Continua após publicidade

Peelings que combatem acne, cravos e manchas

Veja as combinações de peeling para deixar sua pele mais uniforme

Por Gislene Pereira
31 Maio 2021, 09h00

Parece até mágica: a dermatologista passa um ácido em nosso rosto e, em 48 horas, a pele já está descamando. Mais cinco dias e lá está um rosto luminoso e livre de cravos e manchas. “O peeling ajuda a acelerar o processo de renovação celular”, diz a dermatologista Aline Cruz Dias, de São Paulo. Naturalmente, essa troca levaria longos 21 dias para acontecer!

Se você não tem paciência para esperar esse tempo todo, fique ligada: na maioria das vezes, os médicos optam pelo peeling superficial, que descama a epiderme (camada externa da pele) com o uso de ácidos ou de aparelhos de esfoliação. “Nesse último caso, costumamos utilizar uma ponteira de diamante, que é mais delicada, ou uma de cristal, que permite intensificar a pressão”, explica a dermatologista paulista Silvia Zimbres.

Dependendo do objetivo, o peeling ainda pode ser associado a outros procedimentos estéticos. Esses combos, indicados pelo médico, ajudam a otimizar o resultado.

O peeling é indicado para minha pele?

Não existem restrições para as peles claras. Já as negras e morenas precisam ter cuidado com o peeling médio. “Como elas possuem uma maior concentração de melanina, os tratamentos mais agressivos podem causar manchas devido à inflamação”, diz a dermatologista Giana Campoi. Áreas com feridas (como herpes) devem ficar longe de qualquer peeling.

Se sua pele tem acne

Tente o filtro: peeling de ácidos retinoico e salicílico + limpeza de pele
Os cravinhos escuros só vão sumir com a extração manual, não tem jeito. “Mas, para eliminar comedões fechados, que são aqueles caroços embaixo da pele, vale incluir um peeling no tratamento”, recomenda Adriana Benito, médica especialista da Clinica Senses, em São Paulo.

Pode ser com ácido retinoico ou salicílico. No caso das espinhas, combine os dois. “O salicílico combate a hiperqueratinização, regula a oleosidade da pele e tem ação antimicrobiana”, diz a dermatologista Flávia Novis, do Rio de Janeiro. O ácido retinoico, por sua vez, é derivado da vitamina A e costuma ser o mais usado (em concentração de 1 a 5%) para esfoliar a pele e estimular a produção de colágeno.

Continua após a publicidade

Se sua pele tem mancha

Tente os filtros: ácido retinoico + agentes clareadores / peeling superficial + ATA
Você é daquelas que adoram ficar estendidas sob o sol e só percebem o erro que cometeram quando aparecem as primeiras manchinhas? Ok, não dá para voltar no tempo, mas o uso do peeling com ácido retinoico e de agentes clareadores pode ajudá-la a reverter o passado. E o mesmo vale para melasmas. “Essa combinação inibe todas as vias de formação da melanina e descama a pela já pigmentada”, explica Vivien Yamada, da clínica VY Dermatologia e Estética, em São Paulo.

Outra opção é associar um peeling superficial (como os alfa-hidroxiácidos, que incluem ácido glicólico e lático) com o ácido tricloacético (ATA), que atinge a derme (camada intermediária da pele). “Colocamos o ATA somente em cima das manchas”, diz Silvia. Ela alerta que, no caso de melasmas, os peelings mais profundos são contraindicados. “Para funcionar, precisamos fazer um tratamento gradual e progressivo porque a causa pode ser hormonal ou genética, o que envolve células de memória.”

Se sua pele tem cicatrizes de acne e rugas

O peeling pode ser usado para disfarçar cicatrizes de acne e rugas, mas não é o melhor tratamento para o problema. Para esses casos, as dermatologistas indicam lasers que estimulam a produção de colágeno, como o CO2. “Já quem não quer pagar por esses tratamentos mais caros ou tem a pele escura pode optar pelo peeling médio com ácido de jessner e ácido tricloacético (ATA)”, diz Silvia, que explica que o primeiro tem a função de abrir caminho para a ação do segundo. Alerta: a recuperação leva 15 dias e, na primeira semana, a descamação fica grossa e amarronzada.

A unanimidade entre os médicos é que o peeling profundo – ainda mais agressivo – não vale mais a pena. “O tratamento exige monitoramento cardíaco, por causa do fenol utilizado, sala cirúrgica e sedação”, explica Silvia. O custo também não compensa, já que tudo chega a sair por cerca de R$ 3 000 (o peeling superficial varia entre R$ 300 e 500).

Faça sua parte

A falta de cuidados pode colocar em risco o resultado desejado (pense em manchas e alergias!). Para que isso não ocorra, siga estas regrinhas:

Antes
1. Sempre use protetor solar. Sabemos que você nunca se esquece dele, né?

Continua após a publicidade

2. Aposte nos produtos clareadores. Eles inativam as células produtoras de melanina.

Depois
1. Reaplique o filtro solar três vezes ao dia. A retirada da camada externa da pele deixa as células produtoras de melanina mais expostas, o que favorece manchas.

2. Dê um tempo no make. Você até pode usá-lo logo após o peeling superficial (no caso do médio, o prazo é de dois dias). Mas o melhor para disfarçar a descamação é hidratar. E nem pense em puxar as pontinhas.

3. Abuse de águas termais. “Elas têm efeito calmante e inibem inflamações”, recomenda a dermatologista Flávia Novis, do Rio de Janeiro.

Texto originalmente publicado em agosto de 2015.

Publicidade