dermatologista. “Mas muita gente diz que dá certo”. Então, se você quiser experimentar, vá em frente: mal não faz.
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