Fotona X Ultraformer para o rosto: qual a diferença?

Como escolher entre as tecnologias quando as propagandas parecem ser iguais?

Por Juliana Vaz
Atualizado em 21 out 2024, 16h34 - Publicado em 2 out 2022, 13h09
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 (ShenderDiana/Thinkstock/Getty Images)
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Na busca pelas tecnologias disponíveis que ajudem suavizar as marcas de expressão de um rosto que se aproxima dos 40 anos, me deparei com zilhões de procedimentos que prometem tudo o que desejo. Mas são tão diversas possibilidades de procedimentos estéticos e combinações, marcas e equipamentos que mesmo cobrindo a área da beleza há alguns anos, me senti confusa: qual a diferença do laser Fotona e do ultrassom Ultraformer?

Embora o melhor cenário seja associar os tratamentos para obter resultados ainda melhores, às vezes é preciso escolher o que investir primeiro.

ULTRASSOM X LASER: QUAL A DIFERENÇA?

“O Ultrassom vai tratar a profundidade da pele, desde a parte muscular, estimulando o colágeno e reposicionando estruturas. Já o laser vai tratar a superfície da pele melhorando a cor, sua qualidade, textura, manchas, rugas finas”, explica Fernanda Porphirio, dermatologista da clínica Vanité, de São Paulo.

COMO O LASER AGE

Rafael Soares, dermatologista no Instituto Rafael Soares, também de São Paulo, explica de forma mais técnica que “o laser é uma amplificação de luz que age especificamente em alguma substância, que tenha relação direta com o comprimento de onda desse laser. Por exemplo, o laser ND: YAG, tem uma afinidade principalmente com pigmentos escuros e com hemoglobina (tons vermelhos), então é possível tratar vasinhos e manchas de pele com ele.”

Mas, dependendo de como a máquina é configurada, ou do tipo de laser (sim, existem vários), ele também pode fazer uma contração dos tecidos e melhorar a flacidez, dependendo da intensidade do tratamento e da região que é aplicado.

“Os lasers fracionados como o Erbium do Fotona vão fazer micro zonas de lesão térmica que irão estimular uma regeneração tecidual e com isso a melhora do tecido adjacente, com estímulo de colágeno, inclusive”, diz Fernanda.

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Por isso que muitas vezes as propagandas que falam de laser, também relacionam a tecnologia com o efeito de rejuvenescimento.

COMO O ULTRASSOM AGE

De acordo com Fernanda, o ultrassom faz microlesões, microscópicas e invisíveis, em profundidades específicas da pele. Nos pontos em que foi aplicado, provoca a coagulação do tecido desde a camada muscular até uma das camadas mais superficiais da pele – a derme –, mas mantendo a epiderme íntegra. “Esses pontos de coagulação vão estimular a regeneração celular e induzir a produção de colágeno. Com isso haverá um reposicionamento das estruturas contribuindo para um efeito de lifting facial”.

O ultrassom mais conhecido no Brasil é o Ultraformer, basta fazer uma rápida pesquisa no buscador. Rafael explica que o aparelho provoca essas microlesões por alta temperatura, causando uma contração imediata do tecido, então logo após o procedimento já é possível ver algum resultado.

Depois de já ter aplicado botox e até mesmo bioestimulador há alguns anos, senti que algumas áreas do rosto precisavam de mais atenção. Sou muito branca e tenho tendência a ter a pele flácida. Em uma daquelas promoções de clínicas de estética, me deixei levar e me foi recomendado uma única sessão de Ultraformer III (a tecnologia mais recente), na área inferior dos olhos até a maçã do rosto.

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O procedimento demora menos de 30 minutos. Não é completamente indolor, mas é suportável. Nenhum cuidado pós é necessário. No meu caso, essa região do rosto ficou levemente inchada e rosada por 48 horas, mas nada dolorida.

Dois meses depois, sinto que as olheiras e as linhas de expressão foram amenizadas. O efeito é longo prazo, então ainda devo notar mudanças nos próximos meses. A indicação é repetir o procedimento anualmente, no meu caso.

O Ultraformer também é aplicado na região das sobrancelhas para levantar o olhar e estimular o colágeno acima das pálpebras. No terço inferior do rosto, atenua marcas de expressão como “bigode chinês” e a pele ao redor dos lábios.

CONCLUSÃO: QUANDO ESCOLHER CADA UM?

Quando escolher o laser?

Se as queixas forem em relação à qualidade da pele. Como a textura, atenuando cicatrizes de acne, por exemplo, manchas, como melasmas e manchas de acne, e vasinhos como os que causam a rosácea. Lembrando que o laser trata camadas mais superficiais da pele, também pode ser usado para rugas finas, como marcas de expressão suaves.

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Alguns lasers, como o Plexr, podem também estimular o colágeno em regiões como as pálpebras, melhorando a qualidade da pele dessa região e diminuindo a flacidez local.

Quando escolher o ultrassom?

Usar ultrassom quando a queixa for de flacidez, de deslizamento das estruturas. Aquela sensação que o rosto está caído, sabe? Fernanda explica que ele também pode ser utilizado para afinar o rosto já que a ponteira profunda pode atingir até a camada de gordura destruindo estas células. Logo, também é indicado também para tratar a “papada”.

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