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Lipocavitação: 8 dúvidas sobre o tratamento contra a gordura localizada

A lipocavitação é um dos tratamentos mais procurados nas clínicas de estética. A promessa é combater a gordura localizada, diminuindo medidas e modelando o corpo. Entenda como funciona e o que esperar do equipamento

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 out 2024, 19h19 - Publicado em 7 jul 2014, 22h00
Por Carol Salles
Por Carol Salles  (/)
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1. O que é exatamente lipocavitação?

O termo, também conhecido como ultracavitação, ou apenas cavitação, é o mecanismo pelo qual alguns tipos de ultrassom destroem as células de gordura. Funciona da seguinte maneira: o aparelho de ultrassom emite uma onda sonora inaudível capaz de penetrar na pele e chegar até os adipócitos (células de gordura). “Ela age como o tremor de um terremoto nas células. Essa agitação, que é a chamada cavitação, causa um dano físico nas células, que se quebram e liberam a gordura do seu interior”, explica o dermatologista Jardis Volpe, de São Paulo. Quando a membrana é rompida, a gordura (ou triglicerídeo, o conteúdo dessa célula) se divide em outras duas substâncias: ácidos graxos livres e glicerol. “Esse último se converte em água, sendo eliminado normalmente pelo organismo. O ácido graxo livre, por sua vez, é reaproveitado pelo corpo como energia”, explica o médico.

 

2. Há risco para a saúde?

Não, desde que o tratamento seja feito conforme o protocolo e numa clínica confiável. Mas um possível aumento do colesterol é sempre questionado nesse tipo de procedimento. Como explicado acima, quando ocorre a quebra da molécula de gordura, ela se divide em duas substâncias. “O ácido graxo livre, que poderia causar um aumento do colesterol, não cai na corrente sanguínea. Ele é transportado via sistema linfático para o fígado ou para outras células, onde são reaproveitados pelo organismo como energia”, explica Jardis Volpi.

 

3. Todos os equipamentos de ultrassom são iguais?

Não. Para que ocorra a cavitação, é preciso que o aparelho trabalhe em determinada frequência de onda: de 20 a 70 quilohertz. Alguns operam com ondas em frequências mais altas (medidas em megahertz) e, por isso, não têm a capacidade de romper as células de gordura de forma efetiva. Nesses casos, apenas a água do interior dos adipócitos é liberada. “Esse tipo de ultrassom diminui o tamanho da célula. Então, pode até acontecer a perda de medidas, mas causada pela perda de água, e não de gordura”, explica a dermatologista Juliana Carnevale, do Rio de Janeiro. Alguns exemplos de ultrassons que fazem, de fato, a cavitação são o Accent Ultra, o Ultrashape, o Power Shape e o Galeno Sculptor. Manthus e Heccus não fazem a lipocavitação.

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4. Quem pode fazer o tratamento? 

A lipocavitação remodela o contorno do corpo e ajuda a diminuir a gordura localizada. Por isso, é indicada para quem está no peso ideal, que tenha um sobrepeso leve ou focos de gordura. “Não recomendo o tratamento nos braços, pois pode causar flacidez”, alerta o dermatologista Abdo Salomão, de São Paulo. O método não serve para mulheres que desejam emagrecer mais de 5 quilos, pois não há perda de peso, apenas medidas. Gestantes e portadoras de marca-passo não devem fazer.

 

5. O método substitui a lipoaspiração?

Claro que não. Embora a lipocavitação proporcione a diminuição real de medidas, não retira a mesma quantidade de gordura de uma lipo, que, vale lembrar, é uma cirurgia plástica e, portanto, tem um pré e um pós-operatório muito mais delicado. Na lipocavitação, não há dor nem período de recuperação. Mas o resultado do tratamento não pode ser antecipado e varia para cada mulher. Ingrid Peres, fisioterapeuta dermatofuncional da rede de clínicas de estética Onodera, estima a perda de 5 centímetros na circunferência em cerca de cinco sessões. A recomendação é de seis a oito sessões, uma por semana.

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6. Precisa fazer drenagem linfática depois? E exercícios?

Segundo os dermatologistas, a lipocavitação dá resultado mesmo sem a massagem. No entanto, a drenagem ajuda a potencializar o efeito. A grande maioria dos pacotes com lipocavitação inclui uma drenagem manual ou mecânica. Alguns médicos também adicionam a endermologia (uma massagem feita a vácuo) ao combo. A dupla alimentação equilibrada e atividade física regular é fundamental em qualquer tratamento estético. Não adianta investir fortunas numa máquina que combata a gordura localizada e exagerar na batata frita ou cair de boca no chocolate. É dinheiro indo pelo ralo! Sobre exercícios, vale a pena, pelo menos, caminhar 30 minutos três vezes por semana para queimar a energia liberada quando a célula de gordura é rompida.

 

7. Quais cuidados devo tomar ao comprar um pacote?

A medida de segurança principal é escolher bem a clínica. A procura pela lipocavitação está em alta na internet e, por isso, alguns locais pouco éticos podem se aproveitar da boa fé das clientes e usar aparelhos de qualidade inferior, que vão demandar número maior de sessões (logo, você gastará mais dinheiro) ou que talvez nem atinjam o resultado. Isso sem falar dos equipamentos de ultrassom que não fazem a cavitação, mas são vendidos como tal. Para não cair em cilada, a saída é sempre seguir a recomendação de amigas, procurar pelas grandes redes de clínica de estética ou por uma que seja dirigida por um dermatologista filiado à Sociedade Brasileira de Dermatologia. Por não ser invasivo, o tratamento pode ser feito por um fisioterapeuta (e não necessariamente pelo médico). Ainda assim, o profissional deve ter experiência para operar o aparelho.

 

8. Qual é o preço médio?

Entre R$ 600 e  R$ 800, cada sessão. Imaginando que serão necessárias cerca de oito, você irá gastar a média de 4,8 mil reais – sim, é bastante dinheiro, por isso, pense bem na relação custo/benefício! Algumas clínicas oferecem pacotes por valores menores, mas desconfie sempre se a oferta for imperdível (especialmente nas compras coletivas da internet). De fato, o tratamento não é barato e, caso decida investir numa superpromoção, certifique-se de que não esteja levando gato por lebre.

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